Porto Novo, 22 Abr (Inforpress) – A Associação Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Terrimar), no município do Porto Novo, defendeu hoje a necessidade de se reflectir sobre o impacto do plástico na vida marinha “especialmente” no que diz respeito às tartarugas marinhas.

A propósito do dia de hoje, dedicado ao Planeta, a Terrimar, que tem estado todos os anos a desencadear uma campanha de protecção das tartarugas marinhas em toda a ilha de Santo Antão, disse que é preciso reflectir sobre a problemática no plástico na vida desta espécie em vias de extinção.

Esta organização ambientalista tem neste momento na sua posse uma tartaruga marinha encontrada na zona do Tarrafal de Monte Trigo com uma barbatana presa em rede de pesca, um dos vários casos do tipo registados nos últimos anos em Santo Antão.

“Temos em reabilitação, uma tartaruga marinha caretta-caretta que foi encontrada no Tarrafal com uma barbatana presa em rede de pesca. A tartaruga, apelidada carinhosamente de Camila, foi encontrada por dois irmãos pescadores e foi entregue à Terrimar. A tartaruga teve a barbatana amputada e agora está em reabilitação até estar em condições de voltar ao mar”, explicou a Terrimar.

A Terrimar, no quadro do projecto de conservação de tartarugas marinhas na ilha de Santo Antão, financiado pelo Programa das Pequenas Subvenções do Fundo Mundial para o Ambiente (GEF SGP), tem estado a promover acções de formação em reaproveitamento de resíduos oceânicos.

As formações constituem, segundo a Terrimar, oportunidades para as comunidades explorarem maneiras inovadoras de transformar desafios em oportunidades, aprendendo, concretamente, a tecer cordas e redes de pesca em um tecido que poderá ser aproveitado no artesanato.

Trata-se, adianta a mesma fonte, de “uma chance única de aprender e se envolver em práticas sustentáveis que têm um impacto real na preservação de nosso precioso ecossistema marinho”.

JM/AA

Inforpress/Fim