Politique


26/04/24 20:39

Cidade da Praia, 26 Abr. (Inforpress) – O PAICV vai concorrer às autárquicas’2024 com a recandidatura dos oito autarcas eleitos, sendo que dos 12 outros candidatos revelados, um repete a sua tentativa, e estabelece a meta mínima em conquistar 12 câmaras para vencer o escrutínio.

Para os próximos dias fica a promessa do maior partido da oposição tornar público o nome do seu candidato para o município de Santa Catarina do Fogo, justificado pelo presidente, Rui Semedo, que se trata de um compromisso entre as partes para uma apresentação posteriormente, enquanto para a autarquia da Brava continua em aberta as negociações.

Rui Semedo disse que o PAICV vai entrar com uma lista integrada por  duas mulheres e com claras pretensões de vencer, pela primeira vez, as eleições autárquicas em Cabo Verde.

Em conferência de imprensa para apresentação dos candidatos na corrida à Câmara Municipal nas próximas eleições, o presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) revelou Elisa Pinheiro para Porto Novo, Hilário da Cruz para Paul, Maria Teresa da Luz para Ribeira Grande (Santo Antão), o deputado nacional Hipólito Barreto ao Tarrafal de São Nicolau e o bancário Nilton Duarte à Ribeira da Brava.

O arquitecto António Duarte “Patcha” é o candidato do PAICV para São Vicente e o sociólogo José Paixão Ramos concorre à Câmara do Sal,

O candidato do partido da “Estrela Negra” para o município da Boa Vista é o bancário e actual presidente Cláudio Mendonça, o deputado nacional Edson Alves vai concorrer à autarquia do Maio, o sociólogo Francisco Carvalho foi reconduzido a concorrer à Câmara Municipal da Praia, assim como o presidente Isaias Varela é a aposta para São Domingos, tal como o edil Nelson Moreira para a Ribeira Grande de Santiago.

Euclides Cabral estreia-se como candidato à Câmara Municipal de São Lourenço dos Órgãos, João Alberto volta a concorrer, pela segunda vez, ao município de São Salvador do Mundo, o empresário Sílvio Tavares à autarquia de São Miguel.

 O deputado nacional Armindo Freitas concorre à autarquia de Santa Catarina de Santiago, sendo que para o concelho do Tarrafal a aposta voltou a cair no presidente da autarquia, José dos Reis, assim como o presidente Carlos Silva concorre à sua própria sucessão em Santa Cruz.

Para a ilha do Fogo, Nuaís Silva é o candidato da Câmara Municipal de São Filipe, pelo que concorre ao segundo mandato, assim como Fábio Vieira, presidente da Câmara Municipal dos Mosteiros.

Por revelar ficaram os candidatos à corrida às autárquicas de Santa Catarina do Fogo e da Brava.

Rui Semedo afirmou que “esta é a eleição mais importante de todos realizados em Cabo Verde” e que o PAICV apostou numa “equipa ganhadora”, constituída por militantes e não militantes, amigos de Cabo Verde, empenhados em mudar o rumo do país e aptos para servir às pessoas.

Apontou a segurança, os transportes, o emprego, a juventude e a democracia, e os investimentos como alguns dos sectores que precisam de mudanças claras, sobretudo locais, visando a promoção da mudança a nível nacional.

Rui Semedo disse que o maior partido da oposição vai entrar com uma lista constituída por duas mulheres entre os candidatos e com clara pretensão de vencer, pela primeira vez, as eleições autárquicas em Cabo Verde.

SR/JMV
Inforpress/Fim

26/04/24 20:03
26/04/24 14:12

Cidade da Praia, 26 Abr (Inforpress) – A ministra da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Janine Lélis, anunciou hoje várias obras “estruturantes” para a ilha de São Vicente, na sequência da declaração política da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID).

No momento em que a cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente, completa 145 anos de sua fundação, a governante disse que a ocasião é de balanço e que apesar de toda a crítica da oposição “há muita confiança” em como este Governo “vai fazendo as coisas”.

Janine Lélis reagia assim à declaração política da UCID que traz um conjunto de preocupações, nomeadamente, a nível da segurança, do bem-estar, do acesso aos bens e serviços, como água e saneamento, habitações condignas, ao emprego, entre outras.

Respondendo às questões em matéria da habitação, por exemplo, disse que o Governo está a concretizar a sua política, focada na reabilitação das casas das famílias mais carenciadas, indicando que de 2017 a 2021 foram feitas mais de 3.600 intervenções habitacionais em parceria com os municípios.

