diáspora


18-10-2024 2:11

Nova Sintra, 18 Out (Inforpress) – O grupo musical Orfeão bravense leva uma serenata a várias localidades da ilha Brava com o objectivo é celebrar o Dia Nacional da Cultura e das Comunidades que se assinala hoje, 18 de Outubro.

Esta informação foi avançada à Inforpress pela responsável do grupo, Fernanda Burgo, que explicou que o orfeão foi criado, principalmente, com o objectivo de promover a morna de Cabo Verde, em especial, a da Brava.

Fernanda Burgo sublinhou que todos os anos, na data em que se celebra o Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, o grupo promove várias actividades e desta feita abrange várias localidades.

“Todos os anos para o dia da cultura costumamos fazer actividades diversas e este ano resolvemos alargar as actividades a outras comunidades, nomeadamente, Nossa Senhora do Monte, Mato e Furna”, informou.

A líder do orfeão ressaltou que na passada quarta-feira actuaram na localidade de Mato, mas também passaram em Nossa Senhora do Monte, onde levaram um pouco da cultura e esta quinta-feira, será na cidade de Nova Sintra.

Para hoje, dia dedicado à Cultura e às Comunidades cabo-verdianas, está agendada uma actuação, às 16:00 horas, em homenagem a um violinista bravense, conhecido por “Nhô Toco”, que, segundo a mesma, foi um grande músico da ilha e um dos primeiros elementos do grupo, mas que, entretanto, faleceu.

“Vamos homenageá-lo e, à noite, iremos encerrar as actividades do dia da cultura na localidade de Furna, com várias mornas que, de certeza, gostarão de ouvir”, frisou.

Conforme realçou a responsável, o dia 18, em que se comemora o dia Nacional da Cultura e das Comunidades, se torna ainda mais especial tendo em conta que é a data do nascimento de Eugénio Tavares, filho da ilha.

“Penso que é uma altura ideal para lhe fazermos uma homenagem, uma vez que as suas músicas deram um grande contributo para a elevação do mesmo a património mundial. Estamos a tentar reviver a morna de antigamente, embora acredite que não conseguiremos fazer da mesma forma, mas estamos a dar o nosso máximo para não deixar morrer a tradição, nesta ilha”, concluiu.

DM/HF

Inforpress/Fim

18-10-2024 0:26

Cidade da Praia, 18 Out (Inforpress) - Este ano marca duas décadas desde o falecimento de Ildo Lobo, um dos maiores intérpretes da música cabo-verdiana, permanecendo apenas nas memórias de seus fãs e na herança musical que construiu ao longo de sua carreira.

Nascido a 25 de Novembro de 1953, na ilha do Sal, Ildo de Sousa Lobo, veio a falecer a 20 de Outubro de 2004, aos seus 50 anos de idade, deixando o País em “choque”, segundo os jornais do arquivo da Inforpress.

De acordo com os documentos, mais de duas mil pessoas marcaram presença nas cerimónias fünebres do cantor e compositor cabo-verdiano Ildo Lobo, na cidade da Praia.

“Ilhas de mornas, coladeiras e funanás por excelência, Cabo Verde viu, com pesar, a perda de um dos seus expoentes máximos da música. Surpresa e dor preencheram o dia dos ilhéus”, lê-se no arquivo da Inforpress.

Ildo Lobo destacou-se como a voz principal do lendário grupo Os Tubarões, com o qual lançou álbuns memoráveis, como Pepe Lopi (1976), Tchon di Morgado (1976), Djonsinho Cabral (1979), Tabanca (1980), Tema para dois (1982), Bote, broce e linha (1990), Os Tubarões ao vivo (1993), Porton d’nôs ilha (1994).

Após seu trabalho com Os Tubarões, Ildo Lobo seguiu carreira solo, onde lançou álbuns marcantes como Nôs morna (1996), Intelectual (2001) e Incondicional (2004).

A sua morte em 2004 gerou uma onda de homenagens de diversos músicos, que se inspiraram em seu legado para criar canções em sua memória.

Destaca-se Mensager di povo, composta por Constantino Cardoso em 2004, foi gravada em 2006, Nôs cantador, por Betú, composta em 2004 e gravada em 2006, Tributo a Ildo Lobo, por Dany Lobo, gravada em 2009, Sublimason, de Kaka Barboza, composta em 2011.

