Cidade da Praia, 09 Mai (Inforpress) - A Tipografia Santos, com sede na Praia, inaugurou hoje um investimento de cerca de 100 mil contos em equipamentos para produção de sacos de papel e caixas em cartão que se apresentam como alternativas aos sacos de plásticos.

A administradora da empresa, Luísa Lobo, adiantou que a ideia desse investimento surgiu desde há uns anos quando se aperceberam de que o mercado ia nessa direcção e que era preciso investir na área das embalagens.

“Muito recentemente, com o financiamento no âmbito da linha de crédito do Governo para retoma pós-covid, nós fizemos esse investimento. Adquirimos os equipamentos para produção de sacos em papel e também para produzir caixas em cartão. Portanto, neste momento produzimos caixas para confeitaria, para alimentos de forma geral e também os medicamentos. 

A expectativa, segundo Luísa Lobo, “é grande”, isto com base num estudo de mercado realizado pela empresa para ver a viabilidade do investimento que tem também carácter ambiental.  

“Trata-se de um mercado novo e como é novo tem uma fase crítica, mas estamos com bastante esperança de que o mercado vai responder muito positivamente nos próximos tempos”, declarou a empresária do ramo industrial.

A inauguração dessa nova área de produção da Tipografia Santos foi presidida pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que destacou a importância desse investimento acontecer no período em que entra em vigor a lei de plástico, que proíbe a importação de plásticos de uso único, nomeadamente os sacos de plásticos não recicláveis ou não biodegradáveis.

“É uma empresa tradicional que conseguiu fazer uma adaptação às novas condições do mercado, não só fazendo a impressão de livros e diversos materiais, mas transitando também para uma outra área importante que é a produção e personalização de embalagens de cartão que é futuro, porque com leis mais restritivas relativamente ao uso do plástico que aprovamos recentemente esse mercado do plástico tem de ser substituído em termos de embalagens. A tipografia já vai com um avanço”, disse.

Ulisses Correia e Silva destacou a dinâmica e resiliência desta que é uma das mais antigas empresas do país, salientando que mesmo nos períodos difíceis derivados dos impactos da pandemia de covid-19, a Tipografia, com suporte dos diversos instrumentos de apoio que foram criados pelo Governo, conseguiu manter-se e continuar uma boa dinâmica.

O chefe do Governo aproveitou para anunciar incentivos às empresas do sector industrial com vista a dinamizar essa área de produção de embalagens para a substituição dos plásticos.

“Nós estaremos seguramente muito atentos particularmente nesta parte de criar condições para que o mercado de embalagens seja substituído e para isso serão criados incentivos especiais e iremos estar a trabalhar juntos relativamente a esta matéria”, disse Ulisses Correia e Silva.

Recordar que desde o dia 18 de Abril está proibida a entrada, em Cabo Verde, de plásticos de uso único, como os sacos não recicláveis ou não biodegradáveis, louças descartáveis e garrafa pet de menos de 0,5 litro, entre outros.

MJB/CP

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