A propósito e, concretamente, em São Vicente, a governante informou que esta quinta-feira, 25, marcou-se o início das obras para mais 54 casas na zona do “Iraque” para cumprir mais um compromisso assumido.

“Este projecto habitacional contempla melhorias significativas das condições de vida das pessoas, com foco virado para as crianças. Temos também um projecto que está a ser desenvolvido na zona de Ribeira de Julião onde estão a ser construídas 236 casas para famílias dos grupos 1 e 2, que inclui jovens à procura da sua primeira habitação”, anunciou.

Além disso, Janine Lélis fez também referência ao projecto de arrendamento social que envolveu 115 casas, assegurando que o Governo continua focado na melhoria da situação habitacional de São Vicente.

Em matéria de segurança recordou que, no ano passado, foram colocados, naquela ilha mais 19 efectivos, criada uma nova unidade policial em Monte Sossego, prevendo-se também reforçar o centro de comando do projecto Cidade Segura, com instalação de mais câmaras de vigilância que irão permitir o alargamento da área de cobertura de videovigilância para mais zonas e mais ruas, contribuindo para um ambiente de mais segurança.

“E, a Polícia Nacional tem reforçado a sua actuação, sendo certo que mais acções têm sido levadas a cabo, operações policiais mais intensas, efectuadas mais detenções, apreensões, inclusive apreensões de armas”, enumerou, anunciando várias outras áreas em curso consideradas “essenciais e fundamentais” para o processo de desenvolvimento de Mindelo.

Destas obras destacou o Data Center, o Terminal de Cruzeiro, a expansão do Porto Grande, a reabilitação e modernização da Cabnave.

“Ou seja, temos realizações a todos os níveis e São Vicente, assim como as outras ilhas, tem merecido o devido tratamento deste Governo. Continuamos e seguimos a fazer”, concluiu, a governante, assegurando que a governação é um processo.

“E, neste processo, priorizam-se as questões à medida das nossas capacidades e forças orçamentais, mas sempre com foco naquilo que é o processo de desenvolvimento das localidades, das ilhas e do povo de Cabo Verde”, concretizou.

SC/HF

Inforpress/Fim

26/04/24 12:43

Cidade da Praia, 26 Abr (Inforpress) - A deputada Dora Oriana Pires expressou hoje preocupação quanto à deterioração da segurança e bem-estar da população de São Vicente, pelo que exorta ao Governo a disponibilização de recursos necessários ao serviço do bem-estar dos cidadãos cabo-verdianos.

A eleita parlamentar, pelo círculo eleitoral de São Vicente nas listas da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID - oposição) manifestou essas inquietações em declaração política durante os trabalhos do parlamento que vêm ocorrendo há dois dias, devendo terminar hoje.

Segundo Dora Pires, os desafios que a ilha enfrenta são de vária ordem, desde a falta de segurança e o bem-estar dos mindelenses, acesso aos bens e serviços, nomeadamente à água e saneamento, habitações condignas, ao emprego, maior dinamização da economia e respectiva criação de riqueza, entre outros desassossegos.

Com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativamente ao sexto recenseamento empresarial de 2022, a mesma fonte notou que Mindelo movimentou, neste ano, aproximadamente 120 milhões de contos, só ultrapassado pela ilha de Santiago com o montante de 138 mil contos, num universo de, segundo o mesmo estudo, 3.049 empresas em São Vicente, contrastando com os 9.439 em Santiago.

Ao fazer esta comparação, a parlamentar entende que essas indicações devem servir de catalisador no sentido de criação de mais empresas na ilha do Monte Cara e Porto Grande, e consequentemente aumentar o número de negócios e riqueza na cidade, analisando, todavia, que o crescimento económico da cidade, da ilha, não é garantia de uma vida de qualidade, serena e tranquila dos sanvicentinos.

“É preciso que seja garantida a segurança a todo o momento, e que o sentimento de insegurança, fortemente evidenciado pelos mindelenses, acima de tudo nestes últimos dias, fruto das diversas ocorrências criminais, seja travado, e que se restitua à cidade e à ilha, a paz, a serenidade e a tradicional morabeza”, expressou, defendendo meios necessários para que as autoridades possam agir na prevenção.

Por outro lado, a UCID considera também “uma afronta para a tão propalada descentralização” a tentativa do Governo em transferir a sede de determinadas empresas estatais, para a Cidade da Praia, referindo-se concretamente à Electra, o que, no seu entendimento, tem várias implicações sociais, financeiras e económicas para a ilha.

