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Tarrafal: “O dia de hoje não lembra somente os 50 anos de libertação, mas também a história da resistência” - conferencista

PR da Guiné-Bissau quer que Campo de Concentração do Tarrafal seja “um lugar de memória”

Tarrafal: Neves preocupado com a “degradação da qualidade da democracia” diz ser necessário arranjar “antídotos” para a situação

Tarrafal: PR considera que Campo de Concentração encerra a parte “mais triste” da história comum dos países envolvidos

Missão médica realiza mais 𝐝𝐞 𝟕𝟎 𝐜𝐢𝐫𝐮𝐫𝐠𝐢𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 no HBS

Tarrafal: “O dia de hoje não lembra somente os 50 anos de libertação, mas também a história da resistência” - conferencista

Tarrafal, 01 Mai (Inforpress) – O historiador Victor Barros disse que hoje não se comemora somente os 50 anos de libertação dos presos políticos, mas também lembra que a libertação está associada a uma história de resistência de longa duração.

Victor Barros fez estas considerações em declarações à imprensa, após uma conferência intitulada “Campo de Concentração do Tarrafal: Genealogia Histórica, Modelos de Repressão e Memórias Transnacionais de Resistência”, realizada hoje no Campo de Concentração, para assinalar os 50 anos da Libertação dos presos políticos, de que foi orador.

O professor deixou exposto ainda que se trata de um acto que salvaguarda a história, apesar dos modelos de repressão do regime colonial, pois, o agora Museu da Resistência é valioso para a educação da nova geração.

Victor Barros alertou que é preciso lembrar que Tarrafal não é uma prisão sozinha, mas que está ligado a uma história mais global de repressão no século XX, em que regimes de ditadura como o salazarismo e outros regimes de ditadura criados neste século, criam também sistemas de prisão tipo do Tarrafal para reprimir os seus opositores.

Considerando que a democracia contemporânea se encontra “bastante assombrada pelas crises do populismo e revisionismo histórico”, o conferencista diz ser necessário e importante lembrar o lugar do Tarrafal e lembrar das lutas que os resistentes cabo-verdianos, angolanos, guineenses e portugueses engendraram para contestar políticas de repressão contra a ditadura.

Igualmente, realçou que Tarrafal é importante também por ser uma prisão que coloca em simultâneo não só a luta de resistência contra a ditadura, mas também a luta para debater e rebater o colonialismo e a luta pela própria independência dos territórios que estavam ocupados como colónias no tempo imperial português.

Aos jovens, a nova geração, evidenciou que há várias coisas a fazer. Primeiro, defende que têm de conhecer o passado para saberem como agir no presente e como lidar com o passado para desenhar novas utopias, visões, projectos da sociedade para o futuro.

Segundo, que não se pode ter um vazio no passado, porque qualquer vazio que fique vai ser sempre ocupado por qualquer outra narrativa que vem fazer revisionismo e que vem ludibriar a cabeça das pessoas, daí, defendeu a necessidade de se conhecer bem a história e para se ter também a tradição de acções práticas de resistência como também a necessidade de se repensar o modelo de sociedade que quer desenvolver.

A conferência foi realizada à margem da sessão especial de celebração dos 50 anos de libertação do campo de Tarrafal de Santiago, uma actividade que contou com a presença de três chefes de Estado e o ministro da Defesa de Angola.

Do programa constaram também o descerramento de uma placa comemorativa, do cinquentenário da Libertação dos Presos Políticos do Tarrafal, uma visita guiada, a inauguração da exposição Tarrafal, da repressão à liberdade, de Alfredo Caldeira, que traz fotografias e vários depoimentos sobre diferentes aspetos da vida prisional. Além de um concerto de liberdade dentro do Museu da Resistência.

MC/JMV
Inforpress/Fim
 

 

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1.º de Maio: PR exorta parceiros sociais a estabelecerem um pacto visando o crescimento e emprego no país

Cidade da Praia, 01 Mai (Inforpress) - O Presidente da República (PR), José Maria Neves, exortou hoje os parceiros sociais a estabelecerem um pacto através de um “diálogo produtivo” visando o crescimento, o emprego e melhorar os índices de desenvolvimento do país.

Só com mais produtividade, mais competitividade e mais crescimento poderemos gerar mais empregos, aumentar os salários e garantir mais rendimentos aos trabalhadores cabo-verdianos”, considerou, destacando a importância da disponibilidade de todos para esse “diálogo construtivo” no sentido de se construir os “consensos necessários”.

