ECONOMIA


07-05-2024 13:58

Cidade da Praia, 07 Mai (Inforpress) – O presidente da Câmara de Comércio do Sotavento (CCS) observou hoje que o problema dos transportes aéreo e marítimo no país afecta a todos, pelo que disse esperar que a solução seja encontrada “o mais breve possível”.

Esta reação foi dada à imprensa por Marcos Rodrigues à margem da inauguração, na Cidade da Praia, da Delegação da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo, no quadro da parceria com a Câmara Municipal da Praia e a Câmara de Comércio do Sotavento.

Segundo disse, essa questão constitui “uma das grandes preocupações” na “unicidade do mercado” e na “melhoria do desempenho” da actividade empresarial em Cabo Verde.

“É realmente um problema que se coloca ao tecido empresarial, mas que se coloca ao país, que se coloca a todos nós sem excepção e que devemos trabalhar arduamente para conseguirmos encontrar o melhor caminho”, afirmou, manifestando-se “expectante” de que as coisas possam melhorar.

Pois, assegurou, o Governo já assumiu realmente que irá assumir esse desempenho da solução para o problema, que seja “o mais breve possível”, para que haja uma “unicidade territorial” de forma a justificar os ganhos para todos.

“Para a economia, para a circulação de pessoas, para as liberdades e garantias que todos nós temos direitos a movimentar sem qualquer problema a nível nacional”, almejou.

ET/AA

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07-05-2024 13:49

Cidade da Praia, 07 Mai (Inforpress) - A presidente do conselho de administração da Agência Reguladora Multisectorial da Economia (ARME), Leonilde dos Santos, participa na 3ª edição do “Women In Tech Global”, que decorre em Paris (França), sobre o tema “O poder da inovação”.

O evento, que acontece sob o alto patrocínio do presidente Emannuel Macron, tem como objectivo, segundo informações à imprensa, reunir mais de 400 mulheres de todo o mundo ligadas às tecnologias e inovações, que têm contribuído para uma sociedade onde a economia e a inclusão digital são um dos grandes propósitos.

“O objetivo desta Cimeira Mundial da ‘Women In Tech’, que junta líderes do mundo empresarial ligadas às tecnologias e inovações, da sociedade civil, do governo e das artes, movidos pelo desejo de mudar o status quo, é, justamente, informar, inspirar e catalisar esforços coletivos, para reduzir o fosso digital e de género até 2030”, lê-se na nota divulgada.

De acordo com a organização, esta cimeira não é apenas um evento, é um movimento, um esforço coletivo para quebrar barreiras, desafiar estereótipos e criar um ambiente inclusivo que capacite as mulheres a prosperar na indústria tecnológica.

A Cimeira Global “Women in Tech” 2024, acontece sob o alto patrocínio do Presidente Emmanuel Macron e deverá ser um evento decisivo na definição do futuro das mulheres na inovação.

O encontro anual reúne um grupo diversificado de líderes governamentais, empresariais e da sociedade civil para examinar criticamente a situação actual das mulheres no panorama tecnológico e definir prioridades para o ano de 2025.

PC/AA

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07-05-2024 12:07

Cidade da Praia, 07 Mai (Inforpress) – O instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulgou hoje os dados provisórios do Comércio Externo do 1º trimestre de 2024 que indicam um aumento das exportações em 17,6%, e 7,6% das importações, em relação ao primeiro trimestre de 2023.

De acordo com um comunicado à imprensa, o INE apontou ainda que os dados provisórios apontam para um aumento das reexportações em 23,8 por cento (%) comparativamente ao 1º trimestre de 2023, sublinhando que no período em análise, o déficit da balança comercial aumentou 7,2% e a taxa de cobertura cresceu 0,3 percentuais (p.p).

Ainda dados do INE os principais resultados revelam que nas Exportações por Zonas Económicas, principais clientes e bens, no 1º trimestre de 2024, as exportações de Cabo Verde totalizaram 1.888 mil contos, correspondendo a um aumento de 282 mil contos (17,6%), face ao período homólogo.

