ambiente


08-05-2024 22:23

Cidade da Praia, 08 Mai (Inforpress) – A Equatorial Coca-cola Bottling Company (ECCBC) Cabo Verde, detentora das empresas Cavibel e Ceris, assinou hoje um acordo com o Ministério do Mar, assumindo o compromisso de preservar e proteger a Praia Negra, na cidade da Praia.

Segundo a directora de comunicação e sustentabilidade da companhia, Danila Ferreira, a ECCBC Cabo Verde, que fica mesmo localizada na zona de Praia Negra, decidiu aceitar o desafio do Ministério do Mar, de apadrinhar essa praia, com o objectivo de reforçar o seu compromisso contínuo com a gestão ambiental.

“Ao adoptarmos esta praia comprometemo-nos a preservá-la e protegê-la através de campanhas de limpeza, semelhante à que realizamos no passado Dia Mundial da Limpeza das Zonas Costeiras, em que, numa acção conjunta com os nossos parceiros e a comunidade local, conseguimos recolher mais de oito toneladas de lixo”, frisou Danila Ferreira.

No acordo assinado na tarde de hoje, na presença do ministro do Mar, Abraão Vicente, a empresa de produção de bebidas compromete-se ainda em incentivar o engajamento contínuo da comunidade local em acções de conservação e limpeza da praia, proteger os recursos da praia, incluindo a areia e os ecossistemas marinhos, contra danos e degradação.

Por outro lado, a companhia compromete-se em sensibilizar os moradores das comunidades vizinhas sobre a importância da sua preservação, destacando a fragilidade do ecossistema costeiro e os impactos das actividades humanas.

A directora de sustentabilidade sublinha que a zona de Praia Negra tem sido uma preocupação para a empresa, lembrando que no ano de 2014 a ECCBC Cabo Verde construiu a sua estação de tratamento de águas residuais (ETAR), reconhecendo o papel vital que a gestão adequada de resíduos tem para a preservação dos recursos naturais e a promoção da saúde pública.

“A empresa investiu nessa instalação como parte do seu compromisso com as práticas indústrias mais responsáveis. A ETAR foi concebida para o tratamento eficiente das águas residuais geradas durante os processos de produção assegurando que os efluentes liberados estivessem dentro dos padrões ambientais estabelecidos”, explicou Danila Ferreira.

Segundo o ministro do Mar, Abraão Vicente, essa iniciativa de garantir que todas as praias do país tenham um padrinho foi lançada no âmbito do Ocean Week, realizado na ilha de São Vicente.

Neste momento, conforme indicou, todas as praias da ilha já são apadrinhadas por uma empresa.

Neste sentido, congratulou-se com a adesão da ECCBC Cabo Verde, mas desafiou a empresa a ir mais além do que as limpezas e a recuperar o espaço por forma que o mesmo possa voltar a ter as valências que tinha antigamente, ou seja, voltar a ser uma praia de convívio familiar e local onde os pescadores deixam os seus botes. 

“O maior desafio da Praia Negra é recuperá-la. Com a tecnologia que existe hoje o desafio desta companhia é de facto, não só manter a praia limpa, mas voltar a dá-la vida como tinha no passado", disse. 

Abraão Vicente sublinhou que o problema da degradação ambiental é o principal ponto da agenda a nível mundial, pelo que considera que esta acção de recuperação da Praia Negra pode ser, de facto, a melhor publicidade que a companhia pode fazer à sua imagem.

“Todas as vossas publicidades podem ter muitas visualizações, muitas partilhas, mas os praienses irão continuar a olhar para a Praia Negra e dizer que o culpado é a Ceris e Coca-cola, mesmo que isso não seja verdade, mas sabemos que percepção conta mais que a realidade”, realçou.

MJB/HF

Inforpress/fim 

08-05-2024 13:42

Ribeira Grande, 08 Mai (Inforpress) – A Delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente da Ribeira Grande, Santo Antão, queixou-se na Polícia Nacional da prática ilegal de corte de árvores, que tem ocorrido no perímetro florestal de Lagoa, no Planalto Leste.

