São Vicente: Bombeiros Municipais ameaçam com greve por altura do festival Baía das Gatas

08-07-2024 14:03

Cidade da Praia, 08 Jul (Inforpress) – Os Bombeiros Municipais, que se manifestaram na manhã de hoje, no Mindelo, ameaçam partir para greve no mês de Agosto, por altura do Festival Baía das Gatas, caso não verem as suas reivindicações resolvidas.

Quem o diz é o coordenador do Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Afins (Siacsa), Heidy Ganeto de Andrade, que asseverou à imprensa estarem os bombeiros “agastados com a falta de cumprimento” pela Câmara Municipal de São Vicente dos seus direitos, mesmo depois de terem assinado um memorando de entendimento em Dezembro do ano passado.

Por isso, segundo a mesma fonte, em princípio, vão partir para mais esta forma de luta caso não tiverem uma resposta da parte da edilidade.

“Já chega do envio de notas, o presidente da câmara municipal tem de respeitar o sindicato, tem de respeitar os soldados da paz”, lançou Heidy de Andrade, acusando o autarca Augusto Neves de ser “um presidente de falta de respeito” ao sindicato e aos bombeiros.

E se a situação persistir até finais de Julho, o Siacsa, asseverou, deverá enviar um pré-aviso de greve em inícios de Agosto para uma paralisação da corporação nos dias do festival de música de Baía das Gatas, que este ano celebra o 40º aniversário com um evento de quatro dias.

Quanto à manifestação em si, contou com uma “fraca adesão” que o sindicalista disse ter sido provocada pelo facto do corpo de bombeiros ser constituído somente por seis efectivos, e restante da equipa somente voluntários.

“É uma violação do estatuto, do regulamento e têm de ser sacadas responsabilidades destes senhores, porque nós temos uma corporação de bombeiros profissionais e não mista”, acusou Heidy de Andrade, que apontou o dedo ao presidente da câmara e ao vereador da tutela.

O protesto teve a participação apenas de um bombeiro efectivo e de outros dois já na reforma, e que reclamavam pela melhoria da sua situação, retirada de dois subsídios de cerca de 18 mil escudos e promoções congeladas.

Uma “situação precária” da corporação e que, segundo o delegado sindical, Milton Lima, está a levar ao “desgaste” dos efectivos, somente seis, quando por lei é no mínimo 30 tendo em conta o rácio populacional.

O aposentado João Pinto também pediu “justiça” e “mais dignidade” aos bombeiros que foram os primeiros de Cabo Verde.

LN/ZS

Inforpress/Fim

Notícias Recentes


06-10-2024 14:57
06-10-2024 13:07
06-10-2024 13:03
06-10-2024 10:59
06-10-2024 10:19