“Reafirmamos aqui a nossa total discordância e esperamos que o senhor primeiro-ministro corrija esse erro grosseiro a bem dos interesses da cidade do Mindelo e da sua gente”, exteriorizou.

Reagindo à declaração política da UCID que versou sobre a cidade do Mindelo, a deputada do Movimento para a Democracia (MpD - poder), Maria Santos Trigueiro, evocando os 145 anos de fundação da metrópole, completados no passado dia 14 de Abril, disse que a ilha que actualmente comporta cerca de 90 mil habitantes fez história e continua o seu percurso.

“Estamos aqui também na vanguarda da defesa dos interesses da população de São Vicente, para melhores dias e conquistas do seu povo. A cidade não cresce por acaso”, manifestou, realçando que o Governo do MpD, de 2016 a esta parte, tem feito “fortes investimentos” nos vários domínios, na ilha, a nível da saúde, educação, economia azul, habitação, agricultura, infra-estruturas, entre outros.

Também, em função da declaração política da UCID, o deputado do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição), João do Carmo tecendo críticas à governação municipal, disse que São Vicente precisa de uma nova liderança.

“A cidade do Mindelo, neste momento, não vive os melhores dias, tem sérios problemas sociais, é a cidade em Cabo Verde com mais casas de lata, que mais famílias precisam de condições de habitação, com mais desemprego na camada jovem e forçados a abandonar o país”, retratou, declarando que São Vicente precisa de uma nova liderança, um rosto novo, para juntos “reerguerem o orgulho” dos sanvicentinos.

SC/ZS

Informação/Fim

26/04/24 09:14

São Filipe, 26 Abr (Inforpress) – A proposta de contracção de um empréstimo bancário no valor de 25 mil contos para conclusão das obras de asfaltagem de mais de seis quilómetros de vias urbanas é analisada hoje pela Assembleia Municipal dos Mosteiros.

Além da proposta da contracção do empréstimo os eleitos municipais dos Mosteiros, que se reúnem hoje naquela que é a última sessão ordinária da Assembleia Municipal no mandato 2020-2024, vão apreciar o relatório de actividades da câmara municipal referente ao ano de 2023 e as contas de gerência do mesmo período.

Na nota introdutória do relatório de actividades, a edilidade dos Mosteiros refere-se aos “enormes desafios” que a promoção do desenvolvimento do município e dos Mosteiros enquanto destino turístico colocam à autarquia, defendendo assim uma forte aposta na edificação de infra-estruturas colectivas modernas, atractivas e inclusivas feitas para dignificar o município, criar centralidades e elevar a auto-estima das pessoas, refere a edilidade numa nota de imprensa.

Segundo o documento, no quadro da agenda de infra-estruturação municipal, a edilidade ergueu várias infra-estruturas que marcaram o início de uma nova era para o município, como a construção das praças do Corvo, de Ansião (Fonsaco), Azambuja (Igreja) e da de Sumbango.

A edificação dos parques infantis de Mosteiros-Trás, Igreja e Sumbango, a construção da praça e da casa dos pescadores, a requalificação interna de Sumbango e Corvo, o início de construção da escola do EBO de Ribeira Ilhéu, a requalificação do cemitério municipal, constam da lista.

No capítulo das infra-estruturas, a edilidade destacou a assinatura do contrato de consignação da empreitada de asfaltagem de vias urbanas, numa extensão de seis quilómetros de estrada, que abrange toda a avenida principal do município, desde Achada Malva até Fajãzinha, num investimento de mais de 180 mil contos, financiado com recurso ao empréstimo obrigacionista junto da Bolsa de Valores de Cabo Verde.

No sector da acção social, de entre as iniciativas implementadas, o relatório destacou o programa “Nha Kaza Nha Grandeza” que tem promovido a habitação condigna não só para as famílias com menos posse, mas também contribuído para democratizar o acesso ao solo, criando oportunidades, principalmente, aos jovens de poderem ter casa própria.

O projecto “uma família uma torneira”, que já beneficiou mais de quatro centenas de famílias com ligação domiciliária de água, a agenda local de género, com destaque para a realização de várias consultas de especialidade e de rastreios do cancro da mama, do útero e do colo do útero, assim como os incentivos gerados, exclusivamente, para apoiar iniciativas empreendedoras das mulheres são iniciativas ligadas ao sector social.