Em declarações à Inforpress, o delegado substituto do Ministério da Agricultura e Ambiente, Orlando Freitas, disse que assim que tiveram conhecimento que estavam a fazer o abate de arvores no perímetro florestal de Lagoa alertaram as autoridades policiais, o que culminou com a apreensão de duas carrinhas Toyota Hilux carregada de lenha.

A mesma fonte indicou que há guardas-florestais no perímetro, entretanto “nem sempre conseguem dar cobertura” a este tipo de eventualidade, e, neste sentido, alertaram a Polícia Nacional.

“As pessoas desta localidade têm conhecimento que tal prática é ilegal, pois existe lei florestal e todo o corte de lenha nas zonas florestais são feitas somente com a autorização da delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente, e quem descumprir corre o risco de sofrer consequências”, sublinhou.

A prática de abate ilegal de arvores, conforme Orlando Freita, “sempre acontece”, principalmente nesse período de produção de aguardente, no entanto alegou que a delegação tem estado em alerta para evitar tais práticas.

LFS/AA

Inforpress/Fim

08-05-2024 13:19

Cidade da Praia, 08 Mai (Inforpress) - A responsável do programa da FAO, Katya Neves, defendeu hoje a necessidade de Cabo Verde ter um “bom planeamento”, adaptações necessárias e de acautelar os efeitos das mudanças climáticas e interferências nos investimentos nas orlas marítimas no país.

Esta responsável fez estas afirmações à imprensa, à margem do workshop de apresentação de resultados do projecto da FAO “Reforçar as capacidades de Cabo Verde na abordagem dos efeitos das alterações climáticas em sectores-chave da Economia Azul", nomeadamente pescas aquacultura, turismo e energia, realizado esta quarta-feira.

Conforme disse, o projecto foi implementado com o objectivo de apoiar o Governo a integrar plenamente as questões climáticas na Economia Azul e na implementação das prioridades definidas nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês) e no Programa Nacional de Adaptação (NAP, na sigla em inglês).

“Aqui vamos validar com os técnicos todo o trabalho de consultas e o trabalho que já foi feito, portanto não só a nível da formulação do plano de investimento climático, mas também da estratégia do plano de capacitação necessários para que os sectores estejam melhores preparados. E o próximo passo deste ateliê será apresentar documentos para o Comité de Pilotagem do projecto”, indicou, informando que se trata de um projecto de quase meio milhão de dólares (cerca de 50 mil contos).

Katya Neves frisou que Cabo Verde no futuro terá aumento do nível do mar por causa dos efeitos das alterações climáticas e será mais suscetível a eventos extremos como secas ou chuvas mais torrenciais para além de outros efeitos de maior incidência.

Defendeu, neste sentido, que para isso Cabo Verde terá que se preparar para tentar adaptar e poder mitigar esses efeitos das mudanças climáticas, que virão no futuro, lembrando que o arquipélago é composto por ilhas e é um país saheliano.

“Cabo Verde terá que preparar as suas infraestruturas, estão essencialmente nas zonas costeiras (…), portanto, preparar em termos de planeamento, formação, sensibilização e capacitação das pessoas e de criar mecanismos para poder não só mitigar como dar respostas”, apontou.

A responsável do programa da FAO considerou, neste contexto, que há necessidade de um “bom planeamento” e de acautelar os efeitos que as alterações climáticas terão nos países vulneráveis, realçando que as construções nas orlas marítimas devem ser feitas tendo em conta o eventual aumento do nível do mar.

Em Março de 2022, Cabo Verde lançou o seu primeiro projecto ‘Readiness’ financiado pelo Fundo Verde para o Clima (GCF, na sigla em inglês) denominado “Reforçar as capacidades de Cabo Verde na abordagem dos efeitos das alterações climáticas em sectores-chave da Economia Azul”. 

