UCID considera que Governo deve “assumir em pleno” a questão dos voos inter-ilhas

23-04-2024 13:22

Mindelo, 23 Abr (Inforpress) – A União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) sugeriu hoje, no Mindelo, que há necessidade de o Governo “assumir em pleno” os voos interilhas, para que as coisas possam mudar e que as ilhas possam estar ligadas.

Esta posição foi manifestada hoje pela deputada da UCID Dora Pires, instada pela Inforpress a reagir sobre os problemas   de conexão devido à imprevisibilidade dos voos interilhas, principalmente após a Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV), que opera sob a marca BestFly Cabo Verde, ter anunciado que todos os voos da companhia continuam cancelados até 07 de Maio.

“Tudo isso é complicado e nós entendemos que, sendo um arquipélago, os transportes nacionais, quer marítimo e aéreo, poderiam ser sim da responsabilidade do Governo. Nós precisamos de uma boa gestão”, afirmou.

A deputada disse que a UCID já tinha chamado a atenção sobre a ausência de Bestfly, no parlamento, e também sobre a necessidade de o País ter aviões com dimensões apropriadas que possam ajudar na circulação constante entre as ilhas.

“Um avião que faz voo entre São Vicente, Sal, Boa Vista e Praia, não é o mesmo ou não deve ser o mesmo para um voo que é dirigido para as ilhas como Maio, São Nicolau e Fogo, porque há necessidade de termos aviões que possam levar 175 passageiros, mas há necessidade de termos avião que levam 36, 40 passageiros”, sugeriu.

Segundo Dora Pires, em vez do Governo “estar a pedir dinheiro para construir aeroporto ou para construir um porto de águas profundas, quando o país não tem aviões, deveria pedir aviões para ligar as ilhas”

“Aproxima-se o verão, aproxima-se um movimento muito grande. Os voos internacionais podem chegar, mas não em todas as ilhas. E como é que será feita a distribuição. Ainda se tivéssemos os barcos a navegar com maior rapidez entre as ilhas, poderia ser uma alternativa, mas nós não temos”, considerou, corroborando as palavras do Presidente da República de que “há uma situação caótica e uma ruptura total”.

CD/AA

Inforpress/Fim

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