A Europa, refere a mesma fonte, continua sendo o principal cliente de Cabo Verde, absorvendo 96,2% do total das exportações cabo-verdianas, enquanto que a Espanha lidera o ranking dos principais clientes de Cabo Verde na zona económica europeia, representando 72,6%, tendo aumentado 2,7 p.p. face ao trimestre homólogo de 2023.

Portugal, seguindo o INE, ocupa o segundo lugar na estrutura das exportações com 12,9%, diminuindo 0,8 p.p., a Itália, no terceiro lugar com 10,3%, registou uma diminuição de 0,4 p.p. e os Estados Unidos, na quarta posição com 3,0%, diminuindo 1,4 p.p.

Os produtos mais exportados por Cabo Verde no primeiro trimestre de 2024 foram os preparados e conservas de peixes, liderando o ranking com 83,8%, (aumentando 7,5 p.p.); os vestuários ocupando o segundo lugar, com 7,6% (diminuindo 0,4 p.p.), e os calçados em terceira posição, com 3,4% (diminuiu 2.1 p.p.), em relação ao registado no mesmo trimestre do ano anterior.

No que se refere às importações por Zonas Económicas, principais fornecedores e bens no primeiro trimestre de 2024, as importações de Cabo Verde totalizaram 51.082 mil contos, correspondendo a um aumento de 3.597 mil contos (7,6%), face ao trimestre homólogo.

O continente europeu, conforme o INE, é o principal fornecedor de Cabo Verde, com um peso de 63,8% do montante total (contra 62,2% no 1º trimestre do ano transato), seguido da Ásia/Oceânia (25,0%), da África (6,3%), da América (4,0%), e do Resto do Mundo (0,9%).

 “Portugal lidera entre os fornecedores de Cabo Verde, com 23,0% do total das importações, (com uma diminuição de 11,9 p.p. em relação ao mesmo trimestre do ano anterior), seguido dos Emirados Árabes Unidos, em segunda posição, com 13,4%, a Espanha, em terceira posição, com 10,3%, e França, no quarto lugar, com 8,6%”, lê-se na informação divulgada pelo INE.

 Ainda a mesma fonte, os dez principais produtos importados atingiram 76,5% do montante total das importações de Cabo Verde (contra os 70,8% alcançados por esses mesmos produtos no trimestre homólogo).

Os produtos mais importados foram os combustíveis (52,0%), contentores para meios de transporte (6,3%), veículos automóveis (3,8%), reatores e caldeiras (3,7%,) máquinas e motores (2,6%) e cimentos (2,1%).

As importações por grandes categorias de bens mostram que, no 1º trimestre de 2024, os bens de consumo (-7,3%) e os bens intermédios (-12,4%) evoluíram negativamente, e os bens de capital (79,9%) e os combustíveis (13,1%) evoluíram no sentido inverso, em relação ao mesmo trimestre de 2023.

Os combustíveis (52,0%) são a principal categoria económica de bens importados por Cabo Verde, seguido dos bens de consumo, com um peso de (22,7%), os bens intermédios, com (14,4%), e os bens de capital, com (10,9%) registados no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o mesmo trimestre do ano transato.

PC/AA

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07-05-2024 9:42

São Filipe, 07 Mai (Inforpress) – O navio cruzeiro MS Silver Wind proveniente de Dakar, Senegal, ancorou hoje no largo do porto do Vale dos Cavaleiros com cerca de 170 turistas a bordo que aproveitaram a escala para conhecer alguns pontos turísticos da ilha.

O responsável da agência Agenamar que fez o agenciamento do cruzeiro, José Péres Monteiro, disse à Inforpress que o navio chegou por volta das 07:00, estando a saída programada para as 20:00 aproximadamente.

Os cerca de 170 (168) turistas que trazia a bordo desembarcaram para visitar pontos turísticos da ilha do Fogo com deslocação a Chã das Caldeiras (vulcão), volta à ilha e visita a outros pontos turísticos mais atraentes da ilha, incluindo o centro histórico da cidade de São Filipe e os seus sobrados.

