Cidade da Praia, 07 Mai (Inforpress) - O Ministério da Cultura assinou na tarde de hoje, na cidade da Praia, contratos de financiamento com grupos de Tabanca da Praia e de Salineiro, no âmbito do programa para a Valorização da Tabanca - Património Nacional.

Os grupos de Tabanca da Várzea, da Achada Santo António, da Achada Grande Frente, na Praia, e de Salineiro, no município da Ribeira Grande Santiago, foram contemplados com 200 mil escudos, montante que se destina a apoiar e fortalecer as actividades dos grupos.

Em representação dos grupos, o rei de tabanca Dilson de Jesus, conhecido também por Nené, destacou a importância desta contribuição para o enriquecimento desta manifestação cultural e agradeceu o gesto do Governo.

“Esse apoio serve de motivação, para colocarmos jovens com mais interesse nas festividades da tabanca, para que todos possam contribuir e dar continuidade a esta manifestação cultural”, disse Nené.

Por outro lado, a presidente do Instituto do Património Cultural (IPC), Samira Fonseca, acredita também que o financiamento vai dar um “estimulo aos grupos”, criando uma previsibilidade na organização de actividades e responsabilidade no seio dos grupos.

“Este ano colocamos no contrato uma cláusula que tem a ver com a justificação de contas, porque queremos apoiar tabanca nas suas actividades, mas queremos ter alguma espécie de justificativa de como está sendo gerido o financiamento”, sublinhou Samira Fonseca, reforçando que é uma forma de o Governo também continuar a apoiar a tabanca.

Lembrou que o IPC e o Governo têm vindo a apoiar os grupos em outras actividades, nomeadamente na remodelação de capelas e outros tipos de actividades sociais, tanto na cidade da Praia como no interior de Santiago.

O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, por sua vez, reconheceu que a verba não é suficiente, visto que, segundo disse, os pedidos são cada vez mais constantes com surgimento de mais grupos.

Nesse sentido, o governante defendeu que é preciso transformar a tabanca num evento “que tem retorno para quem o faz”.

“Queremos continuar com esses apoios, estamos a trabalhar para que a Tabanca, que já é um bem nacional, seja também Património da Humanidade. É um trabalho contínuo que não depende só do governo, mas também e, essencialmente, dos grupos que são portadores desta actividade cultural”, sublinhou.

A verba disponibilizada visa o reforço da capacidade financeira de grupos para realização das suas actividades culturais, recreativas e sociais, dentro daquilo que é a dinâmica da celebração da tabanca.

OS/CP

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