cultura


03-05-2024 16:42

Lisboa, 03 Mai (Inforpress) - O músico cabo-verdiano radicado em Portugal Tito Paris actua hoje no B.Leza, em Lisboa, e volta a subir ao palco do mesmo espaço, este sábado, depois dos bilhetes para o concerto desta sexta-feira terem esgotado.

A organização disse que decidiu ter mais uma data para a actuação, já que com o concerto de hoje esgotado, “muitos” ainda queriam ver o artista natural de São Vicente, o que vai acabar por acontecer.

O artista natural da ilha de São Vicente começou o seu percurso artístico a escrever para artistas como Bana ou Cesária Évora, tendo gravado o seu primeiro disco em 1987, intitulado “Fidjo Maguado”.

Em meados da década de 1990, Tito e a sua banda gravaram “Dança ma mi criola”, que se tornou num dos seus temas emblemáticos e, em 1996, gravou “Graça de tchega”.

Em 1998, o cantor e compositor, natural do Mindelo, São Vicente, que começou por tocar violão, depois baixo, bateria, seguindo-se outros instrumentos, incluindo o cavaquinho, gravou neste clube lisboeta dedicado aos ritmos cabo-verdianos, “Ao vivo no B. Leza”.

Em 2002, saiu o seu álbum “Guilhermina”, ao qual se seguiu “Tito Paris ao vivo na Aula Magna”, que inclui três temas gravados em estúdio, para cinco anos depois chegar o “Acústico”, seguido de “Mozamverde” em 2010 e “Mim ê Bô” em 2017.

Em 2023, o artista comemorou 40 anos de carreira com vários concertos e muitos convidados.

DR/CP

Inforpress/Fim

03-05-2024 14:59

Porto Inglês, 03 Mai (Inforpress) - O jovem maiense Marculino Spencer, emigrante nos Países Baixos, expressou hoje a sua satisfação por estar a vivenciar um “momento especial” como rei da festa de Santa Cruz de 2024.

À Inforpress, Marculino Spencer expressou a sua gratidão por estar a realizar um” sonho antigo e viver por dentro" e conviver com as pessoas da sua ilha nestes últimos dias da festa de Santa Cruz.

Salientou que nos últimos dias tem convivido com muita gente da ilha que o tem parabenizado por esta decisão, acima de tudo por ser um jovem que reside no estrangeiro.

"Se a recepção no aeroporto, aquando da minha chegada foi espetacular, o dia da ‘kutxida’ foi também emocionante da minha parte", contou, realçando a homenagem feita às pessoas ligadas à tabanka, no quadro do festival do batuko.

Destacou o engajamento das pessoas durante praticamente um mês, e prevê que esta manifestação cultural venha ser um produto turístico para ilha e também contar com mais envolvência dos jovens que residem fora do país, propondo ser ele um dos embaixadores.

"Vi também muita divulgação e partilha nas redes sociais, por isso acredito que muitas pessoas acompanharam o decorrer da festa, mesmo estando fora da ilha e do país", notou.

Marculino Spencer exortou os jovens a abraçarem cada vez mais a cultura da ilha, porque só assim a identidade da ilha vai perpectuar, vincou, lembrando que a cultura é a identidade de um povo.

O ponto alto da festa, para além da missa, vai ser o cortejo até à cruz localizada na Salina de Porto Inglês, acompanhado da tabanka, onde vai ser realizado uma ladainha, seguida da atribuição do rei e da rainha do ano próximo.

WN/AA

Inforpress/Fim

03-05-2024 14:34

Ribeira Grande, 03 Mai (Inforpress) – Os artistas Dom Kikas, Neusa de Pina e Sonia Sousa encabeçam neste sábado, 04, o cartaz da festa do município da Ribeira Grande, Santo Antão.

O espetáculo musical conta ainda a atuação dos artistas Zé Viola, 7SEE, Josimar Gonçalves e DJ Bahuan.

O dia do município da Ribeira Grande será assinalado pela segunda vez no dia 07 de Maio, tendo em conta que antigamente era celebrado no dia da descoberta de Santo Antão, 17 de Janeiro.

As actividades comemorativas da festa do município da Ribeira Grande são vastas e estendem-se às áreas política, cultura, recreativa e desportiva, e começaram desde o passado dia 13 de Abril, com a abertura da feira de saúde e inicio dos jogos recreativos para crianças.

LFS/AA

Inforpress/Fim

02-05-2024 19:05

Mindelo, 02 Mai (Inforpress) - A Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) realiza, a partir de domingo, a primeira edição do Festival Literário de Mindelo “Pão e fonema”, no Palácio do Povo, em São Vicente, evento que homenageia o falecido poeta Corsino Fortes.

Em nota enviada à Inforpress, a universidade informa que o festival literário acontece no âmbito do ensino das literaturas e línguas, promovido pela Faculdade de Ciências Sociais, Humanas e Artes da Uni-CV -Polo II, e tem como objectivo “aprofundar a relação de proximidade, partilha e pertença da literatura com os seus leitores”.

“Surgiu a necessidade de um espaço de construção abrangente, propiciador de novas leituras, discussão de ideias pensamento crítico, que juntasse especialistas, professores, estudantes e leitores de todas as idades em torno da literatura e do objecto-livro, de forma a contribuir para capacitação leitora e fruição estética da sociedade”, lê-se no documento.

Após a abertura, o festival prossegue com uma conferência denominada “Uma mão a semear: a poética de Corsino Fortes”, com o docente da Universidade do Porto Francisco Topa, mas as actividades centrar-se-ão em cinco núcleos.

