Sindicato dos Pilotos e conselho de administração da TACV reúnem-se na sexta-feira

17-04-2024 13:42

Cidade da Praia, 17 Abr (Inforpress) – O Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil (SNPAC) e o conselho da administração da Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) reúnem-se na sexta-feira, 19, para negociações, após o pré-aviso de greve de 25 a 29 de Abril.

A informação foi avançada hoje, em conferência de imprensa, pelo presidente do Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil (SNPAC), Edmilson Aguiar, que assegurou que a classe está “disponível e aberta” para negociar com a actual direcção da empresa e juntos encontrarem as “melhores soluções” para as partes.

Assegurou que a decisão de realizar uma greve de cinco dias foi tomada com “muita ponderação” e “sentido de responsabilidade”, após várias tentativas de dialogar com a actual direcção da TACV, que ao longo desses dois anos tem-se mostrado “indisponível e intransigente” perante os pilotos.

Para o presidente do sindicato, a greve não é apenas uma reivindicação para melhoria de condições de trabalho da classe, mas também de todos os tripulantes, pois, que o que está em causa, vincou, é garantir a segurança e a qualidade dos serviços prestados aos passageiros.

Em causa, segundo explicou, está o desenvolvimento na carreira, inexistência de um programa de segurança, proteção da saúde e de higiene no trabalho, cancelamento das consultas médicas e redução do prémio de seguro, redução unilateral dos subsídios, deficiência nos procedimentos de segurança e redução do serviço de restauração prestado aos tripulantes, ou seja, catering deficitário.

Na mesma linha, acusou a actual direcção de tomar decisões técnicas administrativas que afectam diretamente a função dos pilotos, sem respeitar os acordos e os procedimentos legais estipulados, não pagar os suplementos remuneratórios, designadamente subsídios de voo, turno e noturno, ignorando a decisão proferida em sentença judicial, e de pagar o salário com atrasos sistemáticos

Edmilson Aguiar lembrou ainda que é necessário formalizar o acordo da empresa, tendo em vista o estatuto dos pilotos, no âmbito do memorando de entendimento assinado em 25 de Fevereiro de 2019.

Os 32 pilotos da companhia querem melhores condições de trabalho e protecção dos direitos adquiridos, estendido aos tripulantes, garantir o desenvolvimento na carreira e cumprimento dos benefícios adequados às responsabilidades e riscos que a função acarreta, conforme estipula a lei, proteção e garantia de estabilidade no emprego.

“Garantir que as negociações coletivas entre os pilotos e as companhias aéreas sejam conduzidas de forma justa e transparente, com respeito às leis e os direitos dos pilotos, qualidade dos serviços prestados pelos tripulantes aos passageiros”, precisou o presidente, que adiantou que se trata de uma “luta justa”.

Edmilson Aguiar, que assegurou que os pilotos são profissionais dedicados e comprometidos com a estabilidade da empresa, a segurança e o conforto dos passageiros, acusou a direcção ainda de ignorar as preocupações da classe e negligenciar as respectivas necessidades.

Na ocasião, disse estar consciente de que esta greve terá “impactos significativos” na empresa, mas também para os passageiros, mas sublinhou que esta decisão é o último recurso após várias tentativas de dialogar e negociar com o conselho da administração dos TACV.

AV/AA

Inforpress/Fim

 

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