internacional


09-05-2024 14:37

Dacar, 09 Mai (Inforpress) - Onze pessoas ficaram hoje feridas, quatro das quais com gravidade, quando um Boeing 737 da Air Senegal saiu da pista durante a descolagem, levando ao encerramento do aeroporto internacional de Blaise-Diagne, em Dacar.

Segundo a entidade aeroportuária local, o aparelho B737/300, fretado a uma companhia aérea privada, a Transair, que se dirigia a Bamako, "saiu da pista durante a descolagem", anunciou o departamento de comunicação do grupo, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

O incidente provocou "11 feridos, quatro dos quais graves" entre os 78 passageiros, segundo o director do aeroporto. O mesmo responsável acrescentou que o aeroporto ficaria encerrado, para já.

Seis outros passageiros foram admitidos para observação nos serviços médicos do aeroporto, segundo a mesma fonte.

Este incidente ocorre num momento em que outros três aviões Boeing estiveram recentemente envolvidos em incidentes nos Estados Unidos, Canadá e Turquia, o que está a aumentar as dúvidas sobre as aeronaves desta empresa quando as autoridades federais norte-americanas investigam os seus controlos de qualidade e segurança, segundo a agência de notícias EFE.

Em 06 de Maio, foi divulgado que as autoridades federais dos EUA estão a investigar a Boeing depois da fabricante de aeronaves ter admitido, em abril, que “pode não ter concluído” as inspecções na montagem das asas de algumas aeronaves 787 Dreamliner.

A investigação começou depois de um ex-funcionário da empresa, o engenheiro Sam Salehpour, relatar que a fuselagem do 787 Dreamliner está mal montada e corre risco de quebrar em pleno voo.

Antes da denúncia, a fabricante de aeronaves já estava mergulhada numa crise profunda após terem sido detectados sérios problemas de qualidade nos modelos 737 MAX, alvo de investigação da Administração Federal de Aviação.

Inforpress/Lusa

Fim

09-05-2024 14:08

Budapeste, 09 Mai (Inforpress) - O presidente chinês, Xi Jinping, manifestou-se hoje disponível em fomentar uma boa relação de trabalho e amizade com o presidente húngaro, Tamás Sulyok, aumentar os intercâmbios e promover conjuntamente o desenvolvimento das relações bilaterais.

Xi Jinping fez estas declarações durante uma reunião com o seu homólogo húngaro, no Palácio Sándor em Budapeste.

Segundo a Xinhua, o presidente chinês expressou sua alegria por visitar o país da Hungria e conhecer Sulyok, e agradeceu a seu homólogo húngaro pelo convite gracioso e pelos preparativos atenciosos.

Descrevendo Sulyok como um estadista experiente e um especialista jurídico na Hungria, Xi elogiou Sulyok por sua dedicação de longa data ao crescimento da amizade China-Hungria e por sua contribuição positiva ao desenvolvimento dos laços bilaterais.

Ressaltando que a Hungria é um dos primeiros países a reconhecer a Nova China, Xi disse que desde o estabelecimento de seus laços diplomáticos, a China e a Hungria sempre se respeitaram, se trataram como iguais e buscaram benefícios mútuos.

O relacionamento bilateral resistiu ao teste do cenário internacional em mudança e continuou a crescer em profundidade, passando de uma amizade em todo o continente para uma parceria amigável e cooperativa e depois para uma parceria estratégica abrangente, enfatizou Xi.

Ele considerou ainda que as relações China-Hungria estão agora em seu melhor momento histórico, acrescentando que a amizade tradicional se enraizou profundamente no coração das pessoas e que a cooperação em vários campos produziu resultados frutíferos.

Observando que este ano marca o 75º aniversário das relações diplomáticas bilaterais, Xi expressou sua prontidão para trabalhar com Sulyok para levar adiante a amizade tradicional, aprofundar a confiança política mútua, fortalecer a cooperação mutuamente benéfica e conduzir o relacionamento China-Hungria a patamares mais elevados.

Xi Jinping iniciou no dia 06 de Maio em França a sua primeira visita à Europa desde a pandemia de covid-19, que inclui também Hungria e Sérvia, dois países considerados próximas da China e da Rússia.

Inforpress/Xinhua

Fim

09-05-2024 8:21

Seul, 09 Mai (Inforpress) - O Presidente da Coreia do Sul propôs hoje a criação de um ministério para combater a baixa taxa de natalidade no país, ameaçado por uma crise demográfica.

“Estou a pedir a cooperação do parlamento para rever a organização do Governo, a fim de criar um ministério do planeamento para combater a baixa taxa de natalidade”, afirmou Yoon Suk-yeol, na primeira conferência de imprensa que deu em quase dois anos e depois da derrota do partido nas eleições gerais de abril.