Desses, destaca-se o encontro com as escritoras Fátima Bettencourt e Natacha Magalhães e o projecto "Literar a cidade”, que consiste em fixar excertos da obra de Corsino Fortes nos cafés, lojas, restaurantes e locais públicos da cidade do Mindelo.

Haverá também um ciclo de conferências sobre literatura com a participação de Rui Guilherme da Silva, Hilarino da Luz, Francisco Topa, Élter Carlos e dos jornalistas Margarida Fontes e Nuno Ferreira, entre outros convidados na segunda-feira, 06, no auditório da Faculdade de Educação e Desporto (FAED) da Uni-CV.

Também fazem parte da programação uma “Viagem literária a Mindelo” e a abertura da exposição "18 Momentos" em xilogravuras, que procura representar a história da literatura cabo-verdiana, nas praças da cidade.

De acordo com a Uni-CV, o festival literário decorre até 08 de Abril em formato híbrido, presencial e ‘online’.

CD/CP

Inforpress/Fim

02-05-2024 17:50

Ribeira Grande, 02 Mai (Inforpress) - O recém-criado grupo “Santa Cruz a Mexer” criou, em parceria com algumas instituições, uma comissão para dinamizar e resgatar a tradição da Festa da Padroeira de Santa Cruz, da localidade de Coculi, na Ribeira Grande, Santo Antão.

Em declarações à Inforpress, Onildo Ferreira, membro do Santa Cruz a Mexer explicou que desde o mês de Março o grupo tem vindo a realizar várias actividades, de entre elas culturais e desportivas.

O ponto alto da festa, conforme a mesma fonte, será logo mais à noite com o tradicional baile de conjunto, que foi resgatado este ano, pois, conforme Onildo Ferreira, há muitos anos não se realizava.

“O baile será realizado no polivalente do liceu do Coculi, e temos um cartaz forte com vários artistas como Kino Cabral, Ruben Teixeira, Mc Acondizé, e dois DJ, El Fofo e Vavá”, mostrou.

No dia da Santa Cruz, 03 de Maio, consta do programa, segundo Onildo Ferreira, a tradicional missa, depois haverá um almoço comunitário no largo da igreja, a final da corrida de cavalos e o cair do pano da festa consta uma noite cultural com vários artistas santantonenses.

“Santo Cruz 2024 vai ser uma festa para ficar na história”, prometeu.

LFS/CP

Inforpress/Fim

02-05-2024 16:29
02-05-2024 14:56

Tarrafal, 02 Mai (Inforpress) – O músico cabo-verdiano Mário Lúcio diz acreditar que através da cultura é possível recuperar o que já foi perdido, mas também lutar para se ter um futuro melhor, após a sua actuação no concerto da liberdade no Tarrafal.

O concerto, realizado na noite desta quarta-feira, no âmbito das comemorações dos 50 anos da Libertação dos presos políticos do Campo de Concentração do Tarrafal, ilha de Santiago, contou com a participação de músicos de quatro países, nomeadamente, Cabo Verde, Angola, Guiné Bissau e Portugal.

Em representação a Cabo Verde, após a sua actuação, Mário Lúcio considerou que a música ainda “pode mudar o mundo”, justificando que no concerto os artistas cantaram pelos que lutaram pela liberdade como forma de honrar os que deram a vida e que essa vida reflecte na liberdade e felicidade de todos.

Esta luta, segundo o artista, foi evidentemente um acto de cultura, pois, segundo o mesmo, ter posição contra a tortura, contra a força que impede o ser humano de ter dignidade são actos de cultura.

Sobre o concerto, evidenciou que os artistas conseguiram pegar na cultura e transformar em algo belo, ou seja, pegaram os livros, os sofrimentos, a forma de estar, tudo o que foi escrito sobre essa prisão e conseguiram cantar e falar, permitindo às pessoas perceberem o que aconteceu e se passou, através da música.

E é neste sentido que defendeu que a cultura tem que estar “sempre à frente” tanto na resistência, como na celebração, exemplificando e demonstrando-se satisfeito com a celebração feita em conjunto, unindo os quatro países. 

“Quem ouve música, quem pratica música como arte no seu todo tem uma serenidade, uma paz de espírito”, considerou, acrescentando ainda que durante o espetáculo não viram ninguém a brigar, demonstrando assim que a “ocupação pela arte, pode mudar o mundo da violência”.

O acto da abertura do concerto esteve a cargo de Teresa Salgueiro, em representação a Portugal, seguido de Paulo Flores de Angola, que fez os presentes sonharem com esperança no amanhã, assente na liberdade.

Em representação da Guiné Bissau Karyna Gomes também cantou aos presos políticos, da chegada à partida do campo, e Mário Lúcio, em representação de Cabo Verde, revisitou a história que caracteriza como a forma de representação simbólica da arte e a realidade dura vivida pelos aprisionados.

O concerto dos artistas da CPLP no quadro dos 50 anos do encerramento do Campo de Concentração do Tarrafal foi gratuito, promovido pelo artista Mário Lúcio, através da Presidência da República.

MC/ZS

Inforpress/Fim

02-05-2024 13:54

Mindelo, 02 Mai (Inforpress) – A 8ª edição do festival CV Color vai acontecer em seis ilhas do País entre os meses de Junho e Agosto e promete trazer mais inovação, valorização e descoberta de talentos da música cabo-verdiana.

De acordo com informações da organização, a DEventos, a ideia é levar esta celebração “cheia de cores, energia e muita música” às várias ilhas do arquipélago, para celebrar o evento, cuja génese e conceito foram inspirados no tradicional festival indiano Holi.