O MS Silver Wind de nacionalidade de Bahamas tem 162,6 metros de comprimento, 21,4 de largura e conta com uma tripulação de mais de 230 membros.

JR/ZS

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07-05-2024 9:30

São Filipe, 07 Mai (Inforpress) – A situação dos guias turísticos da ilha do Fogo e a inclusão socioeconómica de ex-reclusos da Cadeia Civil e dos migrantes retornados na cadeia ecoturística é tema de discussão hoje na segunda mesa de diálogo do projecto Destino Fogo.

O projecto Destino Fogo - Desenvolvimento Ecológico e Sustentável do Turismo e Inovação da Oferta é implementado pela Organização não-governamental Italiana, Cospe, e neste segundo encontro alargado com os parceiros vai ainda debruçar sobre análise participativa da cadeia ecoturística com apresentação dos primeiros resultados.

Durante o encontro, que decorre na sala de reunião do Centro Cultural Armand Montrond na cidade de São Filipe será partilhada com os parceiros a experiência da Faculdade de Artes e Turismo da Universidade italiana de Milão sobre o turismo.

O Destino Fogo, iniciado em Novembro de 2023 terá a duração de três anos e conta com um financiamento de mais de um milhão de euros (1.055.000), perto de 120 mil contos cabo-verdianos, dos quais 200 mil euros serão disponibilizados para as cooperativas, empresas e associação visando a implementação de actividades de diversificação turística e requalificação de estruturas de acolhimento.

O projecto é implementado pela ONG Cospe em parceria com a Associação Projecto Vitó, Associação Cabo-verdiana de Luta Contra Violência Baseado no Género (ACLCVBG), Laço Branco, Associação FG Turismo, Associação Italiana Turismo Responsável (AITR) e as três câmaras da ilha.

Já a Associação para Reinserção Social dos ex-reclusos “Novu Rumo” em parceria com a ONG Cospe promove no dia 11 de Maio na cidade de São Filipe um intercâmbio desportivo no campo de Lém, entre ex-reclusos e migrantes retornados.

Durante a actividade, que decorre das 16:00 às 18:00, será promovida uma conversa aberta sobre “masculinidade positiva e gestão de conflitos” dirigida pelo membro fundador da Rede Laço Branco de Cabo Verde Francisco Tavares.

O objectivo do intercâmbio, segundo o presidente da Associação Novu Rumo (Novo Rumo), João Andrade, é promover uma melhor aproximação entre ex-reclusos, migrantes retornados e a própria associação.

A Associação Novu Rumo é a primeira associação para reinserção social de ex-reclusos criada a nível de Cabo Verde, no âmbito do projecto Pessoas co-financiado pela União Europeia e implementado pela ONG Cospe.

JR/ZS

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06-05-2024 18:49

Cidade da Praia, 06 Mai (Inforpress) - O Grupo Bancário pan-africano, Ecobank, anunciou hoje ter recebido o prémio de Melhor Banco para Pequenas Médias Empresas (PME) em África 2024 atribuído pela uma revista financeira Global Finance.

Em comunicado, o banco considera que “a vitória” reflecte o compromisso inabalável do Ecobank em satisfazer as necessidades especializadas das PME nos seus diversos mercados.

Segundo o documento, a cerimónia de entrega do prémio realizou-se no Glaziers Hall em Londres, Reino Unido, com a instituição a ser representada pela executiva interina da banca comercial do Grupo Ecobank, Carol Oyedeji.

"Este prémio reconhece a força do apoio do Ecobank às pequenas e médias empresas de África, permitindo-lhes prosperar e aproveitar as imensas oportunidades de comércio intra-africano criadas pelo mercado único da AfCFTA”, realçou a responsável citada pelo comunicado.

Conforme a mesma, além de conjunto abrangente de soluções bancárias, de pagamentos, de cobranças e de financiamento, o Ecobank disponibiliza um apoio não financeiro inestimável, tais como formação em liderança empresarial e desenvolvimento de competências, e a sua plataforma que faz a conexão entre comerciantes, compradores, vendedores e fornecedores em toda a África.