A cooperação descentralizada, que permitiu à edilidade mobilizar junto da ONG luxemburguesa Beatenberg Hëlleft, cerca de 120 mil contos para o projecto específico de requalificação e renovação de todo o parque escolar do município, assim como a contribuição financeira mobilizada junto de um grupo de emigrantes radicados nos Estados Unidos de América para a reconstrução da Escola do EBO de Ribeira Ilhéu, consta da lista das realizações em 2023.

A edilidade dos Mosteiros, através de uma nota de imprensa, refere que a execução orçamental de 2023 atingiu os 76,7 por cento (%) para as receitas e 69% para as despesas.

JR/HF

Inforpress/Fim

25/04/24 22:00

Mindelo, 25 Abr (Inforpress) – O primeiro-ministro manifestou o desejo de ver, brevemente, as primeiras construções na Quinta de Sant’Ana, a urbanização inaugurada hoje em Ribeira de Julião, São Vicente, e que dará aos moradores “todas as comodidades e infra-estruturas”.

Ulisses Correia e Silva teceu estas considerações após o acto de descerramento da placa da infra-estrutura, com um investimento de cerca de 291 milhões de escudos cabo-verdianos e que contempla uma área aproximada de oito hectares (equivalente a oito campos de futebol), com 202 lotes de terreno.

Esta urbanização é, conforme o chefe do executivo, um outro segmento da política de habitação do Governo, destinado aos residentes e à comunidade emigrada que “procuram este tipo de investimento para construir as suas casas em zonas com todas as comodidades e infra-estruturas.

“É uma boa localização e esperamos que, em breve, porque o processo de comercialização já começou, possamos ter a construção de casas”, lançou Ulisses Correia e Silva, adiantando que o processo de vendas vai continuar com a Imobiliária Fundiária e Habitat (IFH), mas também com políticas dirigidas em parceria com a Câmara Municipal de São Vicente.

Conforme informações do Governo, a Quinta de Sant’Ana é “totalmente equipada” com redes de água, saneamento/esgotos e electricidade, e negativos para a rede de telecomunicações, apresenta também iluminação pública com lâmpadas LED, passeios em pavês, vias de circulação em betão betuminoso, sinalização horizontal e vertical.

Também contempla parque infantil, placa desportiva multiuso, estacionamentos públicos e espaços verdes, que vão ser criados e que começaram com a plantação simbólica de plantas pelo primeiro-ministro, pelo presidente da Câmara Municipal de São Vicente e pela ministra das Infra-estruturas.

Antes do acto na Quinta de Sant’Ana, procedeu-se também ao descerramento da placa para o arranque das obras das casas sociais da zona de “Iraque”, também em Ribeira de Julião, que devem alojar futuramente os moradores do assentamento informal surgido da iniciativa de frequentadores da lixeira municipal.

Um compromisso que, asseverou Ulisses Correia e Silva, está agora a ser cumprido com a construção de 66 casas para pessoas que “vivem em condições habitacionais muito precárias e com crianças num jardim infantil também em condições muito precárias”.

“Vão ter condições de habitabilidade, condições de vida e de qualidade muito superior”, asseverou a mesma fonte, que anunciou ,no local, que deverão também ser construídos um jardim e parque infantis.

A obra, segundo informações do engenheiro responsável, deverá estar pronta em oito meses.

O chefe do executivo visitou também no dia de hoje e na mesma zona as obras de outras habitações sociais, num total de 236, em andamento.

Todas as acções foram acompanhadas pelo presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, para quem essas obras representam apostas, que agora estão a ser ganhas.

Ulisses Correia e Silva tinha ainda da sua agenda de deslocação a São Vicente, uma visita na sexta-feira, 26, às obras em Alto Bomba e Baía das Gatas, mas, que foram canceladas em virtude de um encontro que manterá com o presidente do conselho de administração da transportadora áerea angolana TAAG, na sala da Chefia do Governo, nas instalações do Ministério do Mar, no Mindelo.

LN/HF

Inforpress/Fim

25/04/24 21:45

Tarrafal, 25 Abr (Inforpress) – Os líderes dos partidos políticos com assento na Assembleia Municipal do Tarrafal renderam hoje elogios ao desenvolvimento do município, apesar dos vários desafios que ainda tem pela frente.

Este olhar sobre o desenvolvimento do município foi lançado hoje nos discursos da sessão solene comemorativa dos 107 anos do município do Tarrafal, que iniciou com homenagem a cerca de doze personalidades do concelho que deram contributos nas diferentes áreas de actividade para o desenvolvimento local.