José Maria Neves falava a prepósito do Dia do Trabalhador, assinalado a 1 de Maio, em saudação a “todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores” cabo-verdianos, residentes nas ilhas e na diáspora.

Ciente das dificuldades das empresas, particularmente após a pandemia da covid-19, onde, conforme calculou, houve mais despedimentos, mais desemprego, perda de rendimentos, trazendo mais dificuldades para os trabalhadores cabo-verdianos e para as suas respectivas famílias, o mais alto magistrado da Nação reiterou que vale a pena, em sede do diálogo social, todos os parceiros encontrarem soluções no sentido de responder às reivindicações dos diferentes grupos profissionais.

“Aquelas que são justas, dos diferentes grupos profissionais, designadamente, os professores, médicos, enfermeiros, e outras categorias profissionais”, enumerou, insistindo que vale a pena trabalhar para a construção de um Cabo Verde melhor, mais moderno, mais próspero, mais justo e mais inclusivo, sobretudo com muito mais oportunidades para todos os trabalhadores cabo-verdianos”, enfatizou.

SC/JMV
Inforpress/Fim

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Metereologia

VÍDEOS

Universidade de Santiago promove jornadas académicas sobre saúde, ambiente e tecnologias

Cidade da Praia, 01 Mai (Inforpress) – A Universidade de Santiago promove nos dias 02 e 03 de Maio as jornadas académicas do Departamento de Ciências da Saúde, Ambiente e Tecnologias, intitulado "Equilibrando mentes, conectando corpos".

De acordo com a nota de imprensa o evento será realizado nos campus da referida universidade da Praia, focado no tema "Equilibrando mentes, conectando corpos" prometendo ser uma ocasião inovadora e ilustrativa.

As jornadas, conforme a nota, incluem uma programação diversificada com palestras, workshops, e painéis de discussão, destacando-se temas como o uso de novas tecnologias, estratégias de saúde pública e a interação entre homem e natureza.

A mesma fonte explica ainda que o evento visa integrar diversas perspetivas profissionais e académicas, reunindo profissionais da saúde, ambientalistas, especialistas em tecnologia e membros da comunidade académica para compartilhar conhecimentos, experiências e melhores práticas.

“As jornadas académicas do Departamento de Ciências da Saúde, Ambiente e Tecnologias serão uma excelente oportunidade para explorar como a educação e a inovação podem moldar o futuro em várias disciplinas e contribuir para o bem-estar da sociedade”, lê-se na nota.

A Universidade de Santiago começou a funcionar em Assomada a 24 de Novembro de 2008, com um total de 46 funcionários e 337 estudantes, não apenas de Cabo Verde, mas também de São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.

Através do ensino, pesquisa e extensão, e dentro dos referenciais de excelência, a Universidade de Santiago tem por missão produzir, socializar e aplicar conhecimento nos diversos campos do saber, visando contribuir para a melhoria da qualidade de vida, para o desenvolvimento sustentável, a justiça social e o exercício pleno da cidadania.

Pretende afirmar-se como instituição inovadora, de referência nacional e marcada pela excelência. Tendo sua agenda própria, a US estará firmemente ancorada na realidade sociocultural local/nacional, de modo a garantir instrumentos e competências para uma adequada inserção socioprofissional, para a cidadania.
 
CM/JMV
Inforpress/Fim.

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São Filipe: Matias Damásio surpreendido com a recepção na ilha do Fogo deseja voltar aos palcos cabo-verdianos 

São Filipe, 01 Mai (Inforpress) – O artista angolano Matias Damásio confessou na madrugada de hoje que ficou surpreendido com a recpeção na ilha do Fogo e vai levar uma imagem “bastante” positiva e a ideia de que tem de voltar aos palcos cabo-verdianos.

O cabeça de cartaz da edição das festas do Dia do município e da Bandeira de São Filipe Matias Damásio subiu ao palco do Presídio por volta de 1:30 de madrugada para abrir a terceira e penúltima noite de festival/baile com o espaço “praticamente repleto” de pessoas, na sua maioria jovem, que já antes da meia noite começaram a entrar no recinto e aguardaram paciente pela actuação.

Com dezenas de telemóveis para registar para a posterioridade a actuação do artista angolano o público vibrou e interpretou as músicas do artista, inclusive, o Eder Monteiro do município de Santa Catarina subiu ao palco para interpretar trecho de uma das músicas de Matias Damásio.

