Ulisses Correia e Silva escusa-se a comentar operação de busca e apreensão na câmara da Praia (RECTIFICADA)

09/05/24 20:49

Cidade da Praia, 09 Mai (Inforpress) - O primeiro-ministro e presidente do Movimento para a Democracia (MpD), Ulisses Correia e Silva, escusou-se a comentar a operação de busca e apreensão levada a cabo hoje na Câmara Municipal da Praia.

“Não faço comentário sobre esse assunto. É um trabalho da justiça, do Ministério Público. Depois, seguramente, eles darão qual é o posicionamento relativamente àquilo que é esta intervenção judicial”, disse Ulisses Correia e Silva, durante uma conversa com jornalistas num acto público na Tipografia Santos, na cidade da Praia, ao ser instado a falar sobre o assunto.

Confrontado com a reacção do presidente da Câmara Municipal, Francisco Carvalho, que considerou que esta operação está ligada à tentativa do MpD de perdurar no poder, Ulisses Correia e Silva disse que é preciso respeitar as instituições.

“Que eu saiba nem o MpD e nem o Governo intervêm sobre a justiça. É preciso ter atenção e respeitar as instituições. A justiça é independente e credível em Cabo Verde faz o seu trabalho”, acrescentou.

A Câmara Municipal da Praia está a ser investigada por crimes de falsificação de documentos públicos, recebimento indevido de vantagem, peculato, defraudação de interesses patrimoniais e abuso de poder.

Há dois processos, sendo um, em que o Ministério Público apresenta como suspeitos a secretária municipal, Joselina Soares Carvalho, a vereadora das Infra-estruturas da autarquia, Kyrha Hopffer Varela, o vereador da Cultura, Jorge Garcia, a coordenadora da Unidade de Gestão das Aquisições Públicas da Câmara, Maria Varela, técnico superior Gilson Correia, o presidente da câmara da Praia, Francisco Carvalho, e a empresa Construção Barreto, SA.

Um outro processo diz respeito à gestão camarária de 2016 a 2019, liderada por Óscar Santos e está relacionada com o concurso e a execução das obras de asfaltagem das vias e bairros da cidade da Praia, nomeadamente da via principal do Palmarejo, da zona do Ténis, no Platô, da zona do Liceu Domingos Ramos, a via de acesso ao Cemitério da Várzea e da via de Cidadela no Palmarejo Grande.

Na manhã de hoje as instalações da autarquia no Platô e na Fazenda foram alvo de buscas e apreensão de onde a polícia levou vários documentos. As buscas decorreram também no escritório da empresa Construção Barreto, SA, com sede em Achada Santo António.

O presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, afirmou por seu lado que a sua gestão é focada na transparência e que não há roubo e corrupção no seu mandato.

(RECTIFICA-SE, SUBSTITUINDO O BACKGROUND A PARTIR DO 5º PARÁGRAFO)

MJB/CP

Inforpress/Fim

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