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Sal: “As vidas de Mana Tina-Memórias de uma marinheira” apresentado na ilha em comemoração aos 90 anos de Maria Valentina

Correios de Cabo Verde e parceiros lançam Selo Postal alusivo 50 Anos de 25 de Abril

Primeiro- Ministro Português inicia hoje uma visita de dois dias a Cabo Verde

Futsal/Santo Antão Sul: Ajax conquista primeiro campeonato oficial feminino

São Filipe: Actividades desportivas das festas do dia do município arrancam hoje com futebol sub 12 e natação

São Vicente: Falta de condições de transporte dificulta escoamento de produtos para outras ilhas - PAICV

Mindelo, 19 Abr (Inforpress) - Os deputados do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) criticaram hoje o Governo por causa da “falta das condições de transporte” que tem dificultado o escoamento dos produtos de São Vicente para outras ilhas.

Segundo o porta-voz João do Carmo, que falava à imprensa num balanço da visita ao círculo eleitoral de São Vicente, esta crítica vai no sentido de mostrar algumas incongruências do ministro do Mar, Abraão Vicente, no último debate no Parlamento, de que o sector dos transportes está bom.

“Estamos aqui na Fazenda de Camarão, um projecto com investimento de 15 milhões de euros, com uma capacidade de produção de 400 toneladas ano, mas que neste momento produz 50 toneladas, por falta de capacidade de escoamento do produto daqui de São Vicente para as outras ilhas”, declarou a título de exemplo.

Conforme o eleito nacional, o proprietário da Fazenda de Camarão revelou que consegue colocar pouca quantidade de camarão nas ilhas de Santo Antão, São Nicolau, por causa da dificuldade de transporte.

Mas, acrescentou, o desejo é explorar o maior mercado de Cabo Verde, que é a ilha de Santiago, e também a ilha da Boa Vista, por ser uma ilha turística, mas não consegue por falta de condições de transporte que o País neste momento atravessa.

“É uma situação real. Já ouvimos também outros empresários e é uma questão unânime perante os empresários da dificuldade de transporte de São Vicente para as outras ilhas. No entretanto, vamos ao debate, o ministro Abraão Vicente vai e diz que está tudo bem e que não há problema de transporte em Cabo Verde” criticou.

O deputado do PAICV também insurgiu-se contra aquilo que apelidou de “falta de interesse” do ministro do Mar em fazer com que haja uma maior articulação entre a Fazenda do Camarão e o sector de investigação marítima.

Isto, explicou, para aproveitar e dar valor a esse investimento para que Cabo Verde possa ganhar muito no futuro com a possibilidade de produção de peixe, de outros mariscos, de pesquisas no terreno por parte dos estudantes no sector de biologia marinha e ainda de produção de iscas para a pesca de atum.

João do Carmo disse que os deputados do PAICV contactaram outros empresários de São Vicente, além do proprietário da Fazenda de Camarão, e todos tiveram posição unânime em relação às dificuldades por que passam devido ao sector dos transportes.

Por isso, considerou que cada dia em São Vicente, as pessoas estão “cientes de que este modelo de governação já se esgotou” e de que Cabo Verde precisa, de um outro fôlego e São Vicente precisa de muito mais  ainda.

“Precisa, quer do poder central, quer do poder local, para que São Vicente saia desse marasmo, para que saia dessa situação difícil que atravessa neste momento”, concluiu.

CD/CP

Inforpress/Fim

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ENTREVISTA: Cabo Verde e EUA assinam acordo inicial para concessão de financiamento

Washington, 20 Abr  (Inforpress) - Cabo Verde e a agência dos Estados Unidos Millennium Challenge Corporation (MCC) assinaram esta semana em Washington o Acordo de Concessão de Financiamento Compacto, para dar início à operação no país, disse à Lusa o vice-primeiro-ministro cabo-verdiano.