“Nos últimos meses o Ecobank ainda mais a sua capacidade de empréstimo para satisfazer as necessidades de financiamento das PME através de iniciativas estratégicas, incluindo um acordo de partilha de riscos de 200 milhões de dólares americanos com o Fundo Africano de Garantia e uma facilidade de empréstimo de 32,8 milhões de dólares americanos do Fundo ecobusiness e do Fundo SANAD para as PME”, refere o comunicado.

O mesmo documento adianta que a Global Finance escolheu os vencedores para os prémios de Melhor Banco para PME de 2024 com base nas candidaturas submetidas pelos bancos e em pesquisas independentes, complementadas por informações de especialistas do sector, executivos e especialistas em tecnologia.

O prémio de melhor banco para PME em África 2024 vem juntar-se a outras distinções que o banco já tinha recebido, incluindo a nomeação como Melhor Banco de África para PME nos Prémios de Excelência 2023 da Euromoney.

Presente em 35 países da África Subsariana e também em França, no Reino Unido, nos Emirados Árabes Unidos e na China, o Ecobank emprega mais de 14. 000 pessoas e oferece produtos, serviços e soluções da banca de particulares, comercial, de empresas e de investimento em vários canais, incluindo o digital, a mais de 32 milhões de clientes.

MJB/CP

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06-05-2024 16:31

Mindelo, 06 Mai (Inforpress) - A Enapor deve apresentar nos próximos dias ao Ministério do Mar um plano de “reabilitação total” dos estaleiros da Onave, em São Vicente, que inclui a construção de cais de pesca e ainda um terminal para investigação científica.

A informação foi avançada à imprensa pelo ministro do Mar, Abraão Vicente, que visitou na manhã de hoje, entre outros pontos, a infra-estrutura naval de navios pesqueiros.

O documento, a ser entregue entre os dias 20 e 21 deste mês, inclui, segundo a mesma fonte, a construção de um porto exclusivo para pesca, de um terminal para investigação científica, e ainda construção de novas marinas, em São Vicente.

“Tudo observando aquilo que também são os interesses da própria Associação de Pesca, não só a construção de um estaleiro naval, mas de todas as condições para que a indústria pesqueira tenha naquela zona da Onave uma área segura”, asseverou Abraão Vicente.

O ministro aproveitou o ensejo para lançar um alerta às empresas de São Vicente e às empresas imobiliárias que continuam a procurar a zona dos estaleiros, em Cova Inglesa, para a construção de empresas hoteleiras quando a ilha “não tem nenhuma outra localização para a indústria da pesca”.

“Em toda Baía, em toda a área, em todo o desenho de São Vicente, não existe outra área com aquelas condições para o desenvolvimento do sector da pesca e do sector do recreio”, considerou a mesma fonte.

O ministro justificou este posicionamento alegando que o ministério continua a receber, através do Gabinete de Concessões, “propostas-promessas”, desenvolvidas e validadas pela Cabo Verde TradeInvest, tanto em relação à ocupação da Onave, como também aos estaleiros da Cabnave.

Uma situação, que, considerou, só está a acontecer por as pessoas não estarem a ser realistas.

“Só construir, de acordo com o estudo que nós tivemos, um quebra-mar na zona da Saragarça custará ao Estado de Cabo Verde 115 milhões de euros”, sublinhou o governante, referindo-se ao projecto da Zona Económica Especial Marítima (ZEEM), que projectava levar para a zona de Saragarça toda a indústria ligada ao sector.

Para Abraão Vicente deve haver “uma sintonia” entre os que promovem os negócios e os investidores, porque Cabo Verde “não pode ser aquela área onde qualquer pessoa chega, localiza um terreno do seu interesse e começa a desenvolver um projecto”.

É preciso, sustentou, ter “respeito” pela autoridade portuária, no caso a Enapor.