O Festival CV Color, que marca o final da estação seca e início do verão, tem conseguido, desde 2015, conquistar, segundo a mesma fonte, “um espaço único na agenda cultural nacional e um público fiel”.

Sendo assim, o périplo começa pela ilha de Santo Antão, que a 15 de Junho recebe a primeira actividade, no concelho do Paul. De seguida é a vez da Cidade da Praia (Santiago), e Santa Maria, na ilha do Sal, onde o festival decorre no mesmo dia 13 de Julho. Também em Julho, a ilha de São Vicente tem a sua edição de CV Color marcada para o dia 27 deste mês. Para o mês de Agosto, a programação contempla Tarrafal, São Nicolau, e Sal-Rei, Boa Vista, no mesmo dia 03 do referido mês.

E em todas estas paragens, a empresa organizadora, a DEventos promete trazer mais inovação, valorização e descoberta de talentos da música cabo-verdiana e ainda reforçar as parcerias locais, sem esquecer a aposta nas práticas de responsabilidade social e ambiental.

LN/ZS

Inforpress/Fim

02-05-2024 10:50

Cidade da Praia, 02 Mai (Inforpress) - A antestreia do filme Pirinha, escrito e realizado por Natasha Craveiro, acontece no dia 11 de Maio de 2024, no salão nobre da Assembleia Nacional, pelas 20:00.

A informação avançada pela produtora Korikaxoru Films aponta que esta antestreia ocorre no âmbito do programa de comemoração do mês da Europa pela União Europeia em Cabo Verde.

Segundo a mesma fonte, Pirinha traz como pano de fundo a paisagem da ilha de Santiago, falado em crioulo e embalado pela música cabo-verdiana. A equipa é toda ela cabo-verdiana e todas as fases de produção tiveram lugar em Cabo Verde.

“Pirinha é a viagem de uma jovem mulher às masmorras do seu subconsciente para se encontrar e se libertar de traumas de infância”, lê-se no comunicado de imprensa.

A pré-estreia do Pirinha tem o apoio da União Europeia em Cabo Verde, da Agência Espanhola de Cooperação Internacional e da Organização das Nações Unidas no arquipélago.

O filme tem como realizadoras Natasha Craveiro e Luciény Kaabral, e como produtoras Emilia Wojciechowska e Paola Rodrigues. Os directores de fotografia são Arilson Almeida e Vicência Delgado. O som e a música são de Oliver Oliveira e Rosy Timas. Na edição, Reginaldo Cruz, Mayra Almeida e Rony Fernandes.

TC/ZS

Inforpress/Fim

02-05-2024 8:03

São Filipe, 02 Mai (Inforpress) -   Os artistas Neuza de Pina e Fil G, do Fogo, Gil Semedo e Neyna, da cidade da Praia, encerraram por volta das 04:00 horas da manhã de hoje o baile popular do festival de São Filipe 2024.

A actividade, que se iniciou às 23:30, com uma hora e meia de atraso, contou com “casa cheia” para apreciar a actuação de quatro artistas nacionais com o suporte da banda, que vibraram o público com diversos estilos musicais.

Neusa de Pina foi a primeira a desfilar pelo palco ao som da música “badia de fora”, e a artista conseguiu captar a atenção do público tímido do Presídio e trazer de volta as suas raízes.

Conforme avançou, completam sete anos desde a última actuação na ilha de origem, por causa da imigração teve de deixar a terra, e com o convite para participar no festival em celebração ao Santo Filipe disse que ficou muito “contente” por voltar novamente a pisar a sua terra natal.

“Fogo sempre me acolheu, sinto-me feliz por regressar novamente para casa, não tenho o que reclamar, foi espetacular” caracterizou a artista, augurando voltar a actuar nas festividades do município nos anos vindouros.

Neyna, a artista aguardada pela noite do dia 01 de Maio, aqueceu o público com os recentes trabalhos “Bu ca esperaba” “Preta” e “Nu ka sta para” lançados em colaboração com os artistas Djodje, Yasmin e Mc Acondize.

A artista, que já havia actuado na ilha no mês de Fevereiro, salientou que a vinda ao município significa que o público tem gostado do trabalho e que pretende continuar a cativar os são filipenses em outras paragens.

Às 01:47 o artista Fil G, da ilha do Fogo, subiu aos palcos e recordou as músicas “Sara”, “Txuba” e “Crioula”.

O artista, que cantou e dançou com o público, fez um apelo à população para “valorizar” os artistas nacionais e os grandes compositores que brotam desta terra.

Gil Semedo prosseguiu com a actuação da noite e fez o público “tremer” ao som das músicas “Nós líder” e “Maria Júlia”, um acontecimento que deixou o artista maravilhado e agradeceu os presentes pelo “carinho e amor” demonstrados.

A noite foi encerrada às 04:00 com o registo de detenções pela Polícia Nacional de aproximadamente cinco jovens que praticavam delinquência e desvios durante a festa.

No cartaz, o cabeça de lista desta edição foi o artista angolano Matias Damásio, que actuou pela primeira vez no dia 30 na festa de São Filipe.

Tony Fika, Grace Évora, Marizia do Rosário, Filipe Pereira, António Silvam  Buguin Martins, Nhô Nany e Elji Beatzkilla foram outros artistas que deram um espetáculo no baile popular do Presídio 2024. 

 LT/AA

Inforpress/Fim

01-05-2024 20:29

São Filipe, 01 Mai (Inforpress) – A Casa das Bandeiras é o festeiro das tradicionais festas da bandeira de São Filipe para o ano de 2025.

A passagem da bandeira do festeiro anterior para o de 2025 aconteceu no final da tarde de hoje, 01 de Maio, no largo de Alto São Pedro e a Casa das Bandeiras foi representada pelo presidente do Conselho Fiscal, Marinho Andrade.