Trata-se do "acordo inicial para o início da operação em Cabo Verde, em termos da sediação da própria equipa do MCC, mas depois virão os documentos estratégicos, o contrato em si, mas é preciso que as equipas se instalem - dos Estados Unidos e de Cabo Verde -, para que possam preparar os documentos que serão assinados em termos contratuais, onde os envelopes financeiros serão estabelecidos e os projetos e programas indicativos serão acordados entre as partes", afirmou Olavo Correia.

O documento foi assinado por Olavo Correia, que é também ministro das Finanças e Fomento Empresarial de Cabo Verde, e pelo vice-presidente do

Departamento de Operações do MCC, Cameron Alford, em Washington, à margem das Reuniões de Primavera 2024 do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

O Acordo de Concessão de Financiamento Compacto, ou 'CDF Agreement', faz parte do terceiro Compacto Regional do MCC a Cabo Verde e concede uma subvenção que vai apoiar e facilitar o desenvolvimento e início da aplicação do programa.

Na prática, o acordo visa disponibilizar fundos para cobrir diversos estudos que levarão à definição das atividades do Compacto, segundo o executivo cabo-verdiano.

Além disso, também se destina a financiar a contratação do pessoal necessário, designado pela contraparte nacional, para o desenvolvimento e execução do programa.

"É um grande momento para Cabo Verde. É a terceira vez que estamos a ser contemplados (...). Cabo Verde é o único país a ser contemplado com o terceiro compacto pelos Estados Unidos como um exemplo de democracia, Estado de direito, de boa governança e também um país que está a fazer um trabalho extraordinário em matéria de combate à pobreza e pobreza extrema e da promoção do desenvolvimento e, portanto, para nós também um motivo de muito orgulho", assinalou Olavo Correia.

Para o ministro, este é um projeto que será "disruptivo" para Cabo Verde em termos de criação de empregos e de oportunidades para os jovens e mulheres cabo-verdianas, "para que todos possam viver em Cabo Verde com dignidade e em dignidade".

Ainda durante as Reuniões de Primavera 2024 do FMI e do Banco Mundial, em Washington, a delegação cabo-verdiana teve programadas reuniões com o Departamento de Estado norte-americano, mas também com o Japão, com o Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico de África e com a equipa do Banco Mundial, indicou à Lusa o vice-primeiro-ministro.

Também as relações bilaterais com Guiné-Bissau, Angola, São Tomé e Príncipe integraram as prioridades da deslocação à capital dos Estados Unidos, mais concretamente no quadro das soluções em matéria de fundo climático e ambiental.

Ao mesmo tempo, como presidente do Fórum dos Pequenos Estados Insulares, Olava Correia manteve reuniões nesse âmbito, em que discutiu "questões que são emergenciais para esses países".
 
Inforpress/Lusa/Fim
 

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Metereologia

VÍDEOS

São Nicolau: Município do Tarrafal acolhe acto central do Dia do Professor Cabo-verdiano na ilha

Ribeira Brava, 19 Abr (Inforpress) – O agrupamento número um do município do Tarrafal de São Nicolau recebe este ano o ato central Dia do Professor Cabo-verdiano, na ilha de São Nicolau, que vai reunir docentes de todos os pontos da ilha.

Segundo João Rodrigues, do agrupamento que este ano recebe as actividades, tem sido hábito em São Nicolau todos os anos os professores de toda a ilha se reunirem num ponto para celebrar a data.

“Este ano cabe a nós receber o acto central e estamos a preparar para receber professores de toda a ilha com um programa ambicioso de actividade”, afirmou, sublinhando que para isso desde o mês de Março tem vindo a decorrer actividades para angariação de fundos.

De acordo com o mesmo, do programa consta a realização de actividades desportivas, culturais e recreativas para além de homenagens durante uma gala que vai acontecer na segunda-feira,20.

“A Gala terá duas partes, a primeira vamos prestar homenagem a quatro professores do município recém aposentados e o segundo momento será cultural em que um professor de cada agrupamento vai cantar uma música- O professor canta”, avançou.

Já para o dia 23, as atcividades vão centrar-se na praia de “Boxe Rotcha”, com a realização de jogos de futebol de praia, aeróbica e um momento cultural.