Nesta mesma senda, o ministro do Mar apelou ainda para que também todas as outras reflexões à volta da economia azul e do mar “sejam feitas no Mindelo”, considerou, referindo-se, por exemplo, à terceira conferência da Década do Oceano, a ser realizada pela Presidência da República, na ilha do Sal.

“Nada contra as outras ilhas, nada contra a promoção de outros eventos noutras ilhas, mas é importante respeitar aqueles que já estão a trabalhar nesse sector e Mindelo localizou-se, posicionou-se, historicamente, como a ilha e o território nacional, a partir da qual estamos a projectar a economia azul em Cabo Verde”, sustentou.

Por isso, disse, não é por acaso que é no Mindelo onde estão instalados o Instituto do Mar, a Escola do Mar, a Empresa Nacional de Administração dos Portos (Enapor), a Cabnave e o único estaleiro naval de pesca em Cabo Verde, a Onave.

“Estamos aqui a construir, no Mindelo, o ‘hub’ para a economia azul. Isto parte do princípio que nós temos que respeitar a planificação que está a ser feita”, sentenciou Abraão Vicente.

Onave fez parte de uma visita de três pontos realizada pelo ministro do Mar na manhã de hoje e que dão continuidade à uma agenda iniciada na sexta-feira, 03, para se inteirar de projectos do sector sob sua tutela, em São Vicente.

LN/CP

Inforpress/Fim

06-05-2024 15:03

Mindelo, 06 Mai (Inforpress) – O ministro do Mar, Abraão Vicente, assegurou hoje, no Mindelo, que a Cabnave se encontra neste momento em “processo de clarificação de gestão” por antes existir “mistura de interesses” que não permitiam à empresa facturar trabalhos.

O governante, que visitou os estaleiros navais na manhã de hoje, relembrou à imprensa que o Governo concedeu na última semana um aval para um empréstimo 65 mil contos destinado a investimentos, mas que, asseverou, será “insuficiente” para uma empresa que “há mais de 30 anos não tinha recebido nem um escudo do Estado”.

Ademais, justificou a mesma fonte, a empresa encontra-se neste momento num processo de “clarificação de gestão” devido a “um conjunto de ruídos de gestão” que fazia com que a própria empresa não facturasse muitos dos trabalhos feitos.

Isto porque, explicou a mesma fonte, havia “uma mistura de interesses” dentro da própria Cabnave, que “permitia que muitos dos navios subissem aos estaleiros e depois deparava-se com desencontros de contas”.

“É preciso fazer com que a empresa seja uma empresa do Estado, que serve sim ao sector privado, mas que o sector privado compreenda que é preciso pagar à Cabnave para que esses serviços sejam feitos”, ajuntou Abraão Vicente, adiantando haver também dívidas do próprio Estado, por exemplo da Cabo Verde Fast Ferry, que “ultrapassam os 40 mil contos”.

E são todos estes factores, que, segundo a mesma fonte, não tem permitido aos estaleiros navais ser uma das empresas mais rentáveis do País.

“Agora, é preciso fazer o nível de investimento. O que nós estamos a fazer agora é apenas para mitigação dos danos e dos estragos de 30 anos sem investimento”, completou Abraão Vicente.

Além de Cabnave, o ministro do Mar visitou hoje as obras do futuro Terminal de Cruzeiros do Mindelo e os estaleiros navais de pesca na Onave, que se fazem parte da agenda de deslocações iniciada na sexta-feira, 03, para se inteirar de projectos do sector sob sua tutela, em São Vicente.

LN/AA

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06-05-2024 14:24

Mindelo, 06 Mai (Inforpress) – O ministro do Mar apontou hoje inícios de 2025 como novo prazo para o arranque do funcionamento do Terminal de Cruzeiros do Mindelo devido às dificuldades de engenharia, de trabalho e de logística internacional.

Abraão Vicente, que, aquando de uma visita à infra-estrutura em Dezembro de 2023, indicou o primeiro semestre de 2024 como data de inauguração do terminal, voltou a prolongar o prazo para 2025.

