TACV: Sindicato dos Pilotos suspende a greve de cinco dias

23-04-2024 23:21

Cidade da Praia, 23 Abr (Inforpress) – O Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil (SNPAC) suspendeu a greve de cinco dias, marcada para 25 a 29 de Abril, disse hoje o dirigente sindical Edmilson Aguiar.

No encontro de mais de cinco horas, em que estiveram reunidos o Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil, o conselho da administração da Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) e o ministro do Turismo e Transportes, os pilotos decidiram pela suspensão da greve e dar  a empresa o tempo que foi definido para cumprir os pontos acordados.

“Chegamos ao fim do encontro com o conselho da administração e o ministro e conseguimos chegar a um entendimento sobre as reivindicações da classe e estabelecemos um período para fecharmos os acordos”, anunciou o presidente do sindicato.

Edmilson Aguiar que não quis adiantar qual foi o tempo definido, realçou que se trata de um acordo que irá permitir melhores condições de trabalho e estabilidade da classe da própria empresa.

“Neste momento anunciamos a suspensão da greve dos pilotos e amanhã todos vão estar a bordo para o bem da empresa e dos nossos passageiros que sempre tivemos como a nossa preocupação”, apontou.

Da parte do Governo, o ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, disse que as partes chegaram a um entendimento para dialogar e que a greve não seria talvez a melhor forma de resolver as reivindicações da classe.

“Precisamos de tempo para analisar todas as questões que foram colocadas. Há aqui um compromisso do Governo em analisar todas as questões que foram levantadas, e creio que houve um entendimento e uma abertura clara da parte da classe e da parte do Governo, para resolvermos esses problemas”, sublinhou o governante

Na segunda-feira, 15, o Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil (SNPAC) anunciou uma greve nacional de cinco dias, entre 25 e 29 de Abril, dos pilotos da TACV, tendo no centro das reivindicações a melhoria das condições de trabalho.

Assegurou que a decisão de realizar uma greve de cinco dias foi tomada com “muita ponderação” e “sentido de responsabilidade”, após várias tentativas de dialogar com a actual direcção da TACV, que ao longo desses dois anos tem-se mostrado “indisponível e intransigente” perante os pilotos.

Em causa, segundo explicou, está o desenvolvimento na carreira, inexistência de um programa de segurança, proteção da saúde e de higiene no trabalho, cancelamento das consultas médicas e redução do prémio de seguro, redução unilateral dos subsídios, deficiência nos procedimentos de segurança e redução do serviço de restauração prestado aos tripulantes, ou seja, catering deficitário.

Na mesma linha, acusou a actual direcção de tomar decisões técnicas administrativas que afectam diretamente a função dos pilotos, sem respeitar os acordos e os procedimentos legais estipulados, não pagar os suplementos remuneratórios, designadamente subsídios de voo, turno e noturno, ignorando a decisão proferida em sentença judicial, e de pagar o salário com atrasos sistemáticos

Edmilson Aguiar lembrou ainda que é necessário formalizar o acordo da empresa, tendo em vista o estatuto dos pilotos, no âmbito do memorando de entendimento assinado em 25 de Fevereiro de 2019.

Os 32 pilotos da companhia querem melhores condições de trabalho e protecção dos direitos adquiridos, estendido aos tripulantes, garantir o desenvolvimento na carreira e cumprimento dos benefícios adequados às responsabilidades e riscos que a função acarreta, conforme estipula a lei, proteção e garantia de estabilidade no emprego.

AV/JMV
Inforpress/Fim

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