Sociedade


03-05-2024 7:57

Londres, 03 Mai (Inforpress) – Cabo Verde desceu oito lugares no Índice Mundial da Liberdade de Imprensa publicado hoje pela organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF) de 33.ª, em 2023, para a 41.ª posição, enquanto Angola, Brasil e Portugal subiram.

Estes três países contrariaram a tendência de descida dos países lusófonos no Índice Mundial da Liberdade de Imprensa publicado hoje pela organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF). 

Entre os oito dos nove Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que constam desta tabela publicada anualmente, a qual não inclui São Tomé e Príncipe, Portugal é o único assinalado a verde. 

Portugal subiu duas posições, para 7.º lugar, regressando assim ao grupo de oito países com uma "situação muito boa" em termos de liberdade de imprensa, do qual tinha saído no ano passado.  

Timor-Leste continua o segundo entre os lusófonos, mas desceu dez lugares para o 20.º, seguido por Cabo Verde, que também desceu, para a 41.ª posição (33.ª em 2023).

O Brasil subiu 10 lugares, para 82.º, tendo sido substituído na 92.ª posição pela Guiné-Bissau, que desceu 14 posições em relação ao ano anterior.

Angola, que no ano passado foi o pior classificado dos lusófonos no mapa da liberdade de imprensa, subiu 21 posições para 104.º lugar (125.º em 2023).  

Moçambique registou uma descida de três posições, ocupando agora o 105.º lugar, e a Guiné Equatorial, desceu sete lugares para a 127.ª posição.

A China, à qual pertence a região de Macau, subiu para 172.º (179.º em 2023), mas continua entre os dez países do fundo. 

O Índice Mundial da Liberdade de Imprensa, publicado anualmente pela Repórteres sem Fronteiras, avalia as condições para o jornalismo em 180 países e territórios. 

Inforpress/Lusa

Fim

02-05-2024 22:15

Nova Sintra, 02 Mai (Inforpress) – Dezenas de cidadãos bravenses manifestaram-se hoje revoltados com a situação vivida nos Correios, na Brava, e reclamaram da falta de dinheiro para atender ao serviço Money Gram e a falta de informações por parte dos funcionários.

Em declarações à Inforpress, Joaquim Gonçalves residente na freguesia de Nossa Senhora do Monte, salientou que há dias que tem estado a deslocar-se da sua localidade para a cidade de Nova Sintra, com o objectivo de levantar o dinheiro que foi enviado pelos familiares que vivem no estrangeiro, mas até o momento sem sucesso.

“Todos os dias chegamos bem cedo aos Correios, no entanto, ficamos aqui na rua sem o serviço que viemos solicitar e não nos dão qualquer informação se vamos receber o dinheiro ou não. Para sair da minha localidade eu pago viaturas para descolar até a cidade, sendo que hoje disseram que não há dinheiro, amanhã é a mesma coisa e daí por diante, vou ficar só em pagar transporte de deslocação”, reclamou.

“As nossas famílias já enviaram dinheiro, não estamos a pedir favor a ninguém, pois o serviço já foi pago e agora os Correios têm a obrigação de nos devolver o nosso dinheiro”, acrescentou.

Segundo a mesma fonte, a informação que estão a receber é que os Correios da cidade da Praia, ainda não disponibilizou o dinheiro, entretanto, questionou como é que não foi disponibilizada a quantia, se os familiares no estrangeiro já depositaram os montantes e já pagaram pelo serviço.

“Não sei porque é que nas outras ilhas, as pessoas não tem dificuldades em receber dinheiro nos serviços de Money Gram, nos Correios. Este abuso é só na Brava, pois isso deve acabar, todos os dias é a mesma coisa, no final o dinheiro vai ficar só nas despesas de transporte”, reclamou, apelando a quem é de direito, a resolução do problema o mais breve possível.

