Parlamento/Educação: Oposição aponta contrassensos e partido no poder avanços a “todos os níveis”

24-04-2024 20:37

Cidade da Praia, 24 Abr (Inforpress) - Os dois partidos da oposição, PAICV e UCID, afirmaram, hoje, no parlamento, haver contrassensos entre as promessas do Governo e o estado da educação no País, mas o partido no poder, MpD, confirmou haver avanços a “todos os níveis”.

As perspectivas dos três partidos foram apresentadas hoje, na Assembleia Nacional, na interpelação ao ministro da Educação sobre os avanços neste sector, sob proposta do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição).

Conforme o deputado Armindo Freitas, do PAICV, o ministro da tutela deverá ser chamado mais vezes ao parlamento, porque todas as vezes que isso acontece, faz-se a publicação de listas para transição de professores.

Entretanto, segundo a mesma fonte, os dados fornecidos pelo próprio Ministério da Educação não coincidem com os apresentados pelo ministro Amadeu Cruz aos deputados do Movimento para Democracia (MpD, poder).

“Mas, perguntamos ao ministro se tem pendências ou não, porque o senhor prometeu que em 2023 resolveria todas as pendências dos professores, isto está gravado aqui na Assembleia e na TCV [televisão pública] no seu discurso antes de 2023”, disse.

Neste momento, acrescentou, está-se em 2024 e os professores já recorreram a “todas armas de luta”, reclamações, manifestações, greves e, por último, congelamento de notas.

Referindo-se ainda à actualização salarial, que ainda está por fazer, Armindo Freitas pediu ao ministro para admitir que o Governo não lhe tem dado condições para resolver os problemas, ou então demitir-se.

Por seu lado, a deputada da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição), Zilda Oliveira, apontou a valorização da profissão como responsável por colocar em prática a reforma educativa.

“Deveríamos ter começado por conferir autonomia às escolas e aos professores pela flexibilização curricular, pela diferenciação curricular, conteúdos e horários, por apostar na aprendizagem activa, por reduzir o número de provas durante o ano e de exames no final do ano”, enumerou.

Contudo, afiançou a parlamentar, a reforma feita “vai no sentido contrário”, quando devia estar a ser implementadas medidas que permitiriam a Cabo Verde equiparar-se ao sistema dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Com uma visão bem mais positiva, a eleita do MpD Antonita Vieira considerou que nos últimos anos, com o actual Governo, “o sistema educativo cabo-verdiano registrou avanços em todos os níveis, como consequência da adopção de um conjunto de mudanças estruturantes, determinando assim dinamismo ao sector, com ganhos visíveis desde o ensino pré-escolar ao ensino superior”.

“Este governo tem sido persistente para que gradativamente a educação contribua para reduzir as desigualdades sociais e combater a exclusão social, através da ligação de todo o sistema educativo ao processo de desenvolvimento económico das empresas”, assegurou.

Para a deputada, o executivo tem feito para elevar o nível da educação aos parâmetros da OCDE, mas também ao ensino na América Latina e África.

LN/CP

Inforpress/Fim

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