Ao longo de dois anos, o projecto abordou as vias de impacto negativo da subida do nível do mar, aumento da temperatura da água, eventos climáticos extremos, a acidificação oceânica e alterações na distribuição de peixe e biomassa que, segundo as projeções, irão afectar os ecossistemas marinhos e costeiros.

Igualmente, apoiou activamente no reforço das capacidades das partes interessadas para compreender e abordar os efeitos das alterações climáticas no país, nomeadamente através da preparação de uma série de resultados-chave, com a participação ativa e envolvimento no processo activo de todas as partes interessadas.

CM/CP

Inforpress/Fim

08-05-2024 8:59

São Filipe, 08 Mai (Inforpress) – A Associação Projecto Vitó tem em curso uma campanha de limpeza das praias da ilha do Fogo e dos ilhéus do Rombo para preparar a temporada de desova de tartarugas marinhas.

A coordenadora do programa de conservação das tartarugas marinhas na ilha do Fogo e nos ilhéus do Rombo do Projecto Vitó, Carla Lopes, disse à Inforpress que a campanha que iniciou no último fim de semana de Abril e prolonga-se até 08 de Junho, além de preparar as praias para a temporada da desova de tartarugas visa também manter as praias limpas e sensibilizar e conscientizar as pessoas para a conservação das tartarugas.

A campanha é realizada aos fins de semana, com o envolvimento dos parceiros locais do projecto e as duas primeiras campanhas foram realizadas nas praias dos municípios dos Mosteiros e de Santa Catarina do Fogo.

Nos Mosteiros foram contempladas quatro praias, nomeadamente praia Cais, praia Lantcha, praia Guentis e a de Fajãzinha e no município de Santa Catarina do Fogo três praias, particularmente as de Fajã, Alcatraz e praia Grande.

Apesar de não ter feito a pesagem do lixo recolhido das praias a coordenadora do programa da conservação das tartarugas avançou que nos Mosteiros foi recolhido uma quantidade maior de lixo que nas praias de Santa Catarina do Fogo.

Carla Lopes avançou que a campanha prossegue no município de São Filipe que será alvo de duas campanhas de limpeza das praias, sendo uma para São Filipe centro cobrindo as praias de Nossa Senhora da Encarnação, Fonte Bila e do porto de Vale dos Cavaleiros e no dia 18 na região de São Filipe Norte cobrindo as praias de Salinas, Sopra e praia Grande.

Em São Filipe uma das praias que será alvo da campanha de limpeza é a de Fonte Bila onde desde Março está autorizada a extracção de areia por um período de três meses e cujo término está previsto para final deste mês de Maio.

A última campanha de limpeza vai beneficiar as praias dos ilhéus do Rombo calendarizados para o dia 08 de Junho já que no primeiro fim de semana de Junho o Projecto Vitó vai estar envolvido nas comemorações do Dia Internacional das Crianças.

A coordenadora salientou que, com aproximação da temporada de nidificação das tartarugas marinhas, é de capital importância garantir um ambiente seguro e saudável para a desova, sublinhando que a limpeza das praias de nidificação das tartarugas, mais do que uma actividade ambiental, é um acto de responsabilidade para com as gerações futuras.

“Cada lixo removido representa uma chance a mais para a sobrevivência dessas criaturas maravilhosas. Portanto, é primordial que todos façam sua parte, não apenas participando das campanhas de limpeza, mas também mantendo as praias limpas no seu dia a dia”, defende a Associação Projecto Vitó.

Na campanha de desova de tartarugas do ano passado os responsáveis do Projecto Vitó identificaram nas praias da ilha do Fogo e dos ilhéus do Rombo um total de 4.767 rastos de saída de tartarugas (1.989 no Fogo e 2.778 nos ilhéus), 2.083 ninhos de tartarugas (1.257 na ilha do Fogo e 826 nos ilhéus) e 32 capturas (31 no Fogo e 01 nos ilhéus).

