Cidade da Praia, 04 Mai (Inforpress) – A responsável dos recursos humanos das Aldeias Infantis SOS Cabo Verde afirmou que esta organização não governamental quer ver menos crianças institucionalizadas, defendendo que o melhor lugar para os filhos é estar na companhia da própria família biológica.

Em declarações à Inforpress, a propósito da realização hoje de uma caminhada praia de Quebra Canela/Ribeirão Chiqueiro (São Domingos), enquadrado no programa comemorativo dos 40 anos desta organização, Maria José Freire avançou que o evento serviu para passar algumas mensagens de sensibilização à causa SOS e de responsabilização parental.

“O objectivo foi de sensibilizar as pessoas para esta causa, já temos muitas pessoas a aderirem a causa da SOS, tanto individual, como pessoas coletivas, e essencialmente também foi para mostrar o impacto do nosso trabalho na vida de várias crianças que passaram pelas Aldeias SOS que hoje muitas são pessoas independentes e bem-sucedidas”, disse.

A outra mensagem passada, realçou, foi no âmbito da campanha de responsabilização parental em que reforçaram o apelo a todos os pais a cuidarem dos seus filhos, isto porque, afirmou, as Aldeias Infantis SOS querem ver menos crianças institucionalizadas.

“Porque o melhor lugar para os filhos é estar na companhia da própria família biológica. Não deixar para as Aldeias SOS cuidar dos seus próprios filhos. Então, aproveitamos para passar muito esta mensagem hoje, de responsabilização parental, de que todo o pai deve tomar conta do próprio filho, e não deixar institucionalizar os filhos”, sustentou.

Até porque, recordou, um dos grandes desafios que a organização passa neste momento é a parte financeira, tendo em conta que perderam alguns doadores a nível internacional, sendo que a solução encontrada foi a aposta no apadrinhamento a nível nacional para não deixar de cuidar daqueles que mais precisam.

Neste momento, segundo Maria José Freire, as Aldeias Infantis SOS Cabo Verde têm a nível de cuidados alternativos, ou seja, os que residem nas Aldeias, cerca de 150 crianças a seu cuidado, além de prestar trabalho comunitário a cerca de 500 famílias através do programa de reforço familiar.

A caminhada contou com boa adesão de pessoas, cerca de 300, conforme a mesma fonte, de entre parceiros, padrinhos e colaboradores, no quadro das comemorações dos 40 anos de existência das Aldeias SOS em Cabo Verde, cuja abertura deu-se em Outubro de 1984, em Assomada.

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