No final, já perto das 03.00 da madrugada, depois de uma hora de espetáculo, Matias Damásio disse que foi a sua estreia nas festividades de São Filipe e a segunda actuação em Cabo Verde, sublinhando que está a ser uma experiência boa.

“Demoramos a chegar a Cabo Verde para fazer concertos, mas o público é inacreditável, é maravilhoso”, disse o artista, sublinhou que não há nada melhor que cantar em “casa” e que estar em Cabo Verde é estar em casa dada a relação muito forte que existe entre Angola e Cabo Verde.

“Cabo Verde e Angola é uma grande comunidade, temos familiares e amigos, cantar em outras partes do mundo é bom, mas cantar em África é ainda melhor”, disse, justificando que os africanos têm uma forma diferente de exprimir os sentimentos.

Este confessou que tinha pouca noção de como a sua música era conhecida em Cabo Verde, apesar de ter tido algumas conversas sobre isso, mas confessou ter ficado “muito surpreendido com a ilha do Fogo”, de onde sai “com uma imagem bastante positiva e a ideia de que temos de voltar”.

“Estou viciado e espero voltar, gosto muito de Cabo Verde, da simplicidade, da comida e é muito bonito estar aqui e espero conhecer e actuar nas outras ilhas”, disse Matias Damásio, apelando aos cabo-verdianos para continuarem com “esta força e simplicidade” porque a maior riqueza de Cabo Verde são as pessoas.

Depois de Matias Damásio ter deixado o palco e depois de algum tempo para a mudança da banda o artista foguense Filipe Pereira “Bidonga”, autor da música como “Nha Mulatinha” subiu ao palco depois das três horas da madruga e com um atraso de uma hora em relação ao programado.

Seguiu-se depois Marizia do Rosário, que actua pela primeira vez nas festas do Dia do Município e da Bandeira de São Filipe, já passavam das quatro de madrugada.

Já o artista cabo-verdiano Grace Évora, com várias passagens pelo Presídio, começou já depois das cinco horas da manhã e terminou a sua actuação depois das 07 horas de hoje e Buguin Martins encerrou a penúltima noite quando passava das 08 horas da manhã.

A última das quatro noites de festival/baile no Presídio é encerrada com actuação de artistas como Gil Semedo, que é muito acarinhado pelos sanfiliepnse, Nayna, Neusa de Pina e Fil G Kamporta.

A nível religioso celebra-se hoje a missa, seguida de procissão em honra do Santo Filipe, nome atribuído inicialmente à ilha do Fogo, que é celebrada pelo Cardeal Dom Arlindo Furtado.

Mas antes, por volta das 05:00 de madrugada, realizou-se alvorada com música e tambores, seguido da saída dos cavaleiros para a primeira corrida.
Depois da missa e procissão é servida nas instalações da Casa das Bandeiras o almoço de cavaleiros, oferecido pelo festeiro, seguindo-se depois a concentração no Alto São Pedro para as cavalhadas, espécie de provas de perícias e que antecede a entrega de troféus e passagem da bandeira para o festeiro do ano seguinte.

JR/JMV
Inforpress/Fim

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São Vicente: Salamansa acolhe corrida de cavalos integrada nas programações da festa de Santa Cruz

Mindelo, 01 Mai (Inforpress)-  A zona piscatória de Salamansa recebe hoje uma corrida de cavalos, organizada pela Associação Hípica de São Vicente, integrada nas celebrações da Festa de Santa Cruz, que marca o início das festas de romaria na ilha.

Esta informação foi avançada à Inforpress pela responsável da Associação Hípica de São Vicente, Nídia Araújo, que explicou que a competição terá a participação de nove cavalos, sendo seis de São Vicente, dois de São Nicolau e um da Boa Vista.

“Contactamos a comissão organizadora e fizemos a proposta de integrar esta corrida nas celebrações das festas de Santa Cruz que inclui também outras actividades, dos quais desportivas”, explicou a mesma fonte.

Segundo Nídia Araújo, a Associação Hípica de São Vicente tem trabalhado em parceria com a referida comissão pelo que fizeram uma pista de raiz que vai acolher pela primeira vez a corrida de cavalos.

Isto porque, explicou, antes essas festas incluíam apenas corridas de bote, estafetas, torneios de uril, bisca e damas, provas de futebol e de futebol de salão.