WM/JMV
Inforpress/fim

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Sal: “As vidas de Mana Tina-Memórias de uma marinheira” apresentado na ilha em comemoração aos 90 anos de Maria Valentina

Espargos, 19 Abr (Inforpress)- OlLivro “As vidas de Mana Tina-Memórias de uma marinheira”, de Madalena Brito Neves, foi apresentado na tarde desta sexta feira na ilha do Sal, em homenagem aos 90 anos de Maria Valentina Brito, “a protagonista da obra”.

A obra, um romance biográfico, que carrega factos e realidades vivenciados pela “marinheira Mana Tina”, foi apresentada no Paços do Concelho do Sal, com uma sala bem composta por filhos, netos, bisnetos e amigos da homenageada.

Antes da apresentação da obra, a cargo do também escritor Francisco Tomar, o edil salense, Júlio Lopes, reconheceu o contributo de Maria Valentina para o desenvolvimento da ilha, com a entrega simbólica de um troféu.

Conforme a autora da obra, o livro é uma homenagem à mãe, “que cedo aprendeu que a vida é luta e se formou, encarando as dificuldades e moldando os dias e os lugares, que marcaram a sua vida-São Nicolau, Sal, São Vicente”.

“É um privilégio ter tido a oportunidade de acompanhar algumas histórias da mãe Mana Tina e de poder escutar. Foram muitas horas à volta da mesa, em passeios, mas sempre a ouvir as histórias das vivências daquilo que teve que enfrentar para chegar onde chegou aos 90 anos”, conta a autora.

A mesma destaca que o livro inclui um “conjunto de imagens, que acompanham a evolução da Mana Tina, no tempo e no espaço”.

Homenagens que a protagonista diz receber com “muito bom agrado”, que segundo a mesma “devem ser feitas em vida, enquanto consegue apreciá-las”.

“As vidas de Mana Tina-Memórias de uma marinheira” é a terceira obra de Madalena Neves. Em 2017 publicou o seu primeiro livro de poesia, “Flor de Basalto”, seguida de “Um poema contado” em 2022, com a chancela da editora Rosa de Porcelana. Participou na iniciativa da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) “A literatura e a cultura em tempos de pandemia”, com o texto em poesia e prosa-poética “Tempo Aberto”.

No início deste ano, lançou, em parceria com uma equipa de professoras universitárias e outros parceiros, a iniciativa “A poesia que mora na bíblia: a beleza da palavra” e pretende estrear-se, em breve, na literatura infantojuvenil, com um ciclo dedicado à valorização da riqueza e do património ambiental de Cabo Verde.

NA/JMV
Inforpress/Fim

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Futsal/Santo Antão Sul: Ajax conquista primeiro campeonato oficial feminino

Porto Novo,  20 Abr (Inforpress) - A equipa do Ajax conquistou, sexta-feira, o campeonato regional de futsal feminino em Santo Antão Sul ao empatar, por 2-2, com Chá de Armazém, na última jornada da competição. 

A formação do Ajax,  à entrada para a derradeira jornada tinha 12 pontos e precisava apenas de um empate para se sangrar campeã regional de futsal em senior feminino.

A equipa de Chá de Armazém, com nove pontos,  precisava ganhar. 

Com o empate, o Ajax fez 13 prontos, mais três do que Chã de Armazém, e ganhou o primeiro campeonato regional de futsal feminino em Santo Antão Sul, organizado pela Associação Regional de Futebol em Santo Antão Sul, em parceria com o Grupo Dinamizador dos Desportos de Salão do Porto Novo.

Este campeonato reuniu seis equipas, sendo três da cidade do Porto Novo ( Ajax, Chã de Armazém e Aventureiras) e outras tantas do interior do município (Leões do Centro, Lajedos e Planalto Leste).

A jogadora Rafa (Planalto Leste) foi a artilheira do campeonato, con 15 golos, enquanto Euremia (Ajax) foi a guarda redes menos batida,  com nove golos sofridos.