Por sua vez, Ana Paula Barbosa, que também partilha da mesma opinião, reclamou que a situação não está nada agradável, tendo em conta que muitos deslocam-se à cidade desde bem cedo, ficam o dia inteiro no Correio e ainda sem sucesso no levantamento dos seus dinheiros.

“A desculpa é que não têm dinheiro e depois ficamos aqui sentados até tarde, sem quaisquer informações. Também tem outro problema, quando o valor que irá ser levantado, pelo cliente for acima de 50 mil escudos, eles não efectuam esse pagamento e ficam a dizer sempre para a pessoa voltar no dia seguinte”, sublinhou.

Neste sentido, finalizou considerando ser uma falta de respeito, para com os clientes que pagam pelo serviço e não são atendidos da melhor forma.

A Inforpress tentou ouvir a responsável dos Correios deste município mas a mesma disse que não tem autorização para falar sobre o assunto.

DM/HF

Inforpress/Fim 

02-05-2024 19:48

Nova Sintra, 02 Mai (Inforpress) – A festeira de Santa Cruz, Maria Gonçalves, mais conhecida por Barbinha, disse hoje que está preparada para cumprir mais um ano da sua promessa feita há 25 anos de festejar Santa Cruz, no dia 03 de Maio.

Em declarações à Inforpress, Maria Gonçalves salientou que a festa da Santa Cruz é festejada com orgulho nessa localidade, explicando ainda, que celebrar Jesus na Cruz é uma bênção tendo em conta que o “messias” se sacrificou para nos salvar.

“Nós, todos os anos, festejamos com orgulho porque temos fé que existe a salvação numa segunda vida. Esta festa é uma tradição para toda a população da localidade de Braga e do município em geral, sendo que é uma festa que é conhecida neste concelho, desde há muito tempo”, explicou.

Barbinha disse que teve contacto com esta festa, pela primeira vez, através de uma senhora chamada Lídia, que já faleceu, porém até hoje não deixou morrer a tradição e todos os anos, com “força e vontade”, realizam a tradicional festa de Santa Cruz.

“A festeira que ainda está viva sou eu, pois festejo com orgulho, porque é uma festa de celebração com Deus e por isso convido toda a população bravense, para juntar a esta comemoração”, declarou.

Segundo considerou a mesma fonte, na ilha Brava todas as pessoas são unidas para celebrar a cultura e a tradição, por isso, afirmou que mesmo com 65 anos de idade e com problemas de saúde, faz todo o esforço para não deixar passar a comemoração em branco.

“Eu considero ser uma pessoa carinhosa para mim mesma e para todos os que me rodeiam e organizo essa celebração ou esta festa para todos, porém não tenho nenhum dinheiro, sendo que apenas sou pensionista, no entanto, sempre conto com ajuda de várias pessoas, residentes ou emigrantes e com isso, o almoço é sempre garantido para todos”, declarou.

Finalizou informando que terá uma actividade com artistas locais e da ilha do Fogo e garantiu que tudo será gratuito para todos.

DM/HF

Inforpress/Fim

02-05-2024 18:20

Mindelo, 02 Mai (Inforpress) - A ilha de São Vicente acolhe a 20 de Julho a primeira edição do Concurso Miss e Mister Inter-universidades, evento que, segundo a organização, promete ser uma “celebração da beleza, inteligência e talento dos estudantes universitários da região”.

Conforme a mesma fonte, o evento terá como tema "O sonho universitário", e pretende destacar a importância da educação superior na formação de líderes e na busca por um futuro promissor.

“O Concurso Miss e Mister Inter-Universidades São Vicente é uma iniciativa única que visa promover a integração, a diversidade e a excelência académica entre as instituições de ensino superior de São Vicente. Contará com a participação de representantes das universidades de São Vicente, competindo pelo título cobiçado de Miss e Mister Inter-Universidades São Vicente 2024”, informou.

Ainda conforme a organização, os participantes serão avaliados não apenas pela sua beleza exterior, mas também pela sua inteligência, carisma e compromisso com a comunidade.