Além das actividades desportivas e culturais, a localidade de Salamansa recebe eventos de carácter religioso dos quais uma procissão de botes e a missa solene e bênção aos pescadores, peixeira se aos materiais de pescas que deverão acontecer no dia 03 de maio, Dia de Santa Cruz.

CD/JMV
Inforpress/Fim
 

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África tem os minerais que alimentam renováveis mas precisa capacidade para os processar - FMI

Washington, 01 Mai  (Inforpress) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) lamenta que na África subsaariana, centro da produção dos minerais que vão alimentar a transição para as energias renováveis, não haja capacidade de processamento para multiplicar as receitas e gerar emprego.

"A África subsaariana já está no centro da produção de minerais fundamentais, com a República Democrática do Congo (RDCongo) a representar 70% da produção global de cobalto e tem metade das reservas mundiais, ao passo que a África do Sul, Gabão e Gana, em conjunto, têm mais de 60% da produção de magnésio", lê-se num ‘blog’ assinado por três economistas do Fundo.

Com o título 'Potenciar a Riqueza dos Minerais Críticos na África subsaariana', o artigo aponta que outros países com reservas significativas destas matérias-primas do futuro são o Zimbabué, Mali, Guiné-Conacri, Moçambique e Zâmbia.

"As receitas globais da extração de quatro minerais - cobre, níquel, cobalto e lítio - deverão chegar aos 16 biliões de dólares nos próximos 25 anos, com a África subsaariana a poder receber mais de 10% destas receitas, o que pode aumentar o PIB da região em 12%".

A principal dificuldade, apontam, está na transformação das matérias-primas, para evitar que o continente se torne dependente de novas matérias-primas, como aconteceu com outros produtos, como por exemplo o petróleo ou o gás.

"A região pode gerar grandes receitas não apenas exportando os materiais em bruto, mas também através do seu processamento; o bauxite, por exemplo, vale uns modestos 65 dólares [60 euros] por tonelada, mas quando transformado em alumínio pode chegar aos 2.335 dólares [2.181 euros] por tonelada", escreve o FMI.

Os economistas do FMI lamentam que haja "milhares de camiões todos os dias a levar lítio por processar para portos que seguem depois para a China por não haver opções de processamento no país".

Desenvolver indústrias de processamento é, por isso, fundamental, não só para aumentar o valor acrescentado, criar empregos qualificados e aumentar as receitas fiscais, mas também para evitar uma dependência de novas matérias-primas.

"Ao diversificarem as suas economias e subirem na cadeia de valor, os países podem ficar menos expostos aos voláteis preços das matérias-primas, e serão mais capazes de se protegerem contra as flutuações cambiais e menos pressionados nas suas reservas em moeda estrangeira", escrevem os economistas do departamento africano do Fundo Wenjie Chen, Nico Valckx e Athene Laws.

Reconhecendo que existe uma falta de capacidade de investimento por parte dos países africanos, confrontados com problemas de liquidez e pressionados com o serviço da dívida, o FMI recomenda uma abordagem regional e ajuda internacional.

"O investimento direto externo pode ajudar a garantir capital e conhecimento para desenvolver indústrias de processamento de minerais, mas a ausência de sólidos mercados regionais torna o investimento menos aliciante, e isto é algo que os decisores políticos têm de remediar", escrevem, acrescentando que a colaboração entre países da região é fundamental, principalmente se fizer uso da zona de comércio livre continental.

Inforpress/Lusa/Fim
 

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PR da Guiné-Bissau quer que Campo de Concentração do Tarrafal seja “um lugar de memória”

Tarrafal, 01 Mai (Inforpress) – O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, defendeu hoje que o ex-campo de concertação do Tarrafal de Santiago, que outrora fora “um lugar de sofrimento e onde muitos perderam a vida” tem que ser “um lugar de memória”.

Sissoco Embaló discursava no Tarrafal durante a sessão comemorativa dos 50 anos da libertação dos presos políticos no Tarrafal, que contou com a participação dos chefes de Estado de Cabo Verde e Portugal, José Maria Neves e Marcelo Rebelo de Sousa, respectivamente.

Marcou ainda presença na cerimónia o ministro da defesa nacional e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos, em representação do Presidente da Angola, João Lourenço, e o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.