O presidente da Casa das Bandeiras, Henrique Pires, disse que esta instituição será a festeira em 2025, explicando que assumiu este compromisso porque não surgiu ninguém a manifestar-se disponibilidade e a contactar a Casa das Bandeiras para ser festeiro em 2025.

“Como o estatuto da Casa das Bandeiras ressalva que a bandeira não pode ir para igreja (aquilo que se denominado do enterro da bandeira) a própria instituição assumiu a bandeira para festejá-la no próximo ano e neste momento já conta com um patrocinador que assumiu patrocinar uma parte da festa de 29025”, esclareceu

O facto de ser a Casa das Bandeiras a ser o festeiro de 2025 isso, segundo Henrique Pires, não vai diminuir a qualidade e a grandeza da festa e pode ser ainda “maior que a festa de um festeiro normal”, lembrando que a Casa das Bandeiras pode mobilizar vários patrocinadores para ajudar na realização da festa e inclusive já conta com a disponibilidade de um patrocinador.

Henrique Pires voltou a primar pela ausência no Alto São Pedro, local das cavalhadas e da passagem da bandeira, sublinhando que “enquanto o muro permanecer em Alto São Pedro não irá colocar os seus pés lá”.

Depois da tomada da bandeira, a mesma, acompanhada dos tamboreiros e coladeiras, deixou o Alto São Pedro rumo à casa do novo festeiro, neste cado à Casa das Bandeiras.

JR/JMV
Inforpress/Fim

01-05-2024 19:39

Tarrafal, 01 Mai (Inforpress) – O historiador Victor Barros disse que hoje não se comemora somente os 50 anos de libertação dos presos políticos, mas também lembra que a libertação está associada a uma história de resistência de longa duração.

Victor Barros fez estas considerações em declarações à imprensa, após uma conferência intitulada “Campo de Concentração do Tarrafal: Genealogia Histórica, Modelos de Repressão e Memórias Transnacionais de Resistência”, realizada hoje no Campo de Concentração, para assinalar os 50 anos da Libertação dos presos políticos, de que foi orador.

O professor deixou exposto ainda que se trata de um acto que salvaguarda a história, apesar dos modelos de repressão do regime colonial, pois, o agora Museu da Resistência é valioso para a educação da nova geração.

Victor Barros alertou que é preciso lembrar que Tarrafal não é uma prisão sozinha, mas que está ligado a uma história mais global de repressão no século XX, em que regimes de ditadura como o salazarismo e outros regimes de ditadura criados neste século, criam também sistemas de prisão tipo do Tarrafal para reprimir os seus opositores.

Considerando que a democracia contemporânea se encontra “bastante assombrada pelas crises do populismo e revisionismo histórico”, o conferencista diz ser necessário e importante lembrar o lugar do Tarrafal e lembrar das lutas que os resistentes cabo-verdianos, angolanos, guineenses e portugueses engendraram para contestar políticas de repressão contra a ditadura.

Igualmente, realçou que Tarrafal é importante também por ser uma prisão que coloca em simultâneo não só a luta de resistência contra a ditadura, mas também a luta para debater e rebater o colonialismo e a luta pela própria independência dos territórios que estavam ocupados como colónias no tempo imperial português.

Aos jovens, a nova geração, evidenciou que há várias coisas a fazer. Primeiro, defende que têm de conhecer o passado para saberem como agir no presente e como lidar com o passado para desenhar novas utopias, visões, projectos da sociedade para o futuro.

Segundo, que não se pode ter um vazio no passado, porque qualquer vazio que fique vai ser sempre ocupado por qualquer outra narrativa que vem fazer revisionismo e que vem ludibriar a cabeça das pessoas, daí, defendeu a necessidade de se conhecer bem a história e para se ter também a tradição de acções práticas de resistência como também a necessidade de se repensar o modelo de sociedade que quer desenvolver.

A conferência foi realizada à margem da sessão especial de celebração dos 50 anos de libertação do campo de Tarrafal de Santiago, uma actividade que contou com a presença de três chefes de Estado e o ministro da Defesa de Angola.

Do programa constaram também o descerramento de uma placa comemorativa, do cinquentenário da Libertação dos Presos Políticos do Tarrafal, uma visita guiada, a inauguração da exposição Tarrafal, da repressão à liberdade, de Alfredo Caldeira, que traz fotografias e vários depoimentos sobre diferentes aspetos da vida prisional. Além de um concerto de liberdade dentro do Museu da Resistência.

MC/JMV
Inforpress/Fim
 

 

01-05-2024 12:10

São Filipe, 01 Mai (Inforpress) – O artista angolano Matias Damásio confessou na madrugada de hoje que ficou surpreendido com a recpeção na ilha do Fogo e vai levar uma imagem “bastante” positiva e a ideia de que tem de voltar aos palcos cabo-verdianos.

O cabeça de cartaz da edição das festas do Dia do município e da Bandeira de São Filipe Matias Damásio subiu ao palco do Presídio por volta de 1:30 de madrugada para abrir a terceira e penúltima noite de festival/baile com o espaço “praticamente repleto” de pessoas, na sua maioria jovem, que já antes da meia noite começaram a entrar no recinto e aguardaram paciente pela actuação.

Com dezenas de telemóveis para registar para a posterioridade a actuação do artista angolano o público vibrou e interpretou as músicas do artista, inclusive, o Eder Monteiro do município de Santa Catarina subiu ao palco para interpretar trecho de uma das músicas de Matias Damásio.