O número de recém-nascidos na Coreia do Sul, um país com 51 milhões de habitantes, atingiu o nível mais baixo (230.000) em 2023, desde que as primeiras estatísticas foram compiladas em 1970, anunciou Seul, em fevereiro, apesar dos milhares de milhões de euros investidos pelas autoridades para incentivar os nascimentos.

O número de recém-nascidos por mil habitantes desceu para 4,5, contra 4,9 em 2022, de acordo com dados preliminares da agência estatal de estatísticas.

A taxa de fecundidade desceu para 0,72 filhos por mulher, longe dos 2,1 necessários para manter a população no nível atual. Esta taxa não era atingida no país desde o final da década de 1980.

A este ritmo, e sem recurso à imigração, a população da Coreia do Sul deverá reduzir quase para metade até 2100, indicaram especialistas.

A taxa de fertilidade do país é a mais baixa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e a idade média em que uma mulher tem o primeiro filho é de 33,6 anos, a mais elevada da OCDE.

Seul gastou grandes somas de dinheiro para incentivar os nascimentos, através de subsídios, serviços de acolhimento de crianças e ajuda para tratamentos de infertilidade, mas sem sucesso.

Inforpress/Lusa

Fim

09-05-2024 8:03

Jerusalém, 09 Mai (Inforpress) - O embaixador de Israel na ONU disse que a ameaça dos EUA de suspender a entrega de certas armas em caso de uma grande ofensiva em Rafah, no sul de Gaza, foi "dura e dececionante".

"Esta é uma declaração muito dura e dececionante de um Presidente a quem temos estado gratos desde o início da guerra", disse à rádio pública israelita Gilad Erdan, referindo-se ao líder norte-americano Joe Biden.

"É evidente que qualquer pressão sobre Israel, qualquer restrição que lhe seja imposta, mesmo por parte de aliados próximos preocupados com os nossos interesses, é interpretada pelos nossos inimigos" e "dá-lhes esperança", acrescentou.

O Governo dos EUA confirmou na quarta-feira que reteve o envio de um carregamento de armas para Israel, uma das medidas de Biden para influenciar o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

“Neste momento, estamos a rever alguns envios de assistência de segurança a curto prazo, no contexto dos acontecimentos que se desenrolam em Rafah”, afirmou o chefe do Pentágono, o general Lloyd Austin, durante perante um subcomité do Senado.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente estimou que vivam atualmente em Rafah cerca de 1,5 milhões de palestinianos deslocados pela ofensiva israelita contra o movimento islamita Hamas. 

“Preferimos que não ocorram combates importantes em Rafah, mas o nosso foco principal é garantir a proteção de civis”, acrescentou Lloyd Austin, reiterando a posição que os EUA defendem desde há semanas.

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, foi mais além e anunciou que os EUA estão a estudar reter mais envios de armas para Israel.

Esta era uma decisão exigida desde há semanas a Biden pelos setores progressistas do Partido Democrata, que se opõem à guerra de Israel na Faixa de Gaza.

Há um mês que cerca de 40 congressistas, a que se juntou Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara dos Representantes, a câmara baixa do parlamento dos Estados Unidos, pediram a Biden que tomasse esta medida.

O apelo surgiu após um ataque israelita ter matado sete trabalhadores humanitários da organização não-governamental World Central Kitchen.

O chefe do Pentágono não deu detalhes sobre o conteúdo do carregamento retido, se bem que tenha avançado que se tratava de “munições de alto calibre”.

Segundo a CNN, está em causa um pacote com 3.500 bombas, das quais 1.800 com 907 quilos e 1.700 bombas com 226 quilos.

Os EUA estarão sobretudo preocupados com a possibilidade de Israel usar as bombas mais pesadas em zonas densamente habitadas.

Inforpress/Lusa

Fim

08-05-2024 8:44

Kiev, 08 Mai (Inforpress) – A Força Aérea ucraniana afirmou hoje ter abatido dezenas de mísseis e ‘drones’ lançados pela Rússia durante a noite em todo o país, num ataque que visava instalações de energia.

“O inimigo utilizou 76 meios de ataque aéreo, dos quais 55 mísseis e 21 ‘drones’ de ataque”, afirmou a força aérea nas redes sociais, acrescentando que os sistemas de defesa aérea interceptaram 39 mísseis e 20 ‘drones’.

De acordo com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o ataque da Rússia ocorrido na última madrugada atingiu sete regiões da Ucrânia.

Os ataques também danificaram a estação ferroviária e os carris de caminho de ferro na cidade de Kherson, nas margens do rio Dnieper, em território controlado pela Rússia, e feriram duas pessoas em Brovary, perto de Kiev.

A Rússia tem como alvo constante as infra-estruturas de energia da Ucrânia.