Além da competição principal, o evento terá apresentações culturais, discursos e momentos de celebração da diversidade e de inclusão, refere ainda.

CD/CP

Inforpress/Fim

02-05-2024 18:09

Cidade da Praia, 02 Mai (Inforpress) - O Relatório sobre os Direitos Humanos no Mundo em 2023 dos Estados Unidos indica que a situação dos direitos humanos em Cabo Verde manteve-se idêntica ao ano 2022 e sem “relatos credíveis de violações significativas dos direitos humanos”.

O documento, divulgado pelo Departamento do Estado norte-americano, ressalta que “o Governo tomou medidas credíveis para identificar e punir funcionários que possam ter cometido violações dos direitos humanos” e que praticamente não regista violações dos direitos humanos no arquipélago.

“De 01 de Janeiro a 31 de Julho, segundo dados compilados pela Polícia Nacional em denúncias de abuso policial, quatro casos foram arquivados; um caso resultou em multa, e três casos estavam sob investigação”, sublinha o documento.

No que se refere à prisão, o relatório do Departamento do Estado dos Estados Unidos avança que as condições prisionais eram deficientes devido à superlotação e à saúde inadequada e condições sanitárias, mas que as autoridades conduziram investigações de alegações credíveis de maus tratos e que a Comissão Nacional dos Direitos Humanos realizou regularmente visitas às prisões para monitorização das queixas.

No campo das liberdades civis, liberdade de expressão, inclusive para membros de imprensa e outros meios de comunicação, o relatório das autoridades responsáveis afirma que o Governo respeitou esse direito e que não houve restrição, nem interrupção ao acesso à Internet e nem censura ao conteúdo ‘on-line’.

“Uma imprensa independente, um poder judicial eficaz e um sistema político democrático funcional combinaram-se para promover a liberdade de expressão, inclusive para os membros dos meios de comunicação social”, destaca o relatório.

No entanto, o documento salienta que no caso da participação de mulheres e membros de grupos marginalizados ou vulneráveis constatou-se que a Comissão Nacional de Eleições não permitiu que algumas pessoas com deficiência mental votassem.

Os relatores do Departamento de Estado dos Estados Unidos salientam diminuição de registo de vítimas devido ao aumentado da conscientização sobre a violência baseada em género, ressaltando que o Governo nem sempre aplica as leis contra o estupro e a violência doméstica de forma eficaz.

Apesar das medidas tomadas, frisa que a violência baseada no género e a discriminação contra as mulheres foram significativas.

No que respeita à exploração sexual de crianças, avança que a lei existente puniu aqueles que fomentaram, promoveram ou facilitaram a exploração sexual comercial ou sexual de crianças menores de 17 anos, assim como a aplicação do Código de Ética e Conduta do Turismo, que inclui disposições de combate ao turismo sexual infantil.

O relatório conclui que o Governo respeitou o direito dos trabalhadores à liberdade de associação e a direito à negociação colectiva e leis aplicáveis efetivamente aplicadas no sector formal fora da lista de empregos essenciais e que, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, aproximadamente 52 por cento dos os empregos estavam na economia informal, incluindo o trabalho doméstico e o autoemprego no turismo, comércio, agricultura, pecuária e pesca.

PC/CP

Inforpress/Fim

02-05-2024 17:18

Cidade da Praia, 02 Mai (Inforpress) - O antigo preso político angolano do Campo de Concentração de Tarrafal Justino Pinto de Andrade defendeu hoje, na cidade da Praia, a criação de uma associação plurinacional de antigos presos políticos que sobreviveram ao sistema.

Justino Pinto de Andrade falava à imprensa, no final de uma visita de cortesia que os antigos presos políticos angolanos efectuaram esta quinta-feira ao primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.

Após o encontro, manifestou-se satisfeito com a realização das actividades de celebrações dos 50 anos do encerramento do antigo Campo de Concentração do Tarrafal, tendo realçado que após 50 anos de encerramento do campo, o sentimento é de alegria.

