"Aposta na educação é uma forma de fazer com que as próximas gerações tenham respeito uns pelos outros" - responsável Unesco

09/05/24 19:53

Tarrafal, 09 Mai (Inforpress) - O director regional da Unesco em Dakar defendeu hoje que a aposta na educação é um meio para fazer com que as próximas gerações tenham respeito uns pelos outros e evitar situações como as do Campo de Concentração.

Na cerimónia de abertura do simpósio internacional “Memórias e Diálogos de Resistência em Tarrafal de Santiago”, realizada no Campo de Concentração, no município do Tarrafal, Dimitri Songa relembrou que a directora-geral da Unesco tem feito sempre discursos no âmbito da aposta na educação.

Aliás, referiu que no Ruanda, durante a comemoração do 30º aniversário do genocídio contra os tutsis, Audrey Azoulay lembrou a todos da “importância da educação como meio para que os estudantes se tornem cidadãos de amanhã, com respeito pelos outros, pelo diálogo, pela empatia”.

E, é neste sentido, que segundo o director regional, a Unesco está a mobilizar para que os jovens, seja em termos de educação midiática e informacional, possam reconhecer os sinais de ódio e lhes oferecer os meios para resistir.

Daí, falando sobre o Campo de Concentração e as actividades que estão a ser realizadas no âmbito das comemorações dos 50 anos da libertação dos presos políticos, considerou que “é importante recordar estas páginas mais sombrias da história e, acima de tudo, estar vigilantes e garantir que nunca mais se repitam”.

E, este trabalho de transmissão, ressaltou que só é possível através da educação, da construção de memórias, da criação de museus e o valor do Campo de Concentração, segundo o mesmo, para a Unesco reside no seu potencial para proporcionar educação preventiva. Uma contribuição tem a ver com a “sua capacidade de promover situações futuras e promover a reconciliação e a paz duradoura”.

Dimitri Songa defendeu, assim, a importância de transmitir memória e testemunhos, realçando que é sobretudo através destes testemunhos, das colecções de memórias que se pode realmente medir o grau de sofrimento que as vítimas deste campo viveram.

“Para nós, na Unesco, este local representa esperança e resiliência, e acima de tudo, o triunfo do espírito humano, da liberdade e da intolerância, do ódio aos outros e das ideologias radicais”, finalizou Dimitri Songa.

MC/CP

Inforpress/Fim

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