JR/HF

Inforpress/Fim

07-05-2024 17:38

Mindelo, 07 Mai (Inforpress) - A Entidade Reguladora Independente da Saúde (ERIS) emitiu uma circular em que informa estar proibida a utilização de preparações e substâncias obtidas a partir da planta da canábis, a inclusão canabidiol (CBD) ou outros canabinóides em produtos cosméticos.

De acordo com uma publicação da ERIS, tendo em conta a movimentação da indústria cosmética e a discussão técnico-científica a nível global em torno do aproveitamento das propriedades benéficas do canabidiol na pele e partes externas do corpo humano, impõe-se a clarificação de alguns conceitos e, sobretudo, das normas legais vigentes em Cabo Verde.

Isto, explicou, para uma melhor orientação dos operadores económicos do sector e dos consumidores no tocante a produtos cosméticos com preparações e substâncias relacionadas com a canábis.

Assim, a ERIS reiterou que está proibida a utilização de preparações e substâncias obtidas a partir da planta da cannabis ou a inclusão de CBD ou outros canabinóides a título especial provenientes de outras fontes e noutras condições, em produtos cosméticos.

A entidade informou ainda que a pessoa deve assegurar, antes da colocação de produtos cosméticos no mercado, que os mesmos não contenham substâncias ou preparações relacionadas com a planta da canábis, de forma a cumprir as referências adotadas pela ERIS através do decreto-lei n.º 21/2016, de 31 de Março e respectivos regulamentos.

Também alertou aos consumidores a estarem atentos à rotulagem e à eventual presença de substâncias relacionadas com a planta da canábis, antes da aquisição de produtos cosméticos, por se tratar de ingredientes proibidos na composição de produtos cosméticos.

CD/AA

Inforpress/Fim

07-05-2024 12:32

Cidade da Praia, 07 Mai. (Inforpress) - O emblemático Bairro Craveiro Lopes completa, a 28 deste mês, o 70º aniversário natalício, pelo que a comissão organizadora das festividades tem programado uma série de actividades, enquanto reclama o “abandono” pelas autoridades locais do jardim da praça.

Ao que apurou a Inforpress junto de José Gomes “Bréu”, da Comissão Organizadora, as actividades desportivas, culturais, religiosas e recreativas iniciam-se na quinta-feira, 09, com um torneio de futebol denominado “Copa Bairro” que se estende até 27 do mês em curso, torneio de basquetebol de rua 3x3 de 17 a 29 do corrente e, a Feira de Gastronomia e jogos recreativos na Praça Central, que vai de 23 a 26.

Um “Mini Desfile do Carnaval” (homenagens, história e cultura) anima a rua Pedonal desta localidade na tarde do dia 25, estando o final do dia reservado a uma “Noite de Gala e Homenagens” no polidesportivo local, ao qual se segue, no dia seguinte, “Uma Roda de Conversa sobre Bairro” sobre a temática história, valores e continuidade e “Pagode e valências do Bairro”.

O dia 28, em que se comemora o 70º aniversário da sua inauguração pelo 12º Presidente da República de Portugal, o general Francisco Higino Craveiro Lopes, vai ser dedicado a uma missa na mítica “Capela do Bairro”, seguida de uma actividade cultural denominada “Bairro Tempo Sabi” ao longo da noite na praça central, por forma a marcar o encerramento da comemoração com um mini festival.

Inaugurado a 28 de Maio de 1954, em consequência do desastre da Assistência, em 1949, que vitimou 232 almas, o Bairro Craveiro Lopes é referenciado como a primeira zona urbanizada da capital, logo a seguir ao Platô.

O Bairro Craveiro Lopes nasceu já edificado de raiz, totalmente urbanizado com ruas calcetadas, casas alinhavadas e electrificadas, com duas praças, uma escola primária, uma capela em honra a Santa Filomena, posteriormente (re)baptizada de Imaculada Conceição, munida de catavento, um posto sanitário, um fontanário, um jardim/floresta ambiental totalmente equipada e balneário municipal, entretanto desativada na Primeira República, entre outras infra-estruturas.