Salientou que a comunidade angolana presa no Campo de Concentração do Tarrafal foi uma comunidade muito sofrida e muito variada, isto porque, justificou, começou a funcionar com uma geração que entrou em 1962 e terminou com a geração que terminou em 1970.

“Houve também os guineenses, que vieram praticamente em blocos, e depois temos os cabo-verdianos. Quando cá chegamos encontramos quatro presos cabo-verdianos na Caserna 3 e depois foram se juntando outros presos cabo-verdianos”, lembrou, referindo que há registos de cabo-verdianos que foram enviados para cumprir pena em Angola.

No que se refere ao número dos presos políticos sobreviventes, apontou que de Portugal não há sobreviventes, Guiné-Bissau tem quatro e Angola 12, ressaltando que Cabo Verde tem mais sobreviventes devido à idade com que os presos foram para o campo e por não se ter envolvido na luta.

Justino Pinto de Andrade destacou a importância de criação de uma associação plurinacional de antigos presos políticos envolvendo os sobreviventes vivos de cada país africano da lusofonia e que estiveram presos no Campo de Concentração do Tarrafal.

“Seria uma boa ideia, porque dos 100 e tal angolanos somos 12 sobreviventes. É evidente que não devemos englobar os portugueses porque já desapareceram todos, mas há quatro guineenses e muitos cabo-verdianos, portanto eu penso que os sobreviventes de parte a parte podem, perfeitamente, criar uma associação mais plurinacional do que aquelas que existem em cada um dos países”, defendeu.

CM/CP

Inforpress/Fim

02-05-2024 13:41

Ribeira Grande, 02 Mai (Inforpress) - Mais de duas centenas de alunos da Escola Secundária Suzete Delgado, Ribeira Grande, Santo Antão, manifestaram-se hoje pelas principais artérias da cidade “contra o sistema de ensino”.

“Aprendizagem sim, saturação não, “Alunos na rua, ministro a culpa é sua”, “Amadeu Cruz, mas quem carrega a cruz somo nós, “Nós somos alunos não cobaias do Ministério da Educação, “55 avaliações por trimestre, isto é desumano, “Não as provas finais, stop, “Onde está o professor de espanhol, “Onde está o programa de TIC”, foram algumas palavras de ordem proferidas durante a manifestação.

Em declarações à imprensa, Yara Miranda, uma das organizadoras da manifestação, explicou que o Ministério da Educação tem estado a cometer “muitas injustiças” e tem “saturado” os alunos com “muitas matérias e avaliações”.

Conforme sublinhou a mesma fonte, os alunos não estão a aprender, no entanto estão constantemente a serem avaliados.

“Esta iniciativa visa mostrar ao Ministério da Educação que não estamos satisfeitos. Já os acostumamos a estarmos calados e aceitar tudo, mas não seremos mais cobaias do sistema”, concretizou.

Yara Miranda acentuou que não tem programa das disciplinas TIC, Literatura e Filosofia e ainda o Ministério da Educação quer que os estudantes façam uma prova que vale 30 por cento (%), o que, na sua opinião, pode reprová-los independentemente dos esforços feitos durante o ano lectivo.

Ao Ministério da Educação, Yara Miranda apelou a que, pelo menos, diminui a percentagem da prova e que das três avaliações deveriam ter simplesmente duas, como haviam estipulado no primeiro trimestre.

“Não somo cobaias porque tudo é experimentado na nossa geração e nem os professores estão a saber lidar com este sistema que tudo chega em cima da hora”, finalizou Yara Miranda, uma das organizadoras da manifestação.

LFS/AA

Inforpress/Fim

02-05-2024 12:40

Cidade da Praia, 02 Mai (Inforpress) – Jaime Schofield, ex-preso político do Campo de Concentração do Tarrafal, faleceu hoje, na cidade da Praia, vítima de doença prolongada, disseram familiares à Inforpress.

