Administrador único da Inforpress evidencia temática do processamento de dados como componente essencial para jornalistas
Administrador único da Inforpress evidencia temática do processamento de dados como componente essencial para jornalistas
Cidade da Praia, 08 Jul (Inforpress) - O administrador único da Inforpress enfatizou hoje a temática do processamento de dados como componente “essencial” para formação de jornalistas e editores da agência, ressaltando que o projecto orçado em 18 mil contos aposta na valorização dos recursos humanos.
Na abertura da formação para jornalistas, editores, estagiários e técnicos da Inforpress que arrancou hoje com a duração de uma semana, ministrada pelos formadores João Pedro Fonseca e Paulo Nogueira da Agência de Notícias de Portugal-Lusa, Hamilton Jair Fernandes explicou que o propósito é dotar a equipa de ferramentas importantes essencialmente numa era de ‘fake news’.
Conforme avançou o administrador, foi feito o recrutamento de novos jornalistas, o que justifica a aposta na capacitação, adiantando que no decorrer deste ano serão realizadas mais duas sessões de formação tanto no quadro do projecto inaugurado com o governo Português, bem como outras áreas de importante relevo para a agência.
“Temos aqui jornalistas, editores e pessoal de multimédia de todas as ilhas, todas as delegações, incluindo a correspondente em Lisboa. Por se tratar de uma formação muito alargada, é também uma possibilidade de confraternização e de trocarem impressões sabendo que lidam diariamente nas suas acções de redacção mas não têm tido contacto físico permanente”, pontuou, asseverando que o contacto reforça o trabalho em equipa.
De igual modo, acentuou, o projecto permite também o reforço institucional com a Escola Lusa, um parceiro desde “a primeira hora”, referindo, na mesma linha, às relações com entidades que financiam projectos formativos como a Embaixada de Portugal em Cabo Verde através do Instituto Camões.
Segundo Hamilton Jair Fernandes, a produção dos conteúdos jornalísticos tem tido um crescimento “interessante” não apenas derivado desta iniciativa da agência, mas sobretudo, sublinhou, dos investimentos nos recursos humanos e na abertura de novas delegações como está a ser ultimada na ilha de São Nicolau.
“Considerando esta preocupação da agência ser uma fonte primária, isso requer naturalmente investimento na formação e nos recursos humanos. Este projecto é co-financiado pelo Camões Instituto, pelo Governo de Portugal, tivemos a oportunidade de assinar um contrato aquando da visita do senhor Presidente da República de Portugal a Cabo Verde no passado mês de Junho”, avançou.
O coordenador da Escola Lusa e formador, João Pedro Fonseca, realçou que este “plano ambicioso” de três anos contempla nove módulos com temas variados como jornalismo de agência, que tem a ver, esclareceu, com as particularidades do jornalismo realizado pela instituição.
“O jornalismo da agência tem de ser adaptado a todos os clientes, sejam eles sites, rádio ou televisão, é uma técnica própria de escrita. Nesta semana é o jornalismo da agência, mas depois vamos falar sobre a inteligência artificial, temas sensíveis da actualidade, como escrever sem criar estereótipos e como combater as ‘fakes newas’” elencou, acrescentando a componente do populismo.
Para João Pedro Fonseca, os jornalistas são funcionários da humanidade que querem que as pessoas tenham direitos, que haja respeito e tolerância, avançando que “um jornalismo com valores” é uma das bases para esta formação.
LT/ZS
Inforpress/Fim