“Nós temos uma previsão aqui, cumprindo todos os trâmites, para Agosto ser entregue à obra. Mas nós não acreditamos que isso vai acontecer devido às dificuldades de engenharia, de trabalho e de logística internacional com o qual neste momento estamos a deparar”, sublinhou o governante.

Segundo a mesma fonte, os atrasos devem-se a “complexidade do trabalho”, e apontou como exemplos um navio que estava afundado no local e do qual “não tinham referências” e o contexto internacional da guerra da Palestina com o Israel, que, asseverou, tem “congestionado alguns canais” para envio de materiais para São Vicente.

Por outro lado, explicou o ministro, fez-se a introdução de um projecto de “quase três milhões de euros” que tem a ver com a `short port supply´, que permitirá a descarbonização do terminal de cruzeiros.

Uma alteração, que, assegurou Abraão Vicente, foi feita após o início do processo, mas, que irá dar ao porto “uma posição de vanguarda” em relação aos outros terminais de cruzeiros no mundo.

O ministro afiançou que o novo projecto já conta com o financiamento do Banco Europeu de Investimentos (BEI) e ainda parte do financiamento garantido pela própria empresa gestora dos Portos (Enapor).

Por isso, disse acreditar que, apesar da demora, o Terminal de Cruzeiros do Mindelo já está a ter impacto na vinda de mais navios a Mindelo, que este ano vai ter mais de 200 escalas, um número superior a 120 mil passageiros.

“O impacto deste terminal no Mindelo vai ser absolutamente extraordinário. E é fundamental que todos os serviços da ilha se preparem para aquilo que irá ser uma autêntica revolução na ilha”, sustentou Abraão Vicente.

A construção do terminal é executada pelo consórcio luso-cabo-verdiano constituído pelas empresas Mota-Engil – Engenharia e Construção, SA e Empreitel Figueiredo, SA sendo o projecto co-financiado pelo Governo de Cabo Verde, Fundo ORIO dos Países Baixos e pelo Fundo OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para o Desenvolvimento Internacional.

LN/AA

Inforpress/Fim

06-05-2024 12:36

Cidade da Praia, 06 Mai (Inforpress) – O Instituto Nacional de Estatística (INE) informou hoje, na cidade da Praia, que no primeiro trimestre de 2024, o ritmo de crescimento económico teve uma ligeira diminuição em relação ao 4º trimestre de 2023.

Em comunicado de imprensa a mesma fonte explicou que no primeiro trimestre de 2024, constata-se que o indicador de clima económico inverteu a tendência ascendente do último trimestre, ou seja, o ritmo de crescimento económico teve uma ligeira diminuição em relação ao quarto trimestre de 2023.

“O indicador situa-se acima da média da série, tendo atingido um valor superior relativamente ao mesmo período do ano 2023, revelando que a conjuntura económica é favorável”, completou.

Este diagnóstico conjuntural favorável resulta da síntese das apreciações transmitidas pelos empresários do turismo, da construção, do comércio em estabelecimento e dos transportes e serviços auxiliares aos transportes, informou.

O indicador de confiança, de acordo com o INE, teve uma tendência ascendente no último trimestre, situando-se acima da média da série, pelo que a conjuntura no sector é favorável.

Questionados ainda sobre as limitações, os empresários assinalaram outros factores, insuficiência da procura e preço de venda demasiado elevado como sendo os principais constrangimentos ao desenvolvimento normal da actividade das empresas comerciais em Cabo Verde, referindo-se ainda a ruptura de stock.

No turismo, de acordo com os resultados obtidos no primeiro trimestre de 2024, o INE constatou que o indicador de confiança contrariou a tendência ascendente no último trimestre, situando-se ainda acima da média da série, e a conjuntura no sector é favorável.

Em comparação com o trimestre homólogo, observa-se ainda, que o indicador evoluiu positivamente.

Quanto à construção, o indicador de confiança manteve a mesma tendência do último trimestre, situando-se acima da média da série, e a conjuntura no sector é também favorável.