O corpo, segundo a mesma fonte, vai ser velado em casa da filha, na Achada Santo António, e o funeral está marcado para as 16:00 de sexta-feira, 03.

Jaime Schofield nasceu em São Vicente a 27 de Maio de 1939.

A morte do pai leva-o a interromper os estudos liceais, para trabalhar como professor primário.

A partir de 1965/66 regressa aos estudos para concluir o liceu e, com outros amigos e colegas, nos finais de 1966, organiza uma célula do PAIGC em Santo Antão, a fim de preparar a guerrilha a partir da ilha.

Menos de um ano depois, em 8 de Outubro de 1967, foi preso pela PIDE, tendo cumprido pena na Cadeia Civil da Praia (Santiago) e depois enviado para o Campo de Concentração Tarrafal, no início de 1970.

“O grupo (eu, o Lineu Miranda, o Carlos Tavares e o Luís Fonseca) chega acompanhado pela PIDE. Fomos recebidos pelos polícias portugueses que faziam a guarda do Campo de Concentração e somos internados.(…) Os muros do Campo da Morte Lenta pareceram-me um verdadeiro e imenso túmulo. Pensei que terminaria ali os meus dias. (…) O Campo impressionou-me pela dimensão e estrutura tumular. Para mais, a receção da PIDE, a entrada na caserna, a brutalidade das pessoas, a obediência canina, o meu pensamento era só: ‘daqui não saio’”, relatou no livro ‘Tarrafal-Chão Bom, Memórias e Verdade’, de José Vicente Lopes.

Quando saiu do Tarrafal, em Fevereiro de 1973, Jaime Schofield quis recuperar a sua profissão de professor, o que lhe foi negado, “por causa do contacto com os alunos”, e foi-lhe dado um cargo nos Serviços de Educação, com a categoria de professor primário, mas com subsídio de chefia.

PC/AA

Inforpress/Fim

01-05-2024 16:03

Cidade da Praia, 01 Mai (Inforpress) – A Universidade de Santiago promove nos dias 02 e 03 de Maio as jornadas académicas do Departamento de Ciências da Saúde, Ambiente e Tecnologias, intitulado "Equilibrando mentes, conectando corpos".

De acordo com a nota de imprensa o evento será realizado nos campus da referida universidade da Praia, focado no tema "Equilibrando mentes, conectando corpos" prometendo ser uma ocasião inovadora e ilustrativa.

As jornadas, conforme a nota, incluem uma programação diversificada com palestras, workshops, e painéis de discussão, destacando-se temas como o uso de novas tecnologias, estratégias de saúde pública e a interação entre homem e natureza.

A mesma fonte explica ainda que o evento visa integrar diversas perspetivas profissionais e académicas, reunindo profissionais da saúde, ambientalistas, especialistas em tecnologia e membros da comunidade académica para compartilhar conhecimentos, experiências e melhores práticas.

“As jornadas académicas do Departamento de Ciências da Saúde, Ambiente e Tecnologias serão uma excelente oportunidade para explorar como a educação e a inovação podem moldar o futuro em várias disciplinas e contribuir para o bem-estar da sociedade”, lê-se na nota.

A Universidade de Santiago começou a funcionar em Assomada a 24 de Novembro de 2008, com um total de 46 funcionários e 337 estudantes, não apenas de Cabo Verde, mas também de São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.

Através do ensino, pesquisa e extensão, e dentro dos referenciais de excelência, a Universidade de Santiago tem por missão produzir, socializar e aplicar conhecimento nos diversos campos do saber, visando contribuir para a melhoria da qualidade de vida, para o desenvolvimento sustentável, a justiça social e o exercício pleno da cidadania.

Pretende afirmar-se como instituição inovadora, de referência nacional e marcada pela excelência. Tendo sua agenda própria, a US estará firmemente ancorada na realidade sociocultural local/nacional, de modo a garantir instrumentos e competências para uma adequada inserção socioprofissional, para a cidadania.
 
CM/JMV
Inforpress/Fim.