Um “majestoso monumento” que outrora se afigurava como a sua imagem de marca e parte importante da história de Cabo Verde foi o seu maior património destruído pelas autoridades de então, depois da independência nacional, durante o período partido único, assim como a sua tradicional floresta ambiental, o que provocou algumas tensões entre os moradores e a classe política dessa época.

A localidade beneficiou em tempos da transformação de uma placa desportiva num polidesportivo coberto, fruto de uma parceria público/privada e viu o seu antigo cinema transformado em um centro paroquial.

O Bairro Craveiro Lopes foi dotado em Janeiro de 2021 de obras de requalificação, há muito reclamadas pelos moradores, que culminaram com a modificação de todo o calcetado para asfaltagem, renovação de candeeiros eléctricos, bancos de praças e jardins e, construção da rua pedonal.

Passados três anos da sua inauguração, os moradores reclamam que o jardim da praça central encontra-se totalmente abandonado, pelo que a viva cor verde de outrora, aparenta actualmente um montão de lenhas,  por falta de rega, culpabilizando a Câmara Municipal da Praia pelo sucedido.

Contrariamente ao jardim da praça, as arvorezinhas que embelezam a localidade encontram-se em grande estado de conservação, “bem vivinhas”, já que por se situarem defronte de cada uma das casas, os próprios moradores assumem as suas regas.

Com a construção do Centro de Saúde de Achadinha, entretanto desactivado face à insegurança da estrutura, a localidade acabou por ficar desprovida dos serviços de saúde, já que o emblemático edifício do Posto Sanitário se encontra há muito cerrado, outra queixa da população local que clama por um aproveitamento desta infra-estrutura.

SR/ZS

Inforpress/Fim

06-05-2024 21:21

Nova Sintra, 06 Mai (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal da Brava garantiu hoje que a lixeira na localidade de Favatal será deslocalizada, no próximo ano, para a zona de Boca de Porco, na freguesia de Nossa Senhora do Monte.

Francisco Tavares disse à Inforpress que existe um estudo que aponta que a lixeira deve ficar entre a localidade de Nossa Senhora do Monte e Cachaço, sendo que também existe uma necessidade, identificada há algum tempo, de deslocalização da lixeira na zona de Favatal que fica perto da Central Electra.

Conforme realçou, está em andamento um projecto dentro do programa nacional de transição energética, prevendo que nessa área, onde fica situada a lixeira, será construída uma central fotovoltaica.

“O compromisso da autarquia é trabalhar juntamente com o Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) para que, no próximo ano e com o financiamento do Fundo de Ambiente, possamos realizar o processo de deslocalização da lixeira, de perto da central eléctrica”, disse.

Finalizou adiantando que, no momento, o processo é analisar todas as implicações e as obras necessárias, que deverão ser feitas em termos de acesso ao novo local e garantiu que será uma lixeira com vedação para evitar que o lixo se espalhe, visto que também existem animais na área.

 

DM/HF

Inforpress/Fim

06-05-2024 15:34

Assomada, 06 Mai (Inforpress) - O Ministério da Agricultura e Ambiente, através da Direcção dos Serviços de Silvicultura e Engenharia Rural, está a capacitar moradores das comunidades para a criação de brigadas florestais comunitárias de primeira intervenção nos perímetros florestais.

A acção de capacitação que se iniciou hoje, em Serra Malagueta, e decorre até 11 de Maio, conta com a participação de moradores de Serra Malagueta, Santa Catarina, Tarrafal e São Miguel, e tem como foco, segundo a formadora, Luísa Morais, trabalhar primeiramente na sensibilização da necessidade de se evitar e prevenir os incêndios e depois capacitá-los para possíveis actuações.

Segundo a mesma fonte, nos últimos meses a Região Santiago Norte tem registado vários episódios de incêndios rurais, o que tem sido uma preocupação para o Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA), que decidiu intensificar mais a vertente de prevenção, mas também preparar as comunidades para uma possível actuação em casos de eventuais incêndios.  