JM/JMV

Inforpress/Fim 

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Câmara da Ribeira Grande de Santiago inaugura quatro sistemas fotovoltaicos

Cidade Velha, 19 Abr (Inforpress) - A Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago inaugurou hoje quatro sistemas fotovoltaicos, no quadro do melhoramento da produção de energia de baixa emissão e diminuir os custos de electricidade.

Os sistemas fotovoltaicos foram instalados no Estádio Municipal, no Estaleiro Municipal, no Polivalente de Cidade Velha e nos Paços do Concelho, no âmbito do projecto Pacto dos Autarcas, contando com o financiamento da Cooperação Espanhola e da União Europeia, no valor de 570 mil euros (cerca de 63 mil contos).

Após as inaugurações, o representante da Cooperação da Delegação da União Europeia, Sebastiano Germano, disse que todo esse projecto ajudará ainda a câmara da Ribeira Grande na redução da produção de dióxido de carbono.

“Além disso, essa iniciativa permitirá que a edilidade ribeira-grandense tenha a seu dispor uma carteira de projectos para procurar financiamento junto das entidades governamentais, dos privados e dos organismos  internacionais”, acrescentou.

Por sua vez, o edil ribeira-grandense, Nelson Moreira, adiantou que esta iniciativaalém de contribuir para a redução do dióxido de carbono, vai ajudar na diminuição dos custos de electricidade no município.

“A poupança gerada em termos de custos, um montante de cerca de 2.500 contos anuais, vai nos permitir investir em outros projectos sociais”, perspectivou o autarca.   

O Pacto dos Autarcas é uma iniciativa da União Europeia a nível do continente africano, avaliado em 29,7 milhões de euros, sendo que para Cabo Verde tem um orçamento de um milhão 385 mil euros, para projectos na Ribeira Grande de Santiago e cidade da Praia.

OM/CP
Inforpress/Fim

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EENTREVISTA: Cabo Verde condiciona cooperação com China a benefício mútuo

Washington, 20 Abr  (Inforpress) - O vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Correia, defendeu que a cooperação com a China tem de ser "na base do benefício mútuo" e não "meramente comercial", que obrigue a um elevado endividamento público dos países africanos.

entrevista à Lusa, em Washington, à margem das Reuniões de Primavera 2024 do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, Olavo Correia confirmou que Cabo Verde já tem projetos prontos a serem apresentados no quadro da cooperação com a China e que "alguns privados estão a ser ultimados" a fazê-lo, mas avaliou que a abordagem com Pequim "não pode ser apenas numa lógica de projetos".

"Isso não vai resolver problema nenhum, isso não vai resolver os problemas de África, nem de Cabo Verde. É importante, como é óbvio, mas a abordagem com a China tem de ser mais transformativa, mais estruturante, mais ancorada no desenvolvimento, mais desenvolvimentista, tem de ser ancorada numa nova qualidade da cooperação e não apenas em projetos", defendeu.

"Mesmo que sejam grandes, não vão resolver o problema do continente africano nem de Cabo Verde, e nós queremos que a China seja um parceiro para ajudar a resolver os problemas candentes com que África se debate, como o acesso a energia, à água, ao saneamento, à habitação, à educação. Mas também hoje, e cada vez mais, a quarta revolução industrial - felizmente tecnológica -, em que a China também tem um papel importante e que pode colocar ao serviço do desenvolvimento do continente africano", acrescentou.

 A China e os países lusófonos voltam a reunir-se em Macau na segunda-feira, após um interregno de oito anos e o fim da pandemia da covid-19, para relançar o comércio e investimento.

A sexta conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa vai decorrer até terça-feira e inclui a assinatura do novo plano de ação do organismo, mais conhecido como Fórum de Macau, até 2027.

Um fundo de cooperação, no valor de mil milhões de dólares (941 milhões de euros), foi criado há 10 anos pelo Banco de Desenvolvimento da China e pelo Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Macau.

No entanto, as regras de acesso têm sido alvo de críticas por parte de países membros do Fórum Macau, que pedem uma flexibilização no acesso aos fundos existentes.