Para o líder da bancada municipal do Movimento Independente Tarrafal (MIT – oposição), Adelino Silva, a celebração desta data tem tido “pouca importância”, no município, defendendo que deve ser dada um outro tipo de tratamento, recordando que 25 de Abril “não é uma data qualquer e nem um dia banal na memória colectiva”.

“É uma data fulcral em que se anulou o sistema político ditatorial fascista praticado em Portugal e em todos os territórios que se encontravam sob a administração do regime português”, relembrou este dirigente partidário, reforçando que esta data também marcou a libertação dos presos políticos do Campo de Concentração no Tarrafal.

Neste sentido, sublinhou que não é uma data histórica e nem política somente de Tarrafal ou de Cabo Verde, daí sugeriu que esta data deve ser incluída na lista dos feriados municipais, tendo em conta a sua importância.

Quanto ao desenvolvimento do município, reconheceu os ganhos, apelando a uma união de todos, independentemente da cor política para se trabalhar em prol do desenvolvimento do Tarrafal e fazê-lo chegar ao patamar almejado.

Por seu turno, a líder do Movimento para a Democracia (MpD – oposição), Miriam Sousa, considerou que o município possui várias potencialidades e reconheceu que o concelho tem vindo a conhecer um nível de crescimento “razoável, pese embora as dificuldades com que vem sido confrontado”, destacando o empenho do Governo no sentido de levar o município a patamares de desenvolvimento igual a dos demais municípios do país.

Nesta data que coincide com os 50 anos do encerramento do ex-Campo de Concentração do Tarrafal, a deputada considerou que constituiu um momento de reflexão, pelo que rendem tributo aos que batalharam em prol da libertação dos povos das ex-colónias portuguesas que, por força do regime opressor, passaram por esta prisão.

Ainda sobre o desenvolvimento do município, reconheceu que têm sido feitos alguns investimentos com o financiamento do Governo, a nível cultural, político e desportivo, mas considerou que há alguns pontos que estão a retroceder como na área do saneamento, entre outros aspectos.

Já o líder da bancada do PAICV (poder), Octávio Sanches, também apontou alguns ganhos conseguidos, alguns desafios, mas também aproveitou para engrandecer os incansáveis construtores do município.

Este momento convocou a todos um momento de reflexão para revisitar o percurso histórico do município que, segundo o mesmo, deve servir para maior e melhor previsão sobre os reais desafios do processo de desenvolvimento do Tarrafal.

De acordo com dados históricos, o município do Tarrafal foi criado a 25 de Abril de 1917, através do decreto-lei nº 3108-B de 25 de Abril, provocando a sua desintegração do Concelho de Santa Catarina que, até 1912, tinha a sua sede na vila do Tarrafal, agrupando as freguesias de Santo Amaro Abade e São Miguel Arcanjo, com sede na vila do Tarrafal.

Esta configuração administrativa permaneceu até 1997, quando foi desmembrado em dois municípios, Tarrafal e São Miguel.

O concelho, que tem 112,4 quilómetros quadrados, conta com 22 localidades, sendo duas urbanas (cidade do Mangue e Chão Bom) e 20 rurais.

MC/HF

Inforpress/Fim

25/04/24 20:33

Tarrafal, 25 Abr (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal do Tarrafal, José dos Reis, reforçou hoje, na Sessão Solene comemorativa dos 107 anos do município, a necessidade de se mobilizar os recursos necessários para a construção da via rápida Praia-Tarrafal.

Durante o seu discurso, José dos Reis reconheceu a “boa parceria” existente entre o Governo central e o município, o que, segundo o mesmo, tem proporcionado o desenvolvimento do município, mas destacou que o que se tem feito é ainda demasiado pouco para alcançar os objectivos almejados a nível do turismo.

Neste sentido o autarca ressaltou que se torna um “imperativo” a mobilização de financiamento no plano nacional e internacional para a edificação do projecto da via rápida Praia-Tarrafal, mas também que conta com a parceria do Governo para a edificação do projecto do pólo turístico do Tarrafal, criação da pedonal do comércio, cultura e lazer do Tarrafal, requalificação do centro histórico do Tarrafal, criação da aldeia turística de Fazenda e requalificação do cais do Tarrafal.

José dos Reis destacou que muito já se fez no município e se nota um ambiente de muita confiança, um ecossistema e um ambiente favorável ao investimento no município, onde, segundo o mesmo, o sector empresarial privado se afigura como sendo um parceiro estratégico e da primeira linha para a geração de emprego e rendimento, dinamização e crescimento da economia local e para além de investimentos de estrangeiros, sublinhou que têm emergido residentes e emigrantes com veias empreendedoras.