Neste sentido, explicou que primeiramente vão trabalhar as questões teóricas nesta formação, mas que conjuntamente com o Serviço Nacional da Protecção Civil vão ter também uma parte prática, justificando que a participação dos membros das comunidades em alturas de incêndios e outras intervenções “é muito importante”, mas que é necessário estar organizado para uma actuação eficiente.

Além da capacitação, vão ser colocados à disposição dessas brigadas um conjunto de equipamentos, dentro do projecto de prevenção de incêndio e recuperação florestal para darem respostas primeiramente aos casos de incêndio, até a chegada dos bombeiros para o reforço.

Por seu turno, o comandante Regional da Protecção Civil e Bombeiros da Região Santiago Norte, Amaro Varela, considerou que a capacitação dos membros dessas comunidades é uma acção que vai ter “um grande impacto”, porque a comunidade, além de mais informada estará mais bem preparada para trabalhar na prevenção, e também no combate aos incêndios.

Além das formações e a criação de brigadas, o comandante pediu também mais condições materiais de forma a preparar os efectivos para uma resposta mais célere, reforçando que na ilha de Santiago o serviço trabalha sempre em união e, quando é necessário, bombeiros de outros municípios reforçam as equipas onde ocorrem incêndios ou outras situações de emergências que exige reforço.

MC/CP

Inforpress/Fim

06-05-2024 8:02

Porto Alegre, 06 Mai (Inforpress) – O Presidente do Brasil prometeu hoje, durante uma visita ao estado do Rio Grande do Sul, que não haverá "nenhum impedimento" ao envio da ajuda necessária para a recuperação da região, após as inundações devastadoras que já causaram 76 vítimas mortais.

"Não haverá nenhum impedimento burocrático para recuperar a grandeza deste estado", declarou Luiz Inácio Lula da Silva, depois de o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ter-se mostrado preocupado com as restrições financeiras do governo federal que limitam a capacidade de resposta da região.

Lula destacou como prioridades a mobilização dos serviços de saúde pública para "minimizar o sofrimento" da população, a recuperação das estradas bloqueadas e o regresso das crianças à escola.

"Estou a pedir a Deus que a chuva pare", disse o chefe de Estado, que pediu à ministra do Ambiente, Marina Silva, que apresente um plano de prevenção das catástrofes climáticas.

“É preciso deixar de correr atrás da desgraça" e preparar-se "com antecedência" este tipo de calamidades, afirmou o responsável político, acompanhado pelos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, que se comprometeram a acelerar os projetos de lei enviados pelo governo para fazer face à crise.

Por sua vez, o governador Eduardo Leite salientou que as restrições orçamentais e as regras fiscais "sufocam" a máquina de resposta às cheias e pediu "medidas excecionais".

Segundo Eduardo Leite, a extensão do território afetado, mais de metade do Estado, conduz a um cenário de "colapso" na cadeia de abastecimento, agravado pela destruição de pontes e pelo encerramento do aeroporto de Porto Alegre, a capital regional.

"É um cenário de guerra e vai ser preciso um cenário de pós-guerra", disse.

Embora as chuvas tenham diminuído durante o fim de semana, o governador advertiu que o nível das águas dos rios "vai demorar muito tempo a baixar" e que o número de vítimas pode ainda "aumentar muito" devido aos deslizamentos de terras.

De acordo com o último balanço oficial, divulgado ao meio-dia, 103 pessoas estão desaparecidas, além de dezenas de milhares de desalojados, dos quais 88.019 tiveram que deixar suas casas e se mudar para as de familiares e amigos e outros 16.609 encontraram alojamento em abrigos públicos

No Rio Grande do Sul, com uma população de onze milhões de pessoas, cerca de 421.000 casas continuam sem energia elétrica até esta manhã e 115 municípios estavam sem serviços de telefone e Internet.

Em termos de estradas, ainda há 61 rodovias com bloqueios totais e parciais devido à cheia dos rios.