Ildo, por Teófilo Chantre, gravada em 2017, Tubarão Solitário, por Djila e Bau, gravada em 2017, também destaca a influência de Ildo no cenário musical.

A música e o impacto cultural de Ildo Lobo continuam vivos, reflectindo a profundidade de suas contribuições à cultura de Cabo Verde, especialmente através da morna, o estilo musical que ajudou a imortalizar.

O cantor vem recebendo, ao longo dos anos, várias homenagens, como a do Palácio da Cultura Ildo Lobo e a silhueta em frente à casa onde cresceu.

Hoje, o Palácio da Cultura Ildo Lobo vai prestar tributo à sua memória, com uma programação dedicada a celebrar sua obra e legado.

TC/ZS

Inforpress/Fim

17-10-2024 18:55

Assomada, 17 Out (Inforpress) – As brigas constantes entre grupos rivais que têm acontecido em frente à Escola Secundária Armando Napoleão Fernandes (ESANF), em Achada Falcão, no município de Santa Catarina, estão a preocupar toda a comunidade educativa.

Esta preocupação foi manifestada hoje à imprensa pelos alunos Anilton Varela e Ronice Moreira, que falaram em nome dos demais, e admitiram que por causa desses conflitos estão com medo de irem à escola.

“Precisamos de mais segurança na escola. Com esta situação dá medo de ir à escola”, disse Anilton Varela, aluno de 12.º ano, defendendo mais ronda por parte da Polícia Nacional (PN), no âmbito do programa “Escola Segura”.

Segundo disse, tendo em conta que os conflitos entre os grupos rivais à porta da escola têm causado insegurança e poderá até prejudicar os seus estudos, pediu que se coloque de plantão pelo menos um agente de segurança durante todo o período das aulas.

Na mesma linha, Ronice Moreira, também aluna do 12.º ano, insistiu na necessidade de ronda frequente por parte dos efectivos da PN.

“A violência desses jovens rivais têm prejudicado o nosso estudo, sobretudo nós que estamos no último ano. Queremos um ambiente seguro para termos bom aproveitamento. Estou com medo de vir à escola”, confessou a aluna.

Também em declarações à imprensa, o director da ESANF, Antonito Furtado, mostrou-se preocupado com estes conflitos corriqueiros, mas, no entanto, esclareceu que os mesmos têm ocorrido fora do recinto escolar e não envolvem os alunos da escola que dirige, mas sim jovens de grupos rivais.

“Dentro do recinto escolar é seguro e não há problemas de segurança, até porque temos pessoal de segurança que faz controle de entrada e saída dos alunos”, reforçou, insistindo que não se trata de violência escolar.

Nesse sentido, o professor adiantou que a Polícia Nacional vai reforçar a segurança dos alunos, sobretudo entre às 17:00 e 18:00, horário que tem acontecido estas brigas com arremesso de pedras e garrafas, que já alvejou um dos alunos daquele estabelecimento de ensino.

“Tudo o que tem acontecido de negativo fica associado à escola e aos alunos, porque a nossa escola fica na via principal e numa estrada nacional, onde está localizado o Hospital Regional Santa Rita Vieira (HRSRV). Ou seja, por aqui circulam pessoas de todo tipo e faz-se negócios…”, concluiu Antonito Furtado.

A comunidade educativa espera que a situação do tipo não volte a acontecer, justamente num local que é para a prática de acolhimento, inclusão e solidariedade, e não para violência.

FM/HF

Inforpress/Fim

17-10-2024 21:10

Santa Maria, 17 Out (Inforpress) – O ministro do Turismo e dos Transportes, Carlos Santos, garantiu hoje no Sal que o objetivo do Governo é ter uma conectividade cada vez mais previsível e contínua para evitar os efeitos da descontinuidade territorial.

Carlos Santos manifestou essa intenção, na ilha do Sal, no âmbito da realização do “Ciclo de Conferências de Apresentação Setorial do Orçamento do Estado”, versando sobre o tema a “Conectividade e Diversificação da Economia no contexto do Orçamento do Estado de 2025”.

Para o ministro, o Governo decidiu, nesta fase da discussão sobre o orçamento, fazer um conjunto de conferências nas diferentes ilhas, com temáticas “muito específicas e adequadas” a cada ilha e, no caso do Sal, avançou com a conectividade, "muito própria para esta ilha”.