No final, já perto das 03.00 da madrugada, depois de uma hora de espetáculo, Matias Damásio disse que foi a sua estreia nas festividades de São Filipe e a segunda actuação em Cabo Verde, sublinhando que está a ser uma experiência boa.

“Demoramos a chegar a Cabo Verde para fazer concertos, mas o público é inacreditável, é maravilhoso”, disse o artista, sublinhou que não há nada melhor que cantar em “casa” e que estar em Cabo Verde é estar em casa dada a relação muito forte que existe entre Angola e Cabo Verde.

“Cabo Verde e Angola é uma grande comunidade, temos familiares e amigos, cantar em outras partes do mundo é bom, mas cantar em África é ainda melhor”, disse, justificando que os africanos têm uma forma diferente de exprimir os sentimentos.

Este confessou que tinha pouca noção de como a sua música era conhecida em Cabo Verde, apesar de ter tido algumas conversas sobre isso, mas confessou ter ficado “muito surpreendido com a ilha do Fogo”, de onde sai “com uma imagem bastante positiva e a ideia de que temos de voltar”.

“Estou viciado e espero voltar, gosto muito de Cabo Verde, da simplicidade, da comida e é muito bonito estar aqui e espero conhecer e actuar nas outras ilhas”, disse Matias Damásio, apelando aos cabo-verdianos para continuarem com “esta força e simplicidade” porque a maior riqueza de Cabo Verde são as pessoas.

Depois de Matias Damásio ter deixado o palco e depois de algum tempo para a mudança da banda o artista foguense Filipe Pereira “Bidonga”, autor da música como “Nha Mulatinha” subiu ao palco depois das três horas da madruga e com um atraso de uma hora em relação ao programado.

Seguiu-se depois Marizia do Rosário, que actua pela primeira vez nas festas do Dia do Município e da Bandeira de São Filipe, já passavam das quatro de madrugada.

Já o artista cabo-verdiano Grace Évora, com várias passagens pelo Presídio, começou já depois das cinco horas da manhã e terminou a sua actuação depois das 07 horas de hoje e Buguin Martins encerrou a penúltima noite quando passava das 08 horas da manhã.

A última das quatro noites de festival/baile no Presídio é encerrada com actuação de artistas como Gil Semedo, que é muito acarinhado pelos sanfiliepnse, Nayna, Neusa de Pina e Fil G Kamporta.

A nível religioso celebra-se hoje a missa, seguida de procissão em honra do Santo Filipe, nome atribuído inicialmente à ilha do Fogo, que é celebrada pelo Cardeal Dom Arlindo Furtado.

Mas antes, por volta das 05:00 de madrugada, realizou-se alvorada com música e tambores, seguido da saída dos cavaleiros para a primeira corrida.
Depois da missa e procissão é servida nas instalações da Casa das Bandeiras o almoço de cavaleiros, oferecido pelo festeiro, seguindo-se depois a concentração no Alto São Pedro para as cavalhadas, espécie de provas de perícias e que antecede a entrega de troféus e passagem da bandeira para o festeiro do ano seguinte.

JR/JMV
Inforpress/Fim

01-05-2024 10:45

São Filipe, 01 Mai (Inforpress) – O palco do largo de Alto São Pedro funcionou dentro daquilo que era o propósito da câmara que era dar mais opções para os munícipes e mereceu nota “positivo” dos artistas e do público.

Para a vereadora da Cultura, Lia Barbosa, o palco de Alto São Pedro foi pensado para dar mais opções aos munícipes que não conseguem ir ao Presídio por razões diversas, nomeadamente as crianças e pessoas adultas, motivo pelo qual trouxe o circo para os mais pequenos, acrescentando que era visível a alegria das crianças, mas também dos pais e encarregados de educação, mas também de emigrantes.

Com relação aos artistas, Lia Barbosa disse que com o funcionamento do palco Alto São Pedro a câmara criou espaços para artistas locais renomados e no início de carreira, com participação de artistas de outras ilhas, como Toy Cabecilha e outros, sublinhando que a organização tentou diferentes tipos de artistas desde os que cantam estilo hip hop, passando pelos ritmos tradicionais como morna, coladeiras e outras músicas.

“É para continuar nos próximos anos”, prometeu  Lia Barbosa, indicando que este ano a edilidade deu mais enfoque a este palco pelo facto do lema da edição das festas do Dia do Município e da Bandeira de São Filipe foi

“Nôs munícipes” e foi uma forma encontrada de homenagear os munícipes.
Paralelamente ao palco e no mesmo largo funcionou a feira de produtos agropecuários com objectivo de levar mais público a visitar feira e dar mais oportunidade de venda aos expositores que saíram “bastante satisfeitos”, e juntar palco de actuação musical com a feira foi um “excelente casamento e oportunidade de negócios”.

O artista foguense Jorge Senna, ele que já actuou no Presídio e que este ano esteve no Palco Alto São Pedro, considerou a ideia “louvável” e não se sentiu diminuído, observando que “qualquer palco é placo” e mesmo sendo diferente a emoção é a mesma de participar das festas de São Filipe.

A festa de São Filipe tornou-se “grande demais” e não se pode pensar apenas no palco do Presídio, referiu o artista para quem o palco de Alto São Pedro tem alguma semelhança com a parte antiga das festas com a feira popular de um lado e o baile de conjunto do outro.

“É uma iniciativa muito boa (…) e sendo o primeiro ano, veja a dimensão que tomou e espero que nos próximos anos seja uma grande alternativa para crianças e jovens de terceira idade com muitas diversões”, referiu Jorge Senna, observando que as pessoas com idade mais avançada tiveram oportunidade para ouvir música que fez parte da sua juventude e géneros que não conseguem ser tocados no Presídio.