Sobre o dia do município, para o edil tarrafalense comemorar 107 anos é celebrar a memória colectiva de um povo resiliente, um povo de fé, de luta e de amor, mas também celebrar as históricas relações de um marco incontornável para Cabo Verde e Portugal e que traz a remanescência a Revolução dos Cravos ou a Revolução de Abril de 1974 e, por conseguinte, celebrar do dia em que a democracia venceu.

No dia de hoje, José dos Reis, citando o presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que hoje é importante celebrar o passado e homenagear aqueles que fizeram o 25 de Abril de 1974, mas que também é fundamental olhar pelo que se tem hoje e caminhar de forma harmoniosa para o futuro.  

Por seu turno, o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, que presidiu à cerimónia, no seu no discurso, reafirmou que o foco do Governo continua a ser a formalização da candidatura do Campo de Concentração a Património da Humanidade, que no final da tarde de hoje seria formalmente publicada no Boletim Oficial a resolução do Conselho de Ministro que formaliza a sua candidatura e depois fazer junto a UNESCO todas as diligências para que o dossier oficial seja entregue em 2025.

Em relação ao município, o governante reafirmou o compromisso do Governo em trabalhar junto da câmara municipal, independentemente da cor partidária, para diminuir as assimetrias e trabalhar na transformação do município que reconheceu como sendo o maior destino turístico da ilha, considerando-a a “menina dos olhos” da ilha de Santiago quando se fala no turismo.

Reconheceu também os ganhos, mas sublinhou que ainda há algum caminho por ser feito principalmente a nível da infra-estruturação, desemprego, alfabetização, sustentando que o Governo vai trabalhar em parceria com a câmara municipal para a criação de novas oportunidades, criação de emprego, criação de postos de trabalho, criação de rendimento nas pescas, no desporto, na agricultura, no empresariado e empreendedorismo jovem, entre outros sectores.

“107 anos depois merece que todos nós juntemos as mãos e façamos o que é necessário e o que for preciso para que as disputas, os calendários eleitorais não impeçam o acelerar do desenvolvimento do município”, salientou o ministro, anunciando que Tarrafal será contemplado com um busto de Bibinha Cabral.

De acordo com dados históricos, o município do Tarrafal foi criado a 25 de Abril de 1917, através do decreto-lei nº 3108-B de 25 de Abril, provocando a sua desintegração do Concelho de Santa Catarina que, até 1912, tinha a sua sede na vila do Tarrafal, agrupando as freguesias de Santo Amaro Abade e São Miguel Arcanjo, com sede na vila do Tarrafal.

Esta configuração administrativa permaneceu até 1997, quando foi desmembrado em dois municípios, Tarrafal e São Miguel.

O concelho, que tem 112,4 quilómetros quadrados, conta com 22 localidades, sendo duas urbanas (cidade do Mangue e Chão Bom) e 20 rurais.

MC/HF

Inforpress/Fim 

25/04/24 15:13

Cidade da Praia, 25 Abr (Inforpress) - A bancada do Movimento para a Democracia (MpD-poder) lembra os 50 anos do 25 de Abril e renova o compromisso com os ideais de liberdade e justiça, através de uma declaração política, apresentada hoje durante a sessão parlamentar.

“Neste 25 de Abril celebramos não apenas a data, mas também renovamos o nosso compromisso com os ideais de liberdade e justiça. Cabo Verde é uma nação que busca fortalecer e valorizar esses princípios fundamentais”, expressou o deputado Euclides Silva, em representação do grupo parlamentar.

Segundo a mesma fonte, para quem estes ideais só se vieram a concretizar 15 anos após o 25 de Abril de 1974, com o 13 de Janeiro de 1991 e a promulgação da Constituição de 1992, a ideia de que o PAIGC era o único representante legítimo do povo e que a independência só poderia ser alcançada sob sua orientação foi uma “narrativa nefasta”.

“Que privou o nosso país das Liberdades de Abril por muitos anos após a independência formal. Somente em 1991, após décadas de restrições políticas e repressão, Cabo Verde finalmente conquistou as Liberdades de Abril que haviam sido prometidas inicialmente”, manifestou.

“Portanto, neste 25 de Abril, enquanto celebramos a coragem e a determinação que abriram caminho para a independência nacional, devemos também reflectir sobre a dura realidade enfrentada pelo povo cabo-verdiano sob o regime do PAIGC”, comentou, o parlamentar, referindo que, “se não fosse” pelo regime de partido único estabelecido pelo PAIGC em Cabo Verde em 1975, o país poderia hoje estar a celebrar os 50 anos de liberdade, como em Portugal.