O nível do rio Guaíba, cujas águas inundaram o centro histórico da capital regional de Porto Alegre, uma cidade com 1,3 milhões de habitantes, voltou a subir esta manhã para o valor mais alto da história.

As autoridades do Rio Grande do Sul advertiram que, apesar da redução da precipitação no fim de semana, as inundações deverão continuar durante vários dias.

O sul do Brasil sofreu uma série de eventos climáticos extremos no último ano, associados ao fenómeno El Niño, que provoca um aumento das chuvas nesta região do país.

Inforpress/Lusa

Fim

04-05-2024 9:59

Nova Sintra, 04 Mai (Inforpress) - O presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, confirmou hoje que a ilha não possui ainda um corpo de bombeiros, mas garantiu que existem elementos formados com capacidade de intervenção enquanto tal.

Em declarações à Inforpress, a propósito do Dia Internacional dos Bombeiros, que se assinala hoje, Tavares salientou que a ilha tem um conjunto de homens que foram promovidos numa acção de formação enquanto agentes de Protecção Civil e Bombeiros, no município, em conjunto com o Sistema Nacional de Proteção Civil.

Neste sentido, informou ainda que a autarquia tencionava criar um corpo profissionalizado, mas com apenas três elementos, por motivos de emigração, a autarquia integrou os restantes elementos nos serviços da câmara, mas “sempre alerta para intervir em caso de necessidade” na área da Proteção Civil e Bombeiros.

“Os outros elementos membros da sociedade não incorporadas neste grupo bravense, também actuam enquanto voluntários, sendo que a câmara municipal sempre que necessário solicita o seu apoio. Portanto, no sentido da palavra não posso dizer que temos uma corporação de bombeiro, mas sim elementos formados”, concretizou o autarca.

Segundo Francisco Tavares, estão abertas inscrições para formações na câmara municipal para capacitar pessoas, com capacidade de intervenção enquanto bombeiro, isso em parceria com os bombeiros a nível nacional.

Ao ser questionado se o município não carece de ter uma corporação de bombeiros efectivos, disse que a ilha precisa sim de um corpo de intervenção da Proteção Civil, que considerou ser mais do que bombeiros, tendo em conta que esta corporação está mais ligada ao combate a incêndios.

“O que precisamos é reforçar a capacidade da ilha em equipamentos, nomeadamente carros especializados de combate a incêndio, ambulâncias municipais, que tínhamos, mas acabou por danificar e mais instrumentos para que os grupos voluntários que fizeram a formação, possam usar em caso de necessidades”, ressaltou.

Segundo Francisco Tavares, a ilha possui um risco sísmico e, em caso de necessidade, pelo menos a autarquia tenha fardamento e materiais necessários para intervenção em qualquer área.

O presidente da câmara precisou que até ao momento a Proteção Civil tem dado resposta às demandas, no entanto, realçou que todas as vezes que ocorre “alguma eventualidade”, as autoridades sentem que a ilha “precisa de mais meios, para melhor investir”.

O Dia Internacional do Bombeiro, celebrado a 04 de Maio, visa reconhecer o trabalho dos profissionais que dedicam suas vidas à proteção das populações, prestação de cuidados e serviços de apoio.

DM/AA

Inforpress/Fim

04-05-2024 9:33

São Paulo, 04 Mai (Inforpress) – As chuvas torrenciais que afetam o sul do Brasil estão a provocar hoje alagamentos sem precedentes em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, tendo as autoridades locais bloqueado todos os acessos ao centro histórico da cidade.

Pedindo à população que vive na região que saia para locais seguros, a prefeitura de Porto Alegre comunicou que o centro de Saúde Santa Marta, localizado no centro histórico, fechou às 11:00 (15:00 em Lisboa) devido à cheia do Guaíba, tendo móveis e equipamentos de informática sido levados do piso térreo para os andares superiores do prédio.

Outras quatro unidades de saúde da região central da cidade também foram encerradas.

