São Vicente: CCP quer continuar como “ponto de partilha e de ligação” entre culturas portuguesa e cabo-verdiana (c/áudio)

08/05/24 14:01

Mindelo, 08 Mai (Inforpress) – O novo responsável do Centro Cultural Português – Polo do Mindelo (CCP-PM) quer a instituição como "ponto de partilha" e "espaço de ligação" entre a cultura portuguesa e a cultura cabo-verdiana, um dos "prinicipais objectivos" objectivos da sua gestão.

A garantia foi dada pelo novo responsável do centro, José Pinto, em entrevista à Inforpress para avaliação de um mês de assunção do cargo, em que substituiu João Branco, neste momento a residir em Portugal, seu país de origem.

José Pinto, já acostumado à ilha de São Vicente e também ao CCP-PM, instituição em que trabalhou como voluntário entre 2017 e 2018, admitiu estar agora “numa posição de responsabilidades, compromissos e expectativas de resultados redobrados”.

Entretanto, segundo a mesma fonte, o balanço que faz do pouco mais de um mês como responsável da instituição, função assumida a 01 de Abril último, é “bem positiva” e com “bons feedback”, que o encorajam a dar continuidade ao serviço feito até agora, de um centro que quer continuar a ser um “ponto de partilha” e “espaço de ligação” entre a cultura portuguesa e a cultura cabo-verdiana.

“Esta é outra das linhas que naturalmente vai continuar a acontecer, que é promover, de facto, actividades que promovam a partilha e o encontro das duas culturas, mas também das outras culturas, porque podem vir também artistas e agentes culturais da Guiné, de São Tomé, de Moçambique, Angola, Brasil”, asseverou.

Outros dos projectos em carteira, avançou José Pinto, é “aproveitar melhor” o espaço físico do centro, situado na Rua 05 de Julho, no Mindelo, e dinamizar o mesmo para acolher diversas actividades, tanto de iniciativa própria, como das diversas associações e pessoas individuais mindelenses.

“Que possamos promover pontes entre instituições, a sociedade civil, as pessoas, as culturas e as linguagens artísticas, queremos continuar a trabalhar neste sentido”, sublinhou o responsável, com a ideia do CCP-PM ser o “espaço para todos” e abarcar desde literatura, teatro, cinema, dança, música e outras formas de expressão. e performances que queiram encontrar “refúgio” no centro.

José Pinto também indicou a intenção de trabalhar com as rádios locais para desenvolver alguns tipos de projectos, por exemplo, de leitura de poemas na rádio, ou então de conversas entre diversos intervenientes para aproveitar o potencial de difusão deste meio de comunicação, “de muito mais alcance que qualquer dos outros meios”.

A programação futura do centro, conforme a mesma fonte, deverá contemplar ainda ciclos de conferências, projecção de filmes, promoção de literatura infanto-juvenil e uma “série de actividades” ligadas à poesia, arte do qual diz ser amante amante, e área com qual trabalhou anteriormente como voluntário do CCP-PM.

“Tudo isto para manter o CCP como um lugar com bastante vida, com bastante energia, e sobretudo que seja um espaço para todos e para todas”, reiterou, lembrando que “o centro é de génese portuguesa, mas, totalmente ligado à realidade cabo-verdiana”.

Questionado sobre o andamento do projecto para a efectivação de uma nova sede do Centro Cultural Português em São Vicente, há muito aventado, José Pinto confirmou estar ainda em avaliação pelas autoridades dos dois países, mas que por agora não há nada de concreto.

LN/AA

Inforpress/Fim

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