Tarrafal, 25 Abr (Inforpress) – Os munícipes tarrafalenses demonstram-se “satisfeitos” com o nível de desenvolvimento do município em todos os sectores, pese embora defendam que ainda “há muito por se fazer” diante da dinâmica que a procura exige.

No âmbito da comemoração hoje dos 107 anos do município, a tarrafalense Alina Pereira, considerou que o município desenvolveu e muito, exemplificando com diversas obras e infraestruturação, mas também os atractivos que têm sido criados para a movimentação do turismo.

Entretanto, defendeu que é necessário fazer ainda mais, principalmente na mobilização de água para a agricultura e mesmo na área turística.

Esta opinião também é defendida por Inélcio da Veiga, pescador, que pede mais investimentos nessa área, nomeadamente a reabilitação do cais de pesca, instalação de um posto de combustível mais próximo do cais, mais apoios para os pescadores, melhoria na urbanização em algumas localidades.

Apesar dessas necessidades apontadas, diz louvar por tudo que já foi feito, a nível de infraestruturação, investimentos para o turismo, melhorias na educação e saúde, os vários apoios que têm sido atribuídos às famílias mais vulneráveis, entre outros.

Outra munícipe que elogiou o desenvolvimento do município foi Isabel Mendes, para quem este concelho do interior da ilha de Santiago está “super bem” em quase todas as áreas, mesmo que ainda existam algumas necessidades, mas que acredita que vão ser colmatadas aos poucos.

Até porque, defendeu que oportunidades estão a surgir sempre principalmente para os jovens, reforçando que desta classe todos que querem trabalhar estão a trabalhar e que no desemprego se encontram aqueles que não têm vontade de trabalhar mesmo.

Já José Santos, de 67 anos de idade, além de destacar algum desenvolvimento no município, reivindicou melhorias no cais de pesca, mobilização para electrificar todas as localidades do município, acções para combater o vandalismo, entre outras situações que, segundo o mesmo, a própria sociedade e munícipes têm também de colaborar.

O jovem Lucelino Vaz, guia turístico, de 39 anos, considerou que o município desenvolveu muito em termos de infraestruturação, formações, oportunidades de investimento na área do empreendedorismo e que se os jovens apostarem e agarrarem as oportunidades “com certeza tudo vai ficar melhor”.

De acordo com dados históricos, o município do Tarrafal foi criado a 25 de Abril de 1917, através do decreto-lei nº 3108-B de 25 de Abril, provocando a sua desintegração do Concelho de Santa Catarina que, até 1912, tinha a sua sede na vila do Tarrafal, agrupando as freguesias de Santo Amaro Abade e São Miguel Arcanjo, com sede na vila do Tarrafal.

Esta configuração administrativa permaneceu até 1997, quando foi desmembrado em dois municípios, Tarrafal e São Miguel.

O concelho, que tem 112,4 quilómetros quadrados, conta com 22 localidades, sendo duas urbanas (cidade de Mangue e Chão Bom) e 20 rurais.

MC/ZS

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