Nesse sentido disse acreditar que este evento organizado pela Presidência da República de Cabo Verde vai resgatar a memória e o exercício de reflexão, e ainda será seguramente um momento de homenagem a centenas de portugueses, angolanos, guineenses e cabo-verdianos que passaram anos no campo de concentração do Tarrafal.

Neste campo também conhecido como “campo de morte lenta”, segundo o chefe de Estado guineense encontra-se a memória de um Portugal amordaçado, do antifascismo e da aspiração da democracia que animou tantos portuguesas contra a ditadura do Estado Novo”.

É também no Tarrafal, lembrou que está a memória histórica do nacionalismo dos africanos, dos angolanos, guineenses e cabo-verdianos que se ergueram pela libertação nacional desses povos contra o império colonial português.

“Tarrafal representa ainda algo que foi essencial para a luta dos nossos povos, a consciência da solidariedade estrutural de antifascistas e anticolonialistas contra a ditadura em Portugal e contra império colonial”, reforçou Sissoco Embaló, inclinando perante a memória daqueles que morreram no Tarrafal e dos que não vivos.

Já o ministro da Defesa de Angola, em representação do presidente João Lourenço, notou que visitar o então campo de concentração do Tarrafal é vir ao encontro da história do longo e penoso, do mais necessário processo de resistência da ocupação colonial ao regime fascista de Salazar e da luta de libertação nacional de nossos povos em que pretendiam perpetuar o domínio.

Na ocasião, assegurou que o Executivo angolano está a dinamizar acções que visam homenagear mais condigo possível os heróis da pátria nas mais distintas etapas da sua história com a construção de representações simbólicas, como monumentos e sítios.

Estas infra-estruturas, segundo ele são “muito importantes” no processo do ensino da história à juventude actual e às futuras gerações.
Reiterou ainda que Luanda continua engajado no reforço da protecção social dos antigos combatentes e veteranos da pátria com a melhoria da sua condição de vida e de seus descendentes.

O evento foi marcado pelo descerramento da placa comemorativa da efeméride, seguido da conferência "Campo de Concentração do Tarrafal: Genealogia, Histórica, Modelos de Repressão e Memórias Transnacionais de Resistência", na voz do professor e historiador Victor Barros, e uma visita guiada ao também Museu da Resistência.

As comemorações culminam com um concerto musical com Mário Lúcio (Cabo Verde), Paulo Flores (Angola), Karyna Gomes (Guiné-Bissau) e Tersa Salgueiro (Portugal).

FM/JMV
Inforpress/Fim

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Líder supremo do Irão pede aumento da pressão sobre Israel

Teerão, 01 Mai  (Inforpress) – O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, apelou hoje ao aumento da pressão sobre Israel e rejeitou a normalização das relações entre certos países da região do Médio Oriente com Telavive.

“A pressão sobre o regime sionista deve aumentar de dia para dia”, afirmou Khamenei numa reunião com cerca de 3.000 professores e educadores do país por ocasião do “Dia Nacional do Professor”, segundo a agência estatal IRNA.

Segundo Ali Khamenei, os sionistas (israelitas ) e os seus apoiantes americanos e europeus não podem eliminar a questão de Gaza da agenda da opinião pública mundial.

Khamenei criticou ainda a repressão aos protestos estudantis, especialmente nas universidades americanas, onde inúmeras pessoas foram presas, algumas de forma violenta.

“Vejam o que os americanos e as instituições relacionadas com a oposição a Israel estão a fazer. Os universitários (nos EUA) não causaram destruição, não mataram ninguém, não atearam fogo a nenhum lugar e não partiram vidros e, mesmo assim, é assim que estão a ser tratados”, frisou.

O líder supremo do Irão considerou que a Palestina “deve regressar aos seus donos originais”, denunciando o que considera a ocupação israelita dos territórios palestinianos, reiterando a sua rejeição à normalização das relações entre alguns países árabes e Israel.

“A normalização das relações com o regime sionista nunca resolverá o problema do Médio Oriente”, entendeu.

Egipto, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Barein e Marrocos são alguns dos países que, até agora, restabeleceram relações com Israel.

Em Outubro, o líder supremo do Irão tinha alertado que normalizar as relações com Israel era “apostar no cavalo errado”, numa referência à possível aproximação entre Riade e Telavive.

A República Islâmica do Irão, que não reconhece Israel como Estado, lidera o chamado "Eixo da Resistência" contra Telavive.

Inforpress/Lusa/Fim
 

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