Segundo o mesmo, o palco Alto São Pedro é também uma alternativa para grupos tradicionais da ilha do Fogo, sobretudo para pessoas da terceira idade.

No dizer de Jorge Senna, não só a festa está “bonita” como a própria cidade, defendendo um “djunta mon” para torná-la cada vez mais grande.
Jorge Senna está disponível para, na parte musical, tudo fazer para transformar “São Filipe numa cidade altamente cultural”, o que de resto, confessou, foi sempre a sua ideia.

O artista, que está a trabalhar na divulgação do antigo trabalho a nível da Europa e porque tem alguns colegas com trabalho novo para sair, nomeadamente Félix Lopes, disse que não é aconselhável “fazer sombra” e vai trabalhar com irmão Neny para dar maior visualidade e só depois pensar no próximo trabalho.

Outro artista de renome que actuou na primeira edição do palco Alto São Pedro foi Dany Lobo, tendo classificado o funcionamento do palco como “uma iniciativa louvável e uma alternativa ao Presídio, virado mais para a música tradicional”, lembrando que “há muitas pessoas interessadas em ouvir a música tradicional”.

O palco, segundo mesmo, pode servir para promoção no início da carreira e não se sente diminuído por actuar no palco Alto São Pedro, mas antes um privilegiado em fazer parte do leque de artistas convidados para a primeira edição.

Danny Lobo, que tem participado de forma regular nas festividades do Dia do Município e da Bandeira de São Filipe, contraria a opinião de alguns de que vieram menos pessoas das outras ilhas e da diáspora, sublinhando que durante a festa não deu para sentir isso.

JR/JMV
Inforpress/fim
 

01-05-2024 9:43

Lisboa, 01 Mai (Inforpress) – O líder africano Amílcar Cabral sobe sexta-feira ao palco, em Lisboa, através de dispositivos multimédia e de inteligência artificial, numa criação do artista cabo-verdiano Djam Neguin que, desta forma, homenageia o independentista e o 25 de Abril.

Intitulado “AMI.LCAR”, o espetáculo é inspirado na vida e obra do pensador e “um dos maiores líderes de todos os tempos”, como disse à Lusa o artista multidisciplinar.

“É um espectáculo que nasce de dois contextos específicos: Os 50 anos do 25 de Abril, que coincide com o centenário de Amílcar Cabral”, observou.

"[O objectivo da iniciativa é] aproveitar este momento histórico em que estamos a fazer um processo de descolonização, de reparação histórica, de recontar a história, de como as coisas realmente foram, e trazer ao público e às novas gerações quem foi esta figura e qual a sua importância”, disse Djam Neguin.

Sobre o que de mais significativo de Cabral vai subir ao palco da XL Box, na sexta-feira e sábado, o artista elegeu “o activismo, a questão da preocupação com o ser humano em si”.

Mas também a questão agrónoma, uma vez que Amílcar Cabral era um agrónomo, o que é um pretexto para “a importância de refletir sobre a crise ecológica” actual, a par da “questão da descolonização, a luta pela libertação do colonialismo, e agora a questão da colonialiadade”.

“Ainda continuamos a viver com as consequências deste regime, deste ato”, disse.

O artista encontra-se atualmente a trabalhar o tema da ”questão afro futurística”, de “passar os imaginários afro, africanos, cabo-verdianos numa dimensão de futuro” e a pensar “esta fase com as máquinas, o digital, o virtual” e como isso impacta com as artes, as relações humanas e a forma de comunicar.

Todo o espetáculo está “em interface com a inteligência artificial, com a realidade virtual, com o mundo robótico e maquinal”.

O Cabral que subirá ao palco foi criado através de diversos softwares, com recurso à clonagem da voz, e a recriação em 3D da cara e do corpo do líder africano.

“É um espetáculo multidisciplinar que atravessa as fronteiras da dança, performance, teatro e vídeo, mas também através da realidade virtual”, disse.

O artista classifica o espetáculo como uma “provocação cénica” que pretende conduzir à reflexão de como é que estas ferramentas hoje ao dispor de tanta gente podem “contar as narrativas que importam ou para resgatar figuras que importam”.

Em palco estará Djam Neguin e duas personagens completamente produzidas por inteligência artificial, o que convida ao debate sobre “o que acontece quando um artista é produzido por inteligência artificial”.

O líder histórico da independência guineense e cabo-verdiana nasceu na Guiné-Bissau em 12 de setembro de 1924, tendo partido para Cabo Verde com oito anos. Licenciou-se em Portugal e desenvolveu vários trabalhos na área da agronomia.

Fundador do então PAIGC, liderou os movimentos independentistas em Cabo Verde e na Guiné-Bissau.

Assassinado em Conacri aos 49 anos, em 20 de janeiro de 1973, Cabral não chegou a assistir à declaração unilateral da independência na Guiné-Bissau, que aconteceu a 24 de setembro de 1973, sete meses antes do 25 de Abril de 1974.

Inforpress/Lusa/Fim
 

01-05-2024 9:30

Fogo, 01 Mai (Inforpress) - O artista angolano Matias Damásio, a actuação mais aguardada pelo público, estreou-se na madrugada desta quarta-feira, 01, no palco do baile popular das festividades do Santo Padroeiro, São Filipe.

O início da actuação do conceituado artista deu-se por volta das 01:30, depois de minutos de fogos de artifício à meia noite, um momento tradicional que marca o dia do Santo Felipe.

De seguida, Felipe Pereira Bidonga, cantor e compositor filho das terras de São Filipe, subiu ao palco às 03:18 com uma mistura de ritmos tradicionais, com prevalência da coladeira, estilo registado pelo artista.

