Governo diz que está a trabalhar para alargar serviços de creches e obrigatoriedade do pré-escolar

06-05-2024 17:42

Cidade da Praia, 06 Mai (Inforpress) - O Governo está a trabalhar para alargar a rede de prestações de serviços de creches e para obrigatoriedade do pré-escolar de modo a garantir que todas as crianças dos 0 aos 3 anos tenham acesso a uma creche.

A garantia foi dada pelo ministro da Família, Desenvolvimento e Inclusão Social, Fernando Elísio Freire, e pelo ministro da Educação, Amadeu Cruz, esta manhã, na cidade da Praia, após apresentação do relatório sobre a avaliação do capital humano e o aumento dos investimentos em creches.

De acordo com o documento, São Vicente, Boa Vista e Brava são os municípios com taxas de matrícula significativamente superiores à média, enquanto Santa Catarina do Fogo e São Lourenço dos Órgãos não dispõem de nenhuma estrutura pré-escolar.

O relatório apontou ainda que há pouca coordenação entre o ministério da Educação e o da Família, Desenvolvimento e Inclusão Social, o custo das creches é elevado e há falta de informação sobre a qualidade dos serviços de creches existentes.

Na ocasião, Fernando Freire assegurou que neste momento o Governo já está a trabalhar numa série de medidas para ultrapassar esses desafios e para que todas as crianças dos 0 aos 18 anos não fiquem fora do sistema do ensino.

A nível de creches, avançou que estão a alargar a rede de prestações serviços de creches, reforçar o financiamento as ONG e as câmaras municipais que trabalham directamente com os serviços de creches e a disponibilizar espaços comerciais do programa Casa Para Todos a essas entidades com renda resolúvel.

Por outro lado, será reforçado também o nível de subsidiação a crianças que estão a frequentar as creches, através do reforço do financiamento no âmbito do Fundo Mais, e alargar o serviço de monitor e cuidadores informais lá onde for necessário.

“Nas aldeias onde o número de crianças não é suficiente para ter uma estrutura dedicada a serviço de creches, as pessoas estão a aproveitar as suas próprias casas com as respectivas adaptações e serão formadas para que os vizinhos e a comunidade possam ter lugar para deixar as crianças”, apontou.

Na mesma linha de intervenção, Amadeu Cruz realçou que a qualidade é uma questão que deve ser encarada sempre de frente e continuadamente, sublinhando que até ao momento já foram introduzidas reformas educativas, cujos resultados serão visíveis a partir do próximo ano.

O governante reconheceu que é necessário também melhorar a qualificação dos professores, a formação inicial e continuada dos professores e, “provavelmente, ajustar alguns manuais escolares para poder responder às novas exigências e ter condições de comparabilidade com outros países”.

“Em relação ao pré-escolar, apresentamos um projecto de reestruturação do pré-escolar, com apoio da parceria global para a educação e esperamos que com o envolvimento das câmaras municipais, das ONG e das igrejas reformatar para melhorarmos no sentido da universalização consolidar essas perspectivas e depois avançar para a obrigatoriedade do pré-escolar”, precisou.

O ministro da educação admitiu ainda que é necessária uma maior interacção com o Ministério da Família, Desenvolvimento e Inclusão Social, sobretudo no que diz respeito à gestão das creches.

O relatório sobre a avaliação do capital humano e o aumento dos investimentos em creches foi realizado pelo Banco Mundial e visa identificar políticas que possam melhorar o capital humano do país, com foco nas creches, capacitando a população para contribuir de forma mais significativa para o crescimento e desenvolvimento sustentável.

AV/CP

Inforpress/Fim

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