A Câmara Municipal da capital regional, de 1,3 milhões de habitantes, afirmou que pelo menos 32 ruas ficaram total ou parcialmente bloqueadas devido às enchentes, incluindo a importante avenida Mauá, junto à margem do rio Guaíba.

O volume de água é tão grande que a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul deu conta que a estação hidrometeorológica instalada no Cais Mauá, em Porto Alegre, apresentou problemas na leitura durante a madrugada de hoje.

Os técnicos do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento estão, juntamente com a Defesa Civil, a verificar o nível da água “in loco”.

Segundo os ‘media’ locais, o rio Guaíba, que passa por Porto Alegre, apresenta uma elevação de cerca de quatro metros e meio e aproxima-se do recorde histórico registado em 1941, quando a subida da água no rio chegou aos 4,76 metros.

Imagens do centro de Porto Alegre mostram uma cidade com comércio fechado, vários centímetros de água castanha nas ruas e com os poucos transeuntes usando botas de cano alto.

A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul confirmou na manhã de hoje 31 mortes causadas pela chuva em todo estado, 74 pessoas desaparecidas e outras milhares que foram forçadas a deixar as suas casas, sendo que 7.165 permanecem em abrigos públicos e outras 17 mil em casas de parentes ou amigos.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, visitou quinta-feira a região afetada com vários de seus ministros e prometeu que não faltarão recursos para atender às necessidades básicas da população.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, garantiu, durante o encontro com o Presidente, que o foco neste momento deve ser o resgate de pessoas, algumas das quais tiveram que subir para os telhados de suas casas para ficarem em segurança.

As tempestades no sul do Brasil têm destruído estradas, pontes, provocado desabamentos e alagamentos desde a passada terça-feira. A previsão é de que os temporais vão continuar no fim de semana.

O estado mais ao sul do Brasil tem sido bastante afetado pelas mudanças climáticas. Depois de sofrer problemas com uma forte seca devido ao fenómeno La Niña, no ano passado a região passou a ser afetada pelo El Niño e registou em menos de 12 meses quatro desastres climáticos causados por ciclones extratropicais e tempestades.

Em 2023, três eventos ocorreram em junho, setembro e novembro, causando 75 mortos.

O Rio Grande do Sul, com uma população de 11 milhões de pessoas, tem sido atingido repetidamente no último ano pelo fenómeno climático El Niño, que provoca fortes chuvas no sul do país e seca na região norte e nordeste do país.

Inforpress/Lusa

Fim

03-05-2024 17:55

Porto Novo, 03 Mai (Inforpress) – O Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) continua a contar com o Instituto de Estradas com vista à recuperação da barragem subterrânea de Chã de Branquinho, no município do Porto Novo, inoperante há quase oito anos.

O delegado do MAA no município do Porto Novo, Joel Barros, disse à Inforpress que o processo está em andamento e que este ministério vai contar com a parceria do Instituto de Estradas na recuperação da barragem subterrânea de Chã de Branquinho.

O MAA, conjuntamente com a câmara do Porto Novo, sugeriu ao Instituto de Estradas a construção de um via de acesso à barragem para permitir o transporte da maquinaria e o consequente arranque das obras de recuperação dessa infra-estrutura hidráulica, danificada durante as cheias de 2016.

O processo está em curso e é provável que, assim que as obras da estrada para Chã de Branquinho terminem, a própria empresa que está a executar o projecto, já na fase de conclusão, possa avançar com a construção do acesso à barragem.

Os agricultores em Chã de Branquinho têm estado a insistir na recuperação da barragem subterrânea, com vista a aumentar a disponibilidade de água para agricultura nesse vale, um dos mais produtivos do município do Porto Novo.  

Esta barragem foi inaugurada em 2012, no quadro do projecto de reordenamento da bacia hidrográfica de Alto Mira tem a capacidade de mobilização de 350 mil metros cúbicos/ano.

JM/CP

Inforpress/Fim

Exibindo 1 para 12 de 60