Associação de Escuteiros de Cabo Verde apela aos pais a confiar seus filhos ao movimento escutista

20-04-2024 0:02

Cidade da Praia, 20 Abr (Inforpress) - A comissária-geral da Associação de Escuteiros de Cabo Verde, Leonilde Lima, apelou hoje aos pais a confiarem seus filhos ao movimento escutista, permitindo um “crescimento saudável” e, acima de tudo, um “desenvolvimento pessoal constante”.

Leonilde Lima lançou o repto no âmbito da celebração do Dia Mundial do Escutismo, assinalado na terça-feira, 23, e também dos 50 anos do escutismo em Cabo Verde, cujo movimento, lembrou, surgiu no país em 1973, ainda colónia portuguesa, mas com a independência criou-se oficialmente, em 1976, a Associação de Escuteiros de Cabo Verde.  

“O Agrupamento n° 1 de São Domingos apareceu como sucessor do Agrupamento 401 do CNE. Então celebramos os 50 anos do surgimento do escutismo em São Domingos, como sequência dos Escuteiros de Portugal, com várias actividades que decorrerão, a nível nacional, até 2026”, explicou.

No âmbito do Dia Mundial do Escutismo, conhecido também como o Dia de São Jorge, santo que na lenda venceu um dragão, patrono mundial do escutismo, a comissária disse que o Agrupamento n° 1 de São Domingos quer nesta data reflectir sobre que escuteiros é que se deseja.

“O escutismo apela ao sentido de entreajuda, à determinação, união ao despertar da coragem, força e bravura à imagem de São Jorge, um homem corajoso, bravo e determinado”, ilustrou, destacando o papel que a actividade desempenha na vida dos jovens e das pessoas.

“Então vamos aproveitar a oportunidade para reflectir sobre as qualidades que os escuteiros devem ter, como também deve ser o comportamento do escuteiro frente aos desafios”, referiu, enfatizando que o escutismo produz “bons frutos” na vida do indivíduo.

Leonilde Lima aproveitou a ocasião para apelar aos pais e encarregados de educação a permitirem seus filhos e seus educandos a se integrarem nas fileiras do movimento escutista no país e facilitar a sua participação nas actividades, de modo a perceber o impacto e a influência que este movimento provoca na vida de cada um.

“O apelo vai para os pais no sentido de se responsabilizar mais na educação dos filhos, porque são eles que os orientam para a vida, exercem autoridade enquanto menores (…) por isso que deem uma chance ao escutismo, aprovem a participação dos meninos nas reuniões aos sábados, e nas actividades do movimento escutista”, lançou Leonilde Lima.  

O escutismo, continuou a mesma fonte, tem um “papel crucial”, já que oferece um ambiente seguro, desenvolve uma política de segurança nas suas actividades e apoia os jovens.

Estes, assinalou, podem desenvolver capacidades, valores e princípios que lhes permite crescer e tornar-se numa pessoa “autónoma, responsável, tolerante, forte e corajosa, à imagem de São Jorge”.

Questionada sobre que escuteiros é que se deseja, a comissária respondeu que escuteiros, “activos, com iniciativa, firmes nas suas decisões, fortes e determinados”.

“Voluntários e líderes modelos. Jovens capazes de enfrentar os desafios com coragem e cara levantada. Nota-se, claramente, a diferença entre um jovem escuteiro e um que não é escuteiro, tanto a nível do desempenho escolar como a nível de comportamento social”, concretizou, admitindo, porém, que as regras e normas do escutismo não entusiasmam muito a entrada de voluntários no movimento escutista.

“O escuteiro tem muitas regras que têm que ser seguidas, e a educação no jovem é um processo longo. Está a ser difícil incutir nos jovens o espírito de escuteiro, isto porque, temos muita competição com outras realidades extracurriculares. Entretanto, estamos a remodelar o nosso programa para que possamos ser mais atractivos”, finalizou Leonilde Lima.

SC/AA

Inforpress/Fim

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