Os empresários, apontou a mesma fonte, indicaram o nível elevado da taxa de juro, dificuldade na obtenção de crédito bancário e excesso de burocracia, como sendo os principais constrangimentos do sector no decorrer do quarto trimestre de 2024.

Em relação ao comércio em feira, o indicador de confiança contrariou a tendência ascendente do último trimestre, evoluindo positivamente relativamente ao mesmo período do ano de 2023. Nota-se que a conjuntura neste sector é desfavorável, situando-se abaixo da média da série.

No que tange à indústria transformadora, o indicador de confiança contrariou a tendência ascendente do trimestre anterior, situando-se abaixo do nível da média da série. A conjuntura no sector é desfavorável.

As principais causas das dificuldades sentidas pelos empresários, segundo o INE, prendem-se com o excesso de regulamentações estatais e falta de matéria prima.

Conforme lê-se ainda no documento, relativamente aos transportes e serviços auxiliares aos transportes, o indicador de confiança contrariou a tendência descendente do trimestre anterior, situando-se acima da média da série, por isso, o sector é favorável neste trimestre.

TC/ZS

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06-05-2024 7:55

Joanesburgo, 06 Mai (Inforpress) - A consultora Pangea-Risk considerou hoje que os investidores estão mais confiantes na capacidade financeira dos países africanos para honrar os compromissos devido à consolidação orçamental e ao apoio dos programas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

"A finalização com sucesso dos programas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e os esforços de consolidação sustentam a melhoria na perspetiva de evolução da dívida dos países africanos", escrevem os analistas desta consultora britânica num relatório com o título 'Dívida Soberana Africana: Afastando-se do Abismo'.

No documento, os analistas passam em revista as recentes emissões da Costa do Marfim, Benim e Quénia, que marcaram o fim de um afastamento de dois anos dos mercados internacionais, e apontam que outras grandes economias da África subsaariana, como Nigéria, África do Sul, Angola e Egito, deverão brevemente voltar a emitir dívida pública.

"Os governos que mostraram as suas credenciais de finanças públicas e políticas monetárias sãs vão colher os benefícios de um reavivado interesse dos investidores nos títulos africanos neste e no próximo ano", escrevem os analistas no relatório, a que a Lusa teve acesso.

Assinado por Faisal Khan, da Acre Impact Capital, Robert Besseling, fundador e diretor da Pangea-Risk, e Bilal Bassiouni, analista nesta consultora, o artigo conjunto salienta a importância do regresso aos mercados e aponta os países do Golfo como um novo 'player' na região, que procura investimentos e influência na África subsaariana.

"As nações ricas do Golfo estão a surgir como credores alternativos de último recurso nalgumas partes do continente, como demonstrado pelo enorme resgate financeiro do Egito feito no início do ano pelos Emirados Árabes Unidos, havendo apoio já prometido da Arábia Saudita e do Kuwait", escreve a Pangea-Risk.

"Os estados do Golfo estão a competir por influência regional e domínio económico nalgumas partes de África, tendo investido de forma notável na energia, infraestrutura, agronegócio, serviços financeiros e defesa", acrescenta.

Com mais de 9 mil milhões de dólares, mais de 8,3 mil milhões de euros, de dívida que vence no próximo ano, a África subsaariana tem vindo a fazer vários exercícios de gestão da dívida, seja através de reestruturação, seja através de negociação direta sobre novos prazos de pagamento, como Angola fez com a China.

No relatório, a Pangea-Risk conclui que "o regresso aos mercados de capitais em conjunto com a trajetória descendente da média das taxas de juro, dá aos países africanos uma oportunidade de reduzir os riscos em 2025 e 2026 se se envolverem em exercícios de dívida prudentes", nomeadamente através de reuniões com os credores sobre um novo enquadramento nos pagamentos.

O FMI disponibilizou mais de 80 mil milhões de dólares (74,3 mil milhões de euros) a África desde 2020, entre financiamento e alocações de Direitos Especiais de Saque, tendo programas financeiros em 30 países, incluindo da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), à exceção de Angola e Guiné Equatorial.

