Cidade da Praia, 18 Jul (Inforpress) - O representante do Escritório Conjunto do PNUD, UNICEF e UNFPA, David Martern, classificou hoje as cinco décadas de existência da Cruz Vermelha de Cabo Verde como um “marco notável” que se cruza com a história do próprio país.
David Martern falava no discurso de abertura da conferência humanitária internacional que antecede o 50º aniversário da Cruz Vermelha de Cabo Verde (CVCV), evento que tem como temática os princípios fundamentais do Direito Internacional Humanitário (DIH).
Para o responsável das Nações Unidas, torna-se "vital" debater os desafios humanitários num momento global marcado por choques climáticos, crises humanitárias e fluxos migratórios, somados às desigualdades sociais.
Os 50 anos da organização, conforme enfatizou David Martern, ficaram marcados pela “resiliência, solidariedade e compromisso com os que mais o precisam”, alicerçados numa história construída sobre os princípios profundos da “entrega e generosidade”.
Acrescentou que o percurso da Cruz Vermelha de Cabo Verde define-se, igualmente, por uma história de parcerias com o Governo, a sociedade civil e o sector privado, além das organizações internacionais, nomeadamente as Nações Unidas, sobretudo no domínio humanitário.
“Por exemplo, saúde comunitária, com foco na vacinação, nutrição, resposta à covid-19 e à dengue, prevenção e resposta a catástrofes, bem como resiliência, alterações climáticas, a protecção de imigrantes, refugiados e pessoas deslocadas, promoção dos direitos humanos e da igualdade de gênero”, elencou.
Estas contribuições, sublinhou, têm servido como capacidade de resposta, centradas nas pessoas e focadas nas vulnerabilidades, resultando num sistema consolidado e coordenado.
“Os desafios sociais ligados à juventude, ao desemprego, à pobreza e às desigualdades continuam a exigir respostas integradas, inovadoras e inclusivas, é nesse contexto que o papel da Cruz Vermelha se mantém mais relevante do que nunca”, concluiu.
David Martern aproveitou a ocasião para reiterar o compromisso das Nações Unidas em continuar "o caminho lado a lado" e a parceria com a Cruz Vermelha, enfrentando os desafios humanitários do presente e do futuro.
LT/CP
Inforpress/Fim
Partilhar