Olavo Correia, que é também ministro das Finanças e Fomento Empresarial cabo-verdiano, advogou que a China tem todas as condições para ajudar o continente africano a resolver o problema de acesso à energia, por exemplo, mas defendeu um olhar para as "novas prioridades" dessa cooperação.

"Nós temos quase metade da população africana sem acesso a energia quando temos soluções, temos financiamento, temos necessidade e, portanto, não faz sentido que isto esteja a acontecer no continente africano. Portanto, podemos, no quadro da cooperação com a China, resolver esse desafio para o continente africano", afirmou.

"Esta cooperação tem de beneficiar as duas partes. Não pode ser apenas uma cooperação meramente comercial que possa, digamos, obrigar a um elevado endividamento público dos países africanos. Têm de ser uma cooperação na base do benefício mútuo da China, mas também do continente africano", reforçou o governante.

Ao mesmo tempo, destacou Olavo Correia, a cooperação com Pequim tem de criar as condições para um vasto programa de infraestruturação, mas com financiamentos concessionais, rejeitando a lógica de "investir hoje, mas depois hipotecar o futuro" dos países africanos.

"A China precisa de África e África precisa da China. Penso que se nós colocarmos esses pontos na mesa, numa cooperação focada nas soluções transformativas, na defesa do interesse mútuo (...) e focada na solução para os desafios das pessoas (...), então teremos aqui uma cooperação que atinge os elementos fundantes do desenvolvimento futuro do continente africano e é nesse caminho que devemos alocar a cooperação com a China, para que ela seja portadora de sucesso para o continente africano e para a China", declarou.

O ministro salientou que, durante a reunião na China, levantará precisamente essas questões, para que se faça uma "melhor reflexão" em prol da otimização dessas relações.

"Se África for desenvolvida e for próspera, a China ganhará, se for o contrário, nem China ganhará, nem o mundo ganhará", insistiu.
 
Inforpress/Lusa/Fim
 

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Taiwan deteta duas dezenas de caças chineses perto da ilha

aipé, 20 Abr  (Inforpress) – As autoridades de Taiwan detetaram duas dezenas de aviões militares chineses nas imediações da ilha desde as 08:15 locais de hoje (01:15 em Lisboa), anunciou o Ministério da Defesa taiwanês.

“Dezassete aviões [de um total de 21] atravessaram a linha mediana” do Estreito de Taiwan, declarou o ministério em comunicado, referindo-se a uma demarcação não oficial entre a China e Taiwan que Pequim não reconhece.

As forças armadas taiwanesas estão “a observar estas atividades utilizando sistemas de vigilância e mobilizaram os meios adequados para reagir em conformidade”, acrescentou o ministério, citado pela agência francesa AFP.

Taiwan é uma ilha autónoma desde o fim da guerra civil chinesa, em 1949, que Pequim reivindica como parte da República Popular da China e que pretende conquistar um dia, se necessário pela força.

O recrudescimento das incursões de aviões chineses faz parte daquilo a que os especialistas chamam a estratégia da “zona cinzenta”, ou seja, ações de intimidação que não chegam a ser atos de guerra.

Estas ações intensificaram-se desde a eleição, em 2016, da Presidente Tsai Ing-wen, que considera que Taiwan é de facto “já independente”, uma linha vermelha para Pequim.

Tsai deverá entregar o cargo em 20 de maio ao atual vice-presidente, Lai Ching-te, membro do Partido Democrático Progressista (PDP), tal como a atual Presidente.

Vencedor das eleições presidenciais de 13 de janeiro, Lai é também a favor de uma posição de firmeza em relação a Pequim.

A questão de Taiwan é um dos principais pontos de fricção entre a China e os Estados Unidos, que são o principal fornecedor de armas a Taipé e se comprometeram a defender a ilha em caso de conflito.

A Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano, de maioria republicana, tem na agenda de hoje uma votação que poderá ditar o fim do bloqueio de fundos para Taiwan, Ucrânia e Israel.

Inforpress/Lusa/Fim

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