Inforpress/Lusa

Fim

05-05-2024 16:28

Nova Sintra, 05 Mai (Inforpress) - A ilha Brava está a receber um investimento no sector de energia eléctrica, orçado em mais de 255 mil contos e, conforme garantiu o administrador executivo, não haverá mais problema na produção nos próximos 25 anos.

Osvaldino Lopes, que está numa missão conjunta na “ilha das flores”, juntamente com o director da UGAO, Arikson Santana, e o director de Transporte e Distribuição de Energia na Electra Sul, Silvino Leal, falava à Inforpress, hoje, que, num futuro próximo, não haverá mais problemas na parte de produção, tendo em consideração o trabalha que está a ser preparado e executado neste concelho.

“Era necessário efectivamente ter novos geradores, do que gastar dinheiro novamente em reparar os existentes e neste sentido a Electra, e+m parceria e estreita sintonia com o município da Brava, na pessoa do presidente da câmara, Francisco Tavares, e com anuência e colaboração institucional e financeira do Governo de Cabo Verde, conseguimos implementar o nosso desejo”, salientou.

Segundo a mesma fonte, a Electra já tinha antecipadamente feito um trabalho que os olhos não vêem, realçando ainda que às vezes as pessoas só vêem a extensão da rede e da iluminação pública, mas realçou que esquecem que para ter uma iluminação pública, tem que ter a produção e a distribuição.

“Já investimos na reabilitação geral dos postos de transformação nesta ilha, um projecto orçado em mais de 14 mil contos que já está concluído e às vezes as pessoas não têm a noção do trabalho que estamos a fazer”, sublinhou.

Também informou que implementaram o trabalho reforço de potência instalada na Central de Favatal, sendo que vão instalar mais dois novos geradores de 810 kilovoltampere (KVA) cada, tendo em conta que no total, juntamente com as outras máquinas a ilha ficará com uma potência de cerca 3720 KVA, o que, considerou ultrapassa a demanda do município.

Daí, este responsável, disse ainda que o referido investimento está orçada em cerca de 50 mil contos, isso sem contar com as variáveis e adicionais, tendo em conta que neste concelho não tem uma máquina para transporte e levantamento de uma carga pesada, por isso, tiveram que recorrer a esses equipamentos na ilha de Santiago, uma vez, que o aluguer e transporte ultrapassa os sete mil contos.

“Tudo o que estamos a fazer a nível de produção na Brava é preparar para o futuro, tendo em conta que se encontra em andamento a construção de uma dessalinizadora de água, que tem uma demanda de potência bastante grande. E se a Electra não estiver preparada, não haverá condições, pois com os referidos investimentos, garanto que teremos todas as possibilidades”, garantiu.

Admitiu ainda, que a rede de média tensão da ilha é em série, ou seja, se houver um corte no cabo que vai até Nova Sintra, não haverá redundância para que efectivamente, o concelho seja alimentado via Furna, ou vise versa.

Sendo assim, Osvaldino Lopes explicou que é neste sentido que estão a investir num projecto fecho de anel de média tensão, nas localidades de Favatal, Furna e Nova Sintra e um outro fecho, Nova Sintra e Nossa Senhora do Monte, sendo que para este projecto o valor está orçado em 38 mil contos.

“Caso houver uma avaria num dos anéis, o município será alimentado numa outra saída, para além disso também temos a central fotovoltaica que é um projecto do Governo, mas somos nós que vamos explorar e este plano estará inserida dentro do sistema eléctrica da Brava, tendo em conta que este investimento de energias renováveis, está orçada em cerca de 150 mil contos”, informou.

Aquele administrador executivo garantiu que a Electra está a fazer esses investimentos, mas também vai fazer alguns arranjos, para poder dar mais conforto e dignidade aos seus colaboradores deste concelho e também assegurou que vai haver um acto de inauguração e entrega previsto para primeira semana do mês de Junho.

DM/ZS

Inforpress/Fim

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