01-05-2024 15:51

Porto Novo, 01 Mai (Inforpress) – A câmara do Porto Novo prestou hoje “uma singela homenagem” aos trabalhadores porto-novenses pelo contributo que “diariamente” têm dado ao “desenvolvimento do município e na melhoria da qualidade de vida” das populações.
 
Em mensagem dirigida aos munícipes, a autarquia realça ainda o “comprometimento, ética, responsabilidade, empenho e dedicação” dos porto-novenses em relação ao processo de desenvolvimento do Porto Novo, “um município em crescimento”.
 
“Porto Novo é um município em crescimento e uma cidade em transformação e em franco desenvolvimento graças ao trabalho e parceria existente entre esta equipa camarária, o Governo de Cabo Verde e várias empresas nacionais e estrangeiras, mas isso é também resultado do esforço de cada colaborador”, notou a mesma fonte.
 
Para marcar a data, o município do Porto Novo recebeu uma semana municipal do trabalhador, com actividades desportivas e de convívio envolvendo os trabalhadores deste concelho.

JM/JMV
Inforpress/Fim  

01-05-2024 15:43

Mindelo, 01 Mai (Inforpress) – O porta-voz e presidente da União dos Sindicatos de São Vicente, Tomás de Aquino, disse hoje que a manifestação dos trabalhadores atingiu os objectivos preconizados porque as pessoas aderiram e pelo que todos os anos farão acções semelhantes.  

Segundo Tomás de Aquino a comemoração do 1º de Maio é para homenagear a memória dos mártires de Chicago e todos os outros que ao longo da sua vida deram o seu sangue para que hoje as pessoas tenham melhores condições de trabalho.

No entanto, afirmou que hoje no mundo laboral os trabalhadores têm tido um conjunto de problemas, dos quais a reposição de perda de poder de compra, que nos últimos três anos situou-se em cerca de 15 por cento (%).

“Aquilo que foi reposto para o Governo foi 3 % e não tem problemas sérios, mais empresas públicas e privadas, em termos de reposição de poder de compra de trabalhadores. Temos problemas relacionados com prestação de assistência médica e medicamentosa, o INPS tem que comparticipar mais na assistência médica aos trabalhadores”, adiantou.

Conforme Tomás de Aquino, a maior parte dos   exames complementares do diagnóstico não são comparticipados apesar dos trabalhadores e da entidade patronal descontarem cerca de 24,5% para que tenham apoio na saúde.

Para Tomás de Aquino há outras preocupações que os trabalhadores têm, principalmente relacionadas com o INPS.   Dessas elencou a necessidade de prestar maior assistência aos trabalhadores, principalmente aos evacuados, a devolução dos fundos que o Governo reiterou do instituto, na época de pandemia, a inscrição dos marítimos na previdência social e a redução da idade de reforma dos mesmos.

Além disso, citou a questão do desemprego, sobretudo o desemprego jovem, que hoje ultrapassar 27%, o cumprimento dos acordos que o Governo fez com os sindicatos do sector da administração pública, implementação do novo Estatuto de Pessoal Docente, as reivindicações de pessoal de saúde, regulamentação da lei das doenças profissionais, entre outros.

A título individual os trabalhadores também justificaram a sua participação na manifestação.

A técnica de análises clínicas do Hospital Baptista de Sousa (HBS) Elisabete Évora explicou que aderiu à manifestação por causa das injustiças laborais que enfrenta nos seus 18 anos de trabalho.

“Participei num concurso público para fins de enquadramento e esse concurso já vai fazer quatro anos a decorrer sem conseguir chegar até ao fim. Apesar de termos passados em todas as fases ainda não chegamos na fase de nomeação e o Ministério de Saúde não nos explica o que se passa, raras as vezes somos atendidos e quando nos atendem dizem que não tem verbas”, esclareceu, reforçando que reivindica ainda melhores condições de trabalho, redução da carga horária, promoção, progressão e melhores salário.

