Ilha do Sal: Estudante do Liceu Olavo Moniz agredido com garrafa é saturado com 14 pontos

18-04-2024 20:42

Espargos, 18 Abr (Inforpress)- Um estudante do Liceu Olavo Moniz em Espargos, Sal, ficou ferido esta quarta-feira, após ter sido alegadamente agredido com uma garrafa de vidro no interior da escola, tendo sido suturado com 14 pontos no braço, pescoço e na cabeça.

À semelhança das várias outras ocorrências registradas na Escola Básica e Secundária Olavo Moniz (EBSOM), a agressão aconteceu no período da tarde, por volta das 15h45, durante o intervalo.

Conforme explicou o estudante agredido, que frequenta o 8º ano, a agressão aconteceu na entrada da cantina, quando sentiu os três agressores à sua volta desferindo-lhe golpes de garrafa e cabeçada.

Segundo um testemunho da vítima, os agressores não frequentam mais o liceu, mas todos trajavam o uniforme de Educação Física e no momento da briga não havia por perto nenhum segurança da escola, tendo restado a alternativa de se esconder dentro da sala da direção.

A mãe do estudante, que no momento se encontrava a trabalhar em Santa Maria, diz ter ficado em pânico. Elisabete Gomes conta que não é a primeira vez que o filho é agredido, e por temer o pior pede mais segurança na escola.

“Quando fui avisada estava a trabalhar e logo pensei no pior porque normalmente os agressores vão com catana, faca e como só disseram que o meu filho foi agredido e que se encontrava no hospital fiquei desesperada”, conta.

“Logo que cheguei a Espargos fui para o hospital, mas já lhe tinham dado alta e assim que chegamos a casa chegou um carro da polícia para nos levar para a esquadra para formalizar a queixa e agora estamos a esperar para que o caso seja levado ao tribunal”, continuou.

Enquanto mãe e encarregada de educação Elisabete Gomes diz que agora a “agonia” é esperar que os filhos cheguem salvos a casa.

“Se esta situação continuar, a solução é tirar o meu filho da escola porque não é a primeira vez que acontece esta situação de violência com o meu filho, mas também temos que pensar que há crianças muito mais pequenas no meio de tudo isso e que são obrigadas a conviver com esta situação”, criticou.

Conforme a mesma fonte, o principal agressor, um jovem de 16 anos, foi detido pela polícia, tendo sido presente hoje ao tribunal.

Confrontada com mais esta ocorrência e questionada sobre as medidas de reforço de segurança anteriormente anunciadas, a delegada de Educação, Márcia Pinto, diz que a escola tem estado a trabalhar junto com os parceiros, mas que o “processo leva o seu tempo”.

“Infelizmente, ontem voltou a acontecer mais um episódio de violência no recinto da escola, mas só para referir que a nossa anterior intervenção foi no sentido de fazer um ponto de situação em relação à escola e dizer que os acontecimentos têm a ver com actos externos à escola, ou seja, são pessoas que invadem a escola e agridem alunos”, explicou.

“Nós anunciamos algumas medidas em relação à escola e são medidas que vão acontecendo de forma interna, com um plano articulado entre a escola, a policia nacional, polícia judiciária e o poder público e realmente temos colocado estes planos em prática e é um processo que claramente não vai terminar da noite para o dia”, explicou a delegada do Ministério da educação.

A mesma fonte diz que a escola tem estado a procurar formas de colmatar esse aspecto de violência, lembrando que este é um problema social que está a desembocar na escola, mas que toca a comunidade como um todo.

A delegada também reforça a importância de as vítimas apresentarem sempre queixa, para que a justiça possa actuar.

NA/JMV

Inforpress/Fim
 

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