Governo tenciona criar um ateliê na Cadeia Central da Praia para ajudar na reinserção dos reclusos

19-04-2024 14:02

Cidade da Praia, 19 Abr (Inforpress) - A ministra da Justiça anunciou hoje, na cidade da Praia que o Governo está a estudar a possibilidade de criação de um ateliê na Cadeia Central da Praia para ajudar na reinserção dos reclusos.

Joana Rosa fez este anúncio no acto de abertura da II edição da feira de capacitação artesanal realizada na Cadeia Central da Praia.

A ideia, segundo a mesma fonte, é criar um espaço com condições e divisórias para as áreas de olaria, cabedal, pintura e todas as outras artes, para que os reclusos possam sentir-se ocupados e produzir para o seu sustento.

E, neste caso, apontou Joana Rosa, a feira em marcha visa trabalhar a reinserção social dos reclusos e fazer com que aprendem a arte, conviverem e terem a arte como uma profissão futura, com foco em impulsionar não só a cultura artesã cabo-verdiana na Cadeia Central da Praia, mas também despertar o interesse e envolvimento dos reclusos artesãos.

A feira de capacitação em artesanato exibe em stands dez oficinas e consultoria sobre orientação profissional de jovens artesãos, em áreas

diversas usando materiais produzidos regionalmente.

A mesma enquadra-se nas actividades culturais desenvolvidas na Cadeia Central da Praia como forma de capacitação dos reclusos e aquisição/acréscimo de conhecimentos, referiu também a ministra da Justiça, para quem o objectivo é criar espaços de formação profissional em várias áreas em função da apetência de cada recluso.

De igual modo adiantou que a intenção também é mostrar à sociedade que as pessoas que estão presas “merecem um olhar diferente”.

“E trabalhar os reclusos pressupõe trabalhar as famílias e as comunidades para que possam sentir-se também seguras e terem a noção do papel que cada um tem na reintegração social”, esclareceu Joana Rosa.

Por outro lado, a porta-voz dos artesãos, Leila Alves, disse que a iniciativa representa um “sentido de partilha e empatia e com responsabilidade” em partilhar os seus conhecimentos com os reclusos, no sentido de motivá-los a exercerem esta área.

“Este contacto serve para os reclusos entenderem como é que este trabalho está no mercado, os materiais disponíveis e como podem criar um projecto a base da produção de arte”, finalizou a ministra.

Esta actividade vai na sua II edição com o propósito de reunir o profissionalismo, conectividade, capacitação e partilha num só lugar para estimular o envolvimento e a prática do artesanato no seio prisional.

OS/AA

Inforpress/Fim

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