Igualmente, a pediatra do HBS Zuleica Fernandes, que tem 20 anos afecta ao Ministério de Saúde, disse que trabalham em condições precárias porque fazem 24 horas de urgências a cada quatro dias.

“Há meses que não temos pessoas e fazemos urgências a cada três dias. Temos neonatologistas que fazem urgências às vezes por 24 horas a cada dois dias, ou seja, saem hoje e entram nas urgências amanhã. Por isso, estamos na luta por melhores condições de trabalho para que possamos dar à nossa população um atendimento digno”, reforçou.

Com concentração na Praça Dom Luís, a manifestação, convocada pelos sindicatos que representam trabalhadores dos diferentes ramos profissionais no país, cumpriram o itinerário Rua de Praia, Praça Estrela, Chã de Cemitério, Avenida de Holanda, Rua 1 de Monte Sossego, Torrada, Rotunda da Ribeira Bote, Avenida Capitão Ambrósio, Rua Fernando Ferreira Fortes e Rua de Lisboa e voltou à Praça Dom Luís.

CD/JMV
Inforpress/Fim
 

01-05-2024 15:09

Nova Sintra,01 Mai  (Inforpress)- Utentes reclamam hoje da falta de condições em que se encontra a casa de banho da Delegacia de Saúde da Brava e também apelaram ao funcionamento da cozinha, que tem deixado falta aos pacientes que se encontram internados.

Em declarações à Inforpress, a utente Rita Andrade disse que em relação ao atendimento, não tem do que reclamar, mas mostrou-se preocupada com a cozinha do hospital, que segundo a mesma está “praticamente” inoperante, tendo em conta que não está em condições.

“A cozinha não tem gás e não está a funcionar, temos doentes que vêm de várias localidades distantes, nomeadamente Baleia, Cachaço, Nossa Senhora do Monte, entre outras zonas mais longe. No entanto, quando é trazido as suas refeições do almoço e a comida sobra para o jantar, são obrigados a comerem as refeições frias, tendo em conta que a cozinha não funciona”, reclamou.

Neste caso, ressaltou que os familiares dos doentes costumam até bater na sua porta, pedindo favor, para que a mesma aquecesse a comida para os seus dentes.

Rita Andrade considerou que isto não está correcto, indicando a Delegacia de Saúde não possui nem uma cantina, para que pelo menos vendesse lanche aos utentes que estão internados ou que estão a esperar consulta.

“Existem pessoas que vêm fazer análise, ao raiar do sol, sem tomar o pequeno almoço e ficam com fome, mas também temos pessoas que são diabéticos que precisam se alimentar na hora, todavia, não temos nem cozinha, quanto mais uma cantina. Por isso apelo a quem é de direito para ver esta situação, que com certeza precisa ser melhorada”, afirmou.

Já a senhora Luísa Rodrigues reclamou da falta de condições que se encontra a casa de banho da Delegacia de Saúde, afirmando que a situação da mesma é “lamentável”, não tem água e nem papel higiênico no recinto.

“Hospital é um lugar público, frequentado por vários tipos de pessoas, por isso, penso que a casa de banho deveria estar sempre limpa, com água e papel higiénico”, aconselhou.

Por sua vez, a utente Aide Borges, que reside em Cova de Joana, disse sentir bastante triste com esta situação.

“Uma pessoa com o seu doente internado fica à mercê da própria sorte, sendo que a cozinha não tem gás, a casa de banho não tem as mínimas condições, ou seja, temos que sair às ruas para pedir favores de terceiros e isso não está certo”, declarou.

Aide Borges finalizou, sugerindo a quem é de direito a pôr de pé uma cantina funcional, uma vez que há a necessidade de os utentes terem pelo menos uma cantina ao redor da Delegacia de Saúde.

A Inforpress tentou uma reação do delegado de Saúde ou de algum responsável, mas estes não quiseram prestar qualquer esclarecimento.
 

DM/JMV
Inforpress/fim

 

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