Educação Moral e Religiosa com “impacto positivo” no comportamento e na “melhoria na aprendizagem” dos alunos - presidente

04/05/24 13:27

Cidade da Praia, 04 Mai (Inforpress) – O presidente da comissão nacional da disciplina Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), padre José Eduardo, enalteceu hoje a importância deste ensino no contexto escolar pelo “impacto positivo” no comportamento e “melhoria na aprendizagem” dos alunos.

O sacerdote falava à imprensa no âmbito da Semana da EMRC, sob o lema “EMRC, como lugar de promoção da paz e da liberdade”, que juntou alunos de diversas escolas contempladas com a disciplina, no Centro Educativo Miraflores.

O responsável assegurou que a disciplina Educação Moral e Religiosa Católica tem conquistado “cada vez mais espaço e importância” no contexto escolar, contando com “crescente aceitação e participação” das famílias e dos alunos a cada ano letivo.

Explicou que a sua introdução no sistema do ensino cabo-verdiano foi fruto de um acordo jurídico estabelecido entre o Estado de Cabo Verde e a Santa Sé, sendo que este ano celebram os dez anos desse acordo.

“É verdade que no início houve muita desconfiança, houve até pessoas que reagiram negativamente por falta de informação, porque quem vê o programa da educação moral e religiosa católica percebe claramente que a nossa intenção não era o proselitismo", disse, justificando que pelo contrário, o que se pretendia era a criação de condições para formação do homem cabo-verdiano em todas as suas dimensões.

E a sua afirmação, aceitação e adesão no sistema de ensino tem vindo a aumentar, segundo o secretariado diocesano de EMRC a cada ano letivo, considerando que o número de aluno passou, sucessivamente, de 1.466, em 2019/2020, para 2.352, em 2020/2021, 4.067, em 2021/2022, 7.113, em 2022/2023 e 12.005, em 2023/2024.

“Nós em 2019 começamos com 13 escolas, depois de quatro anos de experimentação alargamos para mais escolas, nós neste momento estamos em mais de 15 agrupamentos onde a EMRC está a funcionar", salientou o responsável.

A mesma fonte afirmou que a evolução é “satisfatória” uma vez que começaram com menos de mil alunos e agora a disciplina já chegou a mais de 12 mil alunos do primeiro ciclo, como também do sétimo e oitavo anos de escolaridade.

Neste momento explicou que a aposta tem sido essencialmente no ensino primário, por acreditarem que é desde pequenino que se deve “incutir e transformar o coração, a vida e a mente” dessas crianças, que no futuro vão assumir a condução do país.

Na Educação Moral e Religiosa, avançou, são privilegiados valores sociais que também, sublinhou, são valores de inspiração cristã, sendo que o projecto de EMRC vem ajudar a Igreja Católica na “empreitada de resgatar valores” que hoje estão “em erosão” na sociedade cabo-verdiana.

Sobre os resultados, assegurou que há escolas em que os próprios directores têm testemunhado até publicamente que houve melhorias de comportamento na aprendizagem e melhorias nas notas dos alunos, fruto desta disciplina.

Esclareceu que o projecto tinha um período experimental de três anos, conforme o acordado com o Governo, para ver se realmente valia a pena avançar, e, depois desse tempo, com a avaliação feita dos impactos tanto pelo Ministério da Educação como pela equipa do projecto, revelou que se chegou à conclusão de que não podem parar.

Isto tendo em conta, conforme assinalou, os “benefícios variados” que a mesma trouxe a nível educativo e moral, mas também comportamental dos alunos, daí que a intenção é alargá-la para mais escolas “gradativamente”.

ET/AA

Inforpress/Fim

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