“Queremos implementar o hub aéreo do Sal, a Zona Económica Especial de agronegócio, e o objetivo aqui é transmitir aos participantes desta conferência aquilo que são as ambições do Governo a nível da conectividade e também da diversificação da economia”, frisou.

Na conectividade, Carlos Santos sublinhou que se está num processo reformativo a nível dos transportes aéreos e também dos transportes marítimos.

“Nos transportes aéreos, nós continuaremos a consolidar o processo da reforma que tem em vista a implantação do mecanismo de obrigação de serviço público, que irá marcar um antes e depois a nível dos transportes, porque nós estamos a trazer a sustentabilidade dos transportes interiores”, sustentou o governante.

Quanto à reforma do quadro legal da aeronáutica civil, a mesma fonte disse que vai prosseguir, e a nível dos transportes marítimos, vai haver a consolidação da concessão dos transportes inter ilhas a nível de uma entidade privada.

“O objetivo, no fundo e no final, é permitir com que haja uma conectividade cada vez mais previsível, contínua, para poder evitar os efeitos da descontinuidade territorial, mas, essencialmente, uma conectividade que seja sustentável e também que a intermodalidade passa a ser também um elemento essencial e basilar daquilo que são os transportes”, continuou.

Quanto ao projecto do hub aéreo do Sal, o ministro explicou que a ideia é, em primeiro lugar, a sua criação legal, ou seja, a criação legal da zona económica especial do Sal.

“Isto significa que nós estamos a querer trazer para o Sal um conceito de uma zona de comércio livre, onde há um conjunto de incentivos para aqueles que visitam a ilha, mas também trazer tudo o que esteja ligado ao ecossistema dos transportes aéreos, e aí nós estamos a querer fazer um trabalho de atração de investimentos”, concluiu.

NA/JMV

Inforpress/Fim

 

17-10-2024 21:26

 Porto Inglês, 17 Out (Inforpress) – A Rádio comunitária “Voz di Djarmai” celebra hoje 17 anos de emissão enquanto estação local de promoção da cidadania e de união entre os maienses, mas persistem ainda as dificuldades na sua consolidação.

Janice Contina, animadora e directora substituta da estação, destaca que ao longo dos 17 anos de emissão da “Voz di Djarmai”, a rádio revelou-se um órgão de comunicação de excelência na promoção da cidadania e de reforço de parcerias locais.

“Ao longos destes anos a nossa rádio tem facilitado o estabelecimento de parcerias locais e contribuído para a valorização da solidariedade e da cidadania, promovendo a educação cívica dos membros das comunidades em termos de direitos e deveres”, apontou a animadora, destacando que a “Voz di Djarmai” é, também, um elemento catalisador dos jovens e emissão de programas por eles elaborados.

A entrevistada da Inforpress destaca que a rádio, ao longo destes anos, teve e tem uma programação diversa, com destaque para os programas de informação local, recados entre aldeias, desporto, música e recriação.

“A rádio comunitária permite que as campanhas de sensibilização e educação para a saúde, ambiente, água e saneamento sejam transmitidas a toda a população. Também serve como veículo de práticas nutricionais, divulgação de técnicas agrícolas melhoradas, programas de culinária e até de Proteção Civil”, destacou a voz do programa “Tarde Tropical”, com nove anos de voluntariado na estação.

Apesar de estar a comemorar os 17 anos de emissão, a rádio ainda se prende com as dificuldades da sustentabilidade, como referiu a mesma fonte, já que, como disse, os anúncios e avisos não sustentam a estação.

A par da sustentabilidade, a rádio ainda precisa digitalizar a sua emissão para chegar nos maienses na diáspora que, conforme Janice Contina, sentem falta da programação da rádio.

“Os maienses na diáspora sentem esta carência porque a rádio tem grande impacto na ilha do Maio entre jovens e pessoas idosas e muita gente na diáspora quer saber o que se passa e mandar mantenhas para os familiares na ilha”, disse.

Neste momento a rádio possui três colaboradores e pode ser ouvida na ilha do Maio de segunda a quinta-feira, das 7:30 às 19:30 e 24 horas nos fins-de-semana, através da frequência 89.5 MHZ, com a revitalização da frequência.

A rádio comunitária “Voz di Djarmai” iniciou a emissão a 17 de Outubro de 2007 e entre os colaboradores destaca-se o nome da cantora Élida Almeida, que já apresentou um programa na estação.

 

RL/JMV

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