Entre uma pausa musical e outra, Bidonga apelou ao público a valorizar os artistas nacionais, tendo dedicado uma música a todos os que “labutam todos os dias” em terra firme.

Bidonga encerrou a sua actuação com a música “mulatinha”, ainda com grande adesão do público e presença de centenas de munícipes que compareceram para prestigiar os artistas no dia do Santo Filipe.

Maria do Rosário foi a outra atracção da noite, subiu ao palco às 04:47 e lembrou ao público os grandes sucessos da carreira.

Grace Évora e Buguin Martins foram os últimos artistas a actuar no penúltimo dia do festival que decorreu sem sobressaltos, pese embora os atrasos com o início dos shows.

A vereadora da Cultura, Lia Barbosa, disse que a data representa mais um ano de comemoração do Santo Padroeiro que coincide com o Dia do Trabalhador, recordando que as actividades começaram no dia 10 de Abril com actividades desportivas, inauguração de obras e apresentação de projectos.

Segundo a autarca, todos os anos o município recebe o primeiro dia do mês de Maio com fogos de artifício, um “prémio” para os munícipes e emigrantes que “honram” a ilha com sua presença. 

Lia Barbosa fez um balanço positivo das festividades, garantindo que todo o programa está a ser cumprido com certo “grau de satisfação”.

A responsável adiantou que para o dia 01 é reservado à missa, na Igreja Matriz São Filipe, ao tradicional almoço para os cavaleiros, na Casa das Bandeiras, ritual das cavalhadas no Alto São Pedro, bem como passagem das bandeiras, culminando o encerramento do festival com o baile do Presídio. 

LT/JMV
Inforpress/Fim
 

30-04-2024 16:47

Porto Novo, 30 Abr (Inforpress) – A edilidade porto-novense confirmou hoje a presença da cantora Josslyn Medina, natural do Porto Novo, nas festas de São João 2024, fechando assim o cartaz destas festividades, que acontecem durante o mês de Junho.

osslyn Medina junta-se ao leque de artistas e grupos já confirmados nas festas de São João no município do Porto Novo, do qual fazem parte ainda o Gil Semedo, o Nelson Freitas, os Ferro Gaita, os Cordas do Sol, a Blaya, o Elji Beatzkilla, a Neyma e o Dino Oliveira.

“Com a confirmação de Josslyn Medina, fecha-se, com chave de ouro, o cartaz do certame. A festa está garantida para duas noites que vão ficar na história do nosso santo padroeiro”, informou a autarquia porto-novense.

Além dos bailes populares, o programa das festividades destaca ainda a feira agro-pecuária de Santo Antão, o desfile dos grupos de romaria, a peregrinação, a corrida de cavalos e a missa solene.

JM/JMV
Inforpress/Fim

30-04-2024 15:52

Cidade da Praia, 30 Abr (Inforpress) – Cabo-verdiano de 13 anos, Jorsal de Jesus Martins, mais conhecido por Joshua Marty, lançou hoje, nas plataformas digitais, seu primeiro single, intitulado “Nha’Rmun”, um grito de apelo à irmandade.

A escolha do nome deste que é o também o nome do seu álbum a caminho, não surge por acaso. Em comunicado enviado às redacções, Joshua explica que decidiu lançar um “grito de alerta” à irmandade porque diz sonhar com uma nova geração de cabo-verdianos, particularmente, crianças e adolescentes livres de todo o tipo de violência.

Nesta música, segundo a mesma fonte, Joshua passa um olhar atento por temáticas que estão a preocupar os cabo-verdianos e a afectar os mais novos, como a violência contra mulheres.

 Joshua convida famílias a optarem pela “tolerância e afecto”, de modo a servir de exemplos para os filhos que têm em casa, lança um olhar a sociedade civil e foca na irmandade.

A música, segundo a nota de imprensa, é trabalho o compositor Calu di Guida, radicado nos Estados Unidos da América, onde Joshua numas curtas férias fez a gravação deste single no estúdio do conceituado músico e produtor Kim Alves.

Joshua passou a sua infância e adolescência em Cabo-Verde, na ilha de Santiago, onde continua a prosseguir os seus estudos. Tem a música no sangue. O pai, Jorge Pimpa, é um dos percussionistas "mais conhecidos do país", tendo acompanhado os melhores grupos musicais de Cabo Verde.

O seu público alvo, destaca o comunicado, “é a nova geração de cabo-verdianos que será o futuro deste país conhecido pela sua morabeza, sem deixar de lado homens e mulheres que vivem espalhados pelos quatro cantos do mundo”.

O artista a acredita que crianças e adolescentes podem fazer a ponte entre as crianças e adultos pelo fim da violência, estabelecendo pactos de tolerância (através da irmandade) mérito social que se vai perdendo aos poucos no arquipélago e sua vasta diáspora.
 
TC/JMV
Inforpress/Fim

30-04-2024 15:31

Porto Novo, 30 Abr (Inforpress) – O coreógrafo porto-novense Ildo Rodrigues disse hoje que a falta de um anfiteatro constitui “um dos maiores desafios” do sector cultural no município do Porto Novo, em Santo Antão.
 
Ildo Rodrigues, nas lides da dança há 25 anos, é líder do grupo de dança Maravilha Tropical que, esta segunda-feira, exibiu-se “em grande estilo” na praça dos Paços do Concelho do Porto Novo, presenteando o público com vários estilos de dança.

Para este coreógrafo, além da “falta de apoios” à cultura, designadamente à dança, a cultura no município do Porto Novo enfrenta outros desafios, destacando ainda a ausência de um anfiteatro para ensaios e espectáculos.
 