Numa publicação difundida através das redes sociais, Zelensky referiu que os ataques de quarta-feira ocorreram no momento em que a Ucrânia assinala o fim dos combates europeus na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“O mundo inteiro deve compreender claramente quem é quem; o mundo inteiro não tem o direito de dar outra oportunidade ao nazismo”, acusou Zelensky.

O operador da rede eléctrica ucraniano, Ukrenergo, informou que foram atingidas instalações nas regiões de Vinnytsia, Zaporijia, Kirovohrad, Poltava e Ivano-Frankivsk.

De acordo com o governador regional Maksym Kozytskyi, duas instalações de energia foram atingidas na região de Lviv, no extremo ocidental do país e distante dos combates da linha da frente.

Inforpress/Lusa/Fim

08-05-2024 8:31

Doha, 08 Mai (Inforpress) - O Qatar apelou hoje à comunidade internacional para evitar um “genocídio” em Rafah, no sul da Faixa da Gaza, que enfrenta a ameaça de uma ofensiva em grande escala do exército israelita.

O país do Golfo, mediador nas negociações sobre uma trégua entre Israel e o Hamas, numa declaração hoje divulgada, apelou “a uma ação internacional urgente que evite que a cidade seja invadida e que um crime de genocídio seja cometido”.

O Governo do Qatar condenou a tomada pelo Exército israelita do lado palestiniano da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito.

“O Estado do Qatar condena nos termos mais veementes o bombardeamento da província de Rafah pelas forças de ocupação israelitas, a invasão da passagem fronteiriça e a ameaça de deslocar cidadãos de abrigos e alojamentos”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, num comunicado publicado no seu ‘site’ na internet.

Sublinhou que Doha – que está a realizar um trabalho de mediação com o Egipto para um possível acordo de cessar-fogo entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) – também pede “que seja dada proteção total aos civis, em linha com o Direito Internacional e o Direito Humanitário”.

O Qatar considerou que “a deslocação forçada de civis da cidade de Rafah, que se tornou o último refúgio para centenas de milhares de pessoas deslocadas na Faixa de Gaza, constitui uma violação grave do direito internacional e aprofundará a crise humanitária na região.

Por último, reiterou a “posição firme” das autoridades do Qatar em apoio à “justiça na causa palestiniana, aos direitos legítimos do povo irmão palestiniano e ao estabelecimento de um Estado palestiniano independente nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital”.

O Exército israelita confirmou hoje a tomada da parte palestiniana da passagem de Rafah, um dos principais pontos de entrada de ajuda humanitária no enclave, no âmbito do que descreve como uma “atividade dirigida” em “áreas limitadas" contra as "infraestruturas terroristas" do Hamas.

A operação foi lançada horas depois de o gabinete de guerra criado em Israel após os ataques do Hamas de 07 de outubro ter concordado prosseguir com a sua ofensiva, depois de o grupo islâmico palestiniano ter declarado que tinha aceitado uma proposta de cessar-fogo apresentada através do Qatar e do Egito.

Entretanto, as forças armadas israelitas anunciaram hoje a reabertura da passagem de Kerem Shalom, no sul de Gaza, um ponto de entrada de ajuda humanitária que tinha sido encerrado há três dias.

O fecho da passagem, pelas forças de Israel, ocorreu depois de um ataque com foguetes de artilharia do Hamas que provocou a morte a quatro soldados israelitas.

Rafah tem sido um canal para a ajuda humanitária desde o início da guerra e é o único ponto por onde as pessoas podem entrar e sair do enclave.

Israel controla atualmente todos os postos fronteiriços do território palestiniano.

Inforpress/Lusa

Fim

07-05-2024 21:23

Lomé, 07 Mai (Inforpress) – O Presidente do Togo promulgou uma nova Constituição, que altera o sistema presidencialista para uma república parlamentar e garante-lhe a permanência no poder sem limite de mandatos, garantido o domínio do parlamento.

Uma semana após as eleições legislativas e regionais em 29 de Abril, dominadas pelo partido poder, União para a República (Unir), Faure Gnassingbé promulgou esta segunda-feira a nova Constituição, aprovada apenas dez dias antes das eleições, e deverá agora renunciar ao cargo de chefe de Estado para assumir o de primeiro-ministro na qualidade de líder do partido mais votado.

De acordo com os resultados provisórios, que têm ainda de ser confirmados pelo Tribunal Constitucional, no caso das legislativas, e pelo Supremo Tribunal, no das eleições regionais, o Unir obteve 108 dos 113 lugares no parlamento, e 137 dos 179 lugares em disputa nas regionais.

O texto da Lei, que consagra a nova Constituição do país, transforma o Togo numa república com um sistema parlamentar de Governo que atribui "a maior parte dos poderes do executivo a um presidