Praia: Sindicatos querem contar com contributo dos vários deputados/professores para chumbar a proposta do PCFR

05-10-2024 14:29

Cidade da Praia, 05 Out (Inforpress) – Os sindicatos nacionais dos professores querem contar com contributo dos vários deputados, que são também professores, no sentido de chumbarem a proposta do decreto-lei do Plano de Cargos, Funções e Remunerações (PCFR) do pessoal docente.

Esta intenção foi manifestada à imprensa, quando os três sindicatos nacionais dos professores, nomeadamente o Sindicato Nacional dos Professores (Sindep), o Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof) e o Sindicato dos Professores de Santiago (Siprofis) se preparavam para mais uma manifestação de âmbito nacional.

Nesta manifestação, apontaram que a questão mais pertinente tem a ver com o envio por parte do Governo da proposta do decreto lei que aprova o PCFR para a classe docente, depois de cinco chumbo a este documento.

Ou seja, explicou o presidente do Sindep, Jorge Cardoso, três por parte das organizações sindicais e dois por parte do Presidente da República.

“O Governo prometeu sentar-se à mesa para ouvir as organizações sindicais, mas em vez disso fintou as organizações sindicais e enviou o documento ao parlamento, por ter uma maioria no parlamento, para tentar aprovação de um documento extremamente lesivo e grave para a classe docente”, criticou.

Este sindicalista avançou que, para além de lutas permanentes que os sindicatos têm feito, também vão agir de forma administrativa, reiterando que no início da próxima semana estarão a entregar junto de organizações internacionais queixa contra o Governo de Cabo Verde.

Lamentou que infelizmente não é aquilo que gostariam de fazer, porque prejudica o país, mas que esta foi a única saída encontrada, uma vez que o Governo quer "a todo o custo impor à classe docente um documento que vai precarizar ainda mais a sua carreira".

“Mas nós acreditamos que também o parlamento, na pessoa de deputados que são representantes do povo, deve defender uma classe que tem mais de 8 mil pessoas, do que defender 20 e tal pessoas que são membros do Governo”, perspectivou.

Os sindicatos querem contar principalmente com o contributo dos vários professores de ambas as bancadas para analisarem o documento, recebendo pareceres dos mesmos e chumbarem uma vez mais esta proposta, caso contrário ameaçam igualmente pedir fiscalização.

Por seu lado, o dirigente do Siprofis, António Barros, assegurou que todos os sindicatos estão unidos nessa luta em prol da classe docente no país, no intuito de fazer o Governo cumprir com os compromissos assumidos para com a classe.

Já o dirigente do Sindprof, Silvestre Andrade, lamentou que estejam a marcar o Dia Internacional do Professor, que hoje se assinala, deste jeito, para demonstrar que os professores cabo-verdianos estão numa fase crítica devido a vários problemas básicos e pendentes por resolver.

Na Praia os professores estiveram concentrados no ex-Centro Social Primeiro de Maio, para fazer o percurso, subida rampa São Januário e término na Praça Alexandre Albuquerque no Platô.

ET/JMV

Inforpress/Fim 

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