No caso de Maravilha Tropical, que tem uma escola de dança apoiada pelo Ministério da Cultura e Indústrias Criativas, através da Bolsa de Acesso à Cultura (BA Cultura), realiza os seus ensaios num terraço de uma habitação pertencente a um elemento deste grupo, fundado há 25 anos.
 
“Ainda bem que existem a câmara municipal e o Ministério da Cultura, porque aqui no Porto Novo não temos apoios para promovermos a cultura. Temos também falta de um anfiteatro para ensaios e espectáculos”, notou este activista cultural.
 
O vereador da Cultura da Câmara Municipal do Porto Novo, Nilson Santos, falou aos jornalistas do “sucesso” que foi a sétima edição do festival de dança, realizado anualmente por ocasião do Dia Internacional da Dança, assinalado a 29 de Abril.
 
“Foi mais uma edição do festival de dança, que tem sido uma oportunidade para mostrarmos o que Porto Novo produz em termos de dança”, explicou o autarca, realçando o facto de este município possuir “uma boa dinâmica” neste género cultural, graças a BA Cultura e aos subsídios atribuídos pela autarquia aos grupos de dança.     
 
Para Nilson Santos, trata-se de “um trabalho meritório” que os grupos de dança têm realizado no concelho do Porto Novo, contribuindo ainda para a prevenção dos males sociais no seio dos jovens e adolescentes.
 
Este ano, o festival de dança contou com a presença dos grupos Maravilha Tropical, de Mila Dance, da Escola Progresso e da Nova Geração – Sul, que proporcionaram aos presentes um evento diversificado, com danças tradicionais e contemporâneas.
 
O festival de dança enquadra-se no programa "Porto Novo Criativo", que tem como objectivo desenvolver junto dos jovens “uma consciência cultural e patrimonial que garanta a sustentabilidade dos recursos culturais e patrimoniais”.
JM/JMV
Inforpress/Fim
 

30-04-2024 14:37

Cidade da Praia, 30 Abr (Inforpress) – A promotora do projecto Miss das Ilhas de Cabo Verde na Europa afiançou hoje que a organização quer contribuir na melhoria do sector da saúde com a criação de uma escola de enfermagem visando responder aos desafios do arquipélago.

Nádia Dias fez estas afirmações à imprensa, após a organização do Miss das Ilhas de Cabo Verde na Europa ter sido recebido em audiência pelo Presidente da República, José Maria Neves, esta terça-feira.

“Viemos apresentar o nosso projecto e dar ao Presidente da República  mais detalhes sobre o nosso evento, que realizamos recentemente e o projecto que temos pela frente e o Presidente da República mostrou-se disponível em nos ajudar na mobilização de mais  parceiros e empresas cabo-verdiana para juntos concretizarmos este objectivo”, explicou.

Conforme realçou, a organização está em Cabo Verde para iniciar os contactos para a realização da 2ª edição do Miss das Ilhas de Cabo Verde na Europa, que será realizada na cidade de Paris, França, em Abril do próximo ano.

“Estamos a iniciar os contactos para a realização da 2ª edição do Miss Cabo Verde na Europa porque não queremos trabalhar somente com as empresas na Europa, mas também ter parcerias com empresas cabo-verdianas aqui no país, o que permitirá também o reconhecimento das empresas nacionais em outros fóruns mundiais”, salientou.

Questionada o que motivou a criação do projecto Miss das Ilhas de Cabo Verde na Europa, Nádia Dias explicou que para além de terem sido motivados pelo número elevado da comunidade cabo-verdiana residente na Europa, foi o facto de quererem igualmente contribuir na promoção das causas sociais em Cabo Verde.

Apontou, neste sentido, que com o referido evento pretende-se criar uma escola de enfermagem em Cabo Verde visando dar respostas aos desafios que o país enfrenta nesta matéria, com destaque para o sector da saúde e a questão da saúde mental.

“Queremos trazer mais ajudas para o país na área da saúde mental, mas também queremos ter acções de formação de anestesistas e contribuir na melhoria do sistema de saúde e diminuir o número de cabo-verdianos que procuram outros países para a concretização dos estudos”.

“Já temos cirurgiões franceses reformados, que já estiveram em Cabo Verde para ministrar a formação para médicos cabo-verdianos e que na próxima semana estarão na ilha de São Vicente”, informou, adiantando que são cinco cirurgiões que estarão em Cabo Verde por um período de 15 dias”, concluiu.

Por seu turno, a eleita da 1ª edição do Miss das Ilhas de Cabo Verde na Europa, Jasmine Jorgensen, natural da ilha do Fogo garantiu estar comprometida em dar o seu contributo na melhoria da qualidade da saúde e no desenvolvimento de Cabo Verde.

“Sou natural da ilha do Fogo, estou a residir na Dinamarca há meses e a frequentar o curso e durante um ano abracei um projecto que consiste em melhorar a saúde mental dos cabo-verdianos, a ideia é ter um espaço onde as pessoas que não dispõem de condição financeira beneficiar dos serviços”, disse, acrescentando que pretende ao longo do período que trabalhará como representante de Cabo Verde dar atenção especial para a classe infantil e o meio ambiente.

A 1ª edição do Miss das Ilhas de Cabo Verde, na Europa, aconteceu no passado dia 30 de Março em França e contou com a participação de 10 candidatas da Suíça, Bélgica, Espanha, Itália, Portugal, Dinamarca, Luxemburgo, Holanda, Alemanha e França.

CM/ZS

Inforpress/Fim

Exibindo 1 para 20 de 495