Lisboa, 05 Out (Inforpress) – Centenas de pessoas passaram hoje pela “Cabo Verde Fest 24”, promovida pela Plataforma Associação Cabo Verde e Diáspora (PLTCVD), em Portugal, para comemorar o 49º aniversário da independência do arquipélago, assinalado a 05 de Julho.

Em declarações à Inforpress, o presidente da direcção da PLTCVD, Rolando Borges, explicou que o evento, que aconteceu no Jardim Luís Vaz de Camões, na Brandoa, Amadora, visou “promover e valorizar a rica especificidade cultural cabo-verdiana, contribuindo para a sua divulgação entre a comunidade lusófona e outras comunidades presentes em Portugal”.

“Este festival representa uma oportunidade única para a comunidade cabo-verdiana afirmar a sua presença e importância nas mais diversas áreas, celebrando o legado cultural e histórico de Cabo Verde em Portugal”, sustentou.

Por isso, hoje estiveram com bancas na feira vários movimentos associativos cabo-verdianos, mas também a gastronomia, artesanato, música, jogos tradicionais e literatura, com participação da comunidade cabo-verdiana, mas também brasileiros, são-tomenses, guineenses e portugueses.

“Se conseguirmos demonstrar à comunidade cabo-verdiana que juntos somos mais fortes e vamos mais longe, o trabalho de promover e divulgar a nossa cultura será mais fácil. Se queremos ajudar Cabo Verde a desenvolver-se, temos que conhecer a nossa especificidade, com experiências e mais-valia de cada comunidade e ver como podemos começar a resolver os problemas”, disse Rolando Borges.

De acordo com o dirigente associativo, a plataforma não quer substituir as organizações, mas sim continuar a congregar as mesmas, como forma de se ter mais e melhores resultados nas intervenções.

O evento organizado pela PLTCVD, através da Comissão Coordenadora das Comemorações do 49º e 50º Aniversário da Independência de Cabo Verde em Lisboa, é a primeira feira de Cabo Verde em Portugal, com o objectivo de se tornar uma celebração anual.

“Depois de 40 anos do movimento associativo, achamos que temos capacidade e mostrar que Cabral tem que estar em nós todos os dias, continuando a sua inovação e mostrar outros caminhos à comunidade”, considerou o líder associativo, deixando uma mensagem aos governantes cabo-verdianos que de “o potencial de Cabo Verde também inclui a diáspora” e que “não se pode promover um evento com projectos para diáspora e essa diáspora é último a saber”.

O evento, também recebeu a visita do embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, do presidente da Câmara Municipal da Amadora, Vítor Ferreira, do presidente da Junta de Freguesia de Encosta do Sol, Armando Paulino, e do ministro das Comunidades, Jorge Santos, que gostou do que viu e convidou a organização para continuar no próximo ano, desafio que foi aceite, mas também tornar a actividade mais forte e autossustentável.

A Inforpress ouviu alguns presentes no evento, tanto os que participam com bancas, como os que foram visitar, todos mostraram a sua satisfação com a organização do festival, perspectivando que mais eventos do tipo sejam realizados e durante várias vezes ao ano.

A organização esclareceu que a Brandoa foi escolhida por estar no concelho multicultural da Amadora, onde residem milhares de cabo-verdianos, “destacando-se como um exemplo de integração e vanguarda no encontro de culturas”.

A Plataforma Associação Cabo Verde e Diáspora (PLTCVD), criada em 2023, tem entre os seus objectivos promover a cooperação entre Cabo Verde e sua diáspora, a promoção e desenvolvimento de uma rede institucional para toda a diáspora e contribuir para a capacitação através de formação de dirigentes das organizações representantes da comunidade cabo-verdiana.

A promoção e apoio aos estudos e trabalhos de investigação por forma a contribuir para o desenvolvimento da rede da diáspora e estabelecer protocolos de colaboração com outras associações e entidades estão entre as finalidades da organização.

DR/JMV

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