Estribado na sua narrativa, Euclides Silva disse que o MpD tem motivos para comemorar o 25 de Abril, que “conduziu ao 5 de Julho, à Independência de Cabo Verde, e, finalmente, à liberdade” em 13 de Janeiro de 1991.

“Por isso, para as novas gerações de cabo-verdianos e para a História, estamos aqui para relembrar a sombra sinistra do PAIGC, um partido político que se agarrou ao poder em Cabo Verde, esmagando as aspirações de liberdade, democracia e desenvolvimento do nosso povo”, exteriorizou, considerando que a independência proclamada “não foi acompanhada” pela verdadeira liberdade que os cabo-verdianos “mereciam e aspiravam”.

Perante tais declarações, a reacção da bancada do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), não se fez esperar, manifestando a sua indignação na voz do seu líder João Baptista Pereira, relatando que o PAICV orgulha-se do percurso feito em Cabo Verde, e que 05 de Julho representa o “maior projecto político” dos cabo-verdianos e o coroar de uma luta que vinha de gerações anteriores.

“O deputado que acabou de intervir, quadro qualificado de Cabo Verde, só tem esse percurso porque viveu num país independente, em que seus líderes construíram, deram educação, saúde aos cabo-verdianos para que pudéssemos estar aqui hoje”, desabafou, prestando homenagem a todos os combatentes da pátria, ao comandante Pedro Pires, ainda vivo que liderou esse processo, governou Cabo Verde por 15 anos, também Presidente da República por mais 10 anos.

Por seu lado, reagindo também à declaração política do MpD, o deputado da UCID, António Monteiro, lembra 25 de Abril, que foi o começo da liberdade dos países de expressão portuguesa, a Independência de Cabo Verde e os 15 anos de partido de regime único com “várias atrocidades cometidas. 

“A única força política que levantou a voz contra os desmandos do PAIGC-CV foi a UCID. Não houve MpD, não houve ninguém que colocou a voz em defesa dos interesses dos cabo-verdianos… E hoje nós temos um MpD a vangloriar-se de que foi o partido que lutou pela democracia e liberdade. É falso, não corresponde minimamente à verdade”, contrariou o deputado democrata cristão, para quem o MpD quer dar a impressão que tudo começou em 1991.

“O MpD apanhou boleia… e não apropriar-se dos trabalhos dos cabo-verdianos que estiveram na UCID e que lutaram para que o país tivesse realmente 13 de Janeiro de 91”, concluiu.

SC/ZS

Inforpress/Fim

25/04/24 13:54

Cidade da Praia, 25 Abr (Inforpress) - A deputada da UCID (oposição) Zilda Oliveira pediu hoje ao Governo que dote as polícias Nacional e Judiciária dos meios humanos e materiais necessários para responder à situação de criminalidade e insegurança que se vive em São Vicente.

A eleita da União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID) fez este apelo, durante o período de questões gerais, trazendo à liça o assassinato a tiros ocorrido na noite de quarta-feira na ilha.

Sistematicamente, nós temos ouvido denúncias de situação de assalto a casas, a pessoas e sistematicamente, os deputados da UCID têm trazido a este parlamento essa preocupação com a situação de criminalidade em São Vicente. E temos feito apelos no sentido de se dotar a Polícia Nacional e a Polícia Judiciária dos meios humanos e materiais necessários para responder a essa situação de criminalidade que nós vivenciamos atualmente em São Vicente”, afirmou.

Segundo Zilda Oliveira, a sua intervenção não tem o objectivo de provocar o caos ou o alarme social, mas mostrar aquilo que tem sido a preocupação dos são-vicentinos, de todos aqueles que vivem na ilha.

“E voltamos a fazer um apelo. É importante, sim, relativamente à criminalidade, trabalharmos a prevenção. Mas também é importante termos a capacidade de reagir em situações de alarme social. Estamos numa situação que põe em causa o bem-estar daqueles que lá vivem, daqueles que passam por São Vicente”, frisou.

A parlamentar voltou a reforçar o apelo para que se criem condições para que as autoridades possam agir e responder a essa situação e considerou que é hora de se começar a pensar na reactivação da Brigada Anti-Crime (BAC).

Por sua vez, a ministra da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Janine Lélis, lembrou que foi inaugurada recentemente mais uma unidade policial em Monte Sossego, que o Governo está ciente dos desafios e que os investimentos vêm sendo feitos.

“Creio que a senhora deputada e toda a UCID conhecem os investimentos feitos em matéria de segurança desde a legislatura de 2016 até agora, não significando que ocorrências não vão acontecer. Lamentamos profundamente, por essas ocorrências, são factos que acontecem. O que eu posso garantir é que há um empenho do Governo para melhor responder”, reagiu.

Segundo a governante, isto significa que o triste acontecimento (o assassínio a tiros na noite de quarta-feira) não anula os esforços que vêm sendo feitos.

“Necessariamente, exige do Governo uma tomada de posição, uma análise, uma perspectiva de seguimento e monitorização da situação em São Vicente”, reconheceu.

Na mesma linha da sua colega, o deputado da UCID António Monteiro sustentou que a situação de São Vicente “é gravíssima” e que não se pode andar aos tiros na ilha. Também afirmou que a inauguração da esquadra de Monte Sossego não chega porque é muito pouco para combater a onda de insegurança em São Vicente.

“Ainda ontem [quarta-feira] no debate com o primeiro-ministro nós chamamos à atenção para a questão da iluminação pública. A Electra não consegue ter lâmpadas para substituir em São Vicente e a falta de iluminação pública é um dos motivos que pode perigar a situação de segurança na ilha”, opinou o deputado, para quem “é urgente aprofundar a segurança em São Vicente para que os cidadãos se sintam tranquilos e livres”.

CD/CP

Inforpress/Fim

25/04/24 13:02

Cidade da Praia, 25 Abr (Inforpress) - O deputado Démis Almeida declarou hoje, no parlamento, que o país vivencia a “pior situação” nos transportes aéreos domésticos, desde Julho de 1975, devido à “incompetência” do Governo em gizar e executar políticas públicas correctas para o sector.

O parlamentar, eleito pelo círculo eleitoral do Sal nas listas do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), fez essas acusações em declaração política, na sequência da saída da operadora Bestfly de Cabo Verde, pondo assim fim às ligações aéreas inter-ilhas que vinha assegurando.

“A responsabilidade e a culpa por este descalabro e pelo caos no sector dos transportes aéreos nacionais é única e exclusivamente do Governo do MpD e do senhor Ulisses Correia e Silva que, por incompetência e inépcia, desde 2016 até os dias de hoje, não foi capaz de gizar e muito menos executar políticas públicas correctas”, acusou o deputado.

Démis Almeida sublinhou que depois da Binter Cabo Verde e da Icelandair, a BestFly é a terceira companhia a abandonar Cabo Verde, na governação do Movimento para a Democracia (MpD, poder) e de Ulisses Correia e Silva, iniciada em 2016.

Acusando o Governo de ter “desmantelado” o sistema dos transportes que encontrou em 2016, o parlamentar foi mais longe e declarou que o chefe do Governo não tem “minimamente ideia” do que vai fazer para estabilizar o sector dos transportes aéreos em Cabo Verde.

O deputado do PAICV conclui colocando uma série de questionamentos, nomeadamente sobre o futuro da TICV, se os direitos dos trabalhadores desta empresa serão respeitados ou se simplesmente irão para o desemprego e se as dívidas deixadas pela Bestfly serão liquidadas pela empresa ou assumidas pelo Governo, entre outras preocupações.

A reacção MpD não se fez esperar, desta feita na voz do deputado Damião Medina, que também remeteu iguais acusações à governação do PAICV.

“Tem havido tramoia, boicote do PAICV para não nos deixar implementar um serviço de transporte eficiente. Quando o assunto é transporte deveriam esconder, porque sabem a situação caótica que deixaram o sector”, completou.

“Desde o vosso Presidente da República, passando por todo o vosso sistema, não têm moral para exigirem do MpD em matéria de transportes. O MpD nunca deixou o País sem voos”, sustentou.  

Por seu lado, reagindo também à declaração política do PAICV, o deputado da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) António Monteiro corroborou a opinião que o sector dos transportes “passa, na verdade, por vários problemas”.

“Nós temos que encontrar as soluções que resolvam, de raiz, estes mesmos problemas”, comentou, perguntando, entretanto, sobre o montante que o país está a pagar neste momento pelo ‘leasing’ dos aparelhos que operam actualmente no país.

“É preciso que se saiba isso também. Portanto, se o Governo não consegue ter uma solução definitiva para termos os aviões aqui em Cabo Verde a ser operados por nós cabo-verdianos… precisamos saber os custos que a prestação deste serviço acarreta neste momento”, desafiou.

SC/AA

Inforpress/Fim

25/04/24 12:54
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