Cabo Verde retoma a Grande Feira do Livro após mais de uma década

18-04-2024 18:56

Cidade da Praia, 18 Abr (Inforpress) – A Grande Feira do Livro regressa ao país, após mais de uma década, visando imprimir uma nova dinâmica no mercado livreiro e facilitar o acesso ao livro, devendo acontecer de 26 deste mês a 05 de Maio.

O evento está a ser organizado pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através da Biblioteca Nacional, em parceria com o Camões, Instituto da Cooperação e da Língua I.P, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, sob o lema "Liberdade e Literatura".

Em conferência de imprensa hoje, para anúncio do certame literário, a presidente da Biblioteca Nacional, Matilde Santos, avançou que esta edição, que acontece, inclusive, aos fins de semanas e feriados, no Largo do Memorial Amílcar Cabral, na Cidade da Praia, contará com actividades lúdicas, debates, esplanadas, restauração e espaço infantil.

Acrescentou que participam várias editoras, livreiros e instituições especializadas, sendo que diariamente os livros do dia serão vendidos com um desconto mínimo de 20% e máximo de 40% sobre o preço de capa, e na última hora dos dias, a partir das 19:00, os livros terão descontos dos 50% aos 80%.

“É uma oportunidade única para se adquirir livros especializados a um preço extraordinário e conviver de perto com escritores e especialistas da indústria livreira. Da cidade da Praia irá estender-se para outros municípios e ilhas, de modo que a próxima edição será no Campo de Concentração do Tarrafal, seguido das ilhas do Sal (tanto em Espargos como Santa Maria), ilha Brava, Fogo, São Vicente, Santo Antão e demais ilhas”, indicou.

Matilde Santos lembrou que no quadro da cooperação entre Portugal e Cabo Verde no domínio da promoção do livro e da leitura, o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através do Instituto da Biblioteca Nacional de Cabo Verde, organizou consecutivamente, durante mais de duas décadas, a Grande Feira do Livro que deixou marcas na memória dos cabo-verdianos.

“Nos diferentes modelos que o evento foi conhecendo, procurou-se cumprir um triplo objectivo de grande importância em termos de políticas públicas, nomeadamente, promover a literacia e a leitura, facilitar o acesso ao livro, bem como apoiar a criação de linhas e de iniciativas editoriais locais, tanto de cariz público como de editoras privadas”, sublinhou.

A presença de autores consagrados emergentes, o lançamento de novos livros, o envolvimento de escolas e associações culturais, programação paralela, as animações de espaço público concorreram, segundo disse, para tornar a feira um marco na programação cultural, mas também um pilar na política de promoção do livro e da leitura.

Por seu lado e em representação do Instituto Camões, enquanto cofinanciador do evento, o embaixador de Portugal em Cabo Verde, Paulo Lourenço, assinalou que a Cooperação Portuguesa não poupou esforços em afirmar esta parceria, contribuindo, desta forma, para a promoção da economia do livro, dinamização do mercado livreiro, estimulação da leitura em língua portuguesa e democratização do acesso ao livro à população cabo-verdiana.

“O investimento feito pela Cooperação Portuguesa, através do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, está orçado em 100 mil euros”, avançou, explicando que esta aposta assenta numa prioridade que é dada ao programa estratégico de cooperação Portugal/Cabo Verde 2022/2026, como o desenvolvimento de políticas de promoção de bibliotecas, arquivos e criação artístico-literária.

A seu ver, a Grande Feira do Livro é um momento especial e histórico para promover a criação e a diversificação, pensada para todas as faixas etárias, assinalando igualmente a oportunidade para se valorizar e alimentar a língua portuguesa como uma língua pluricêntrica.

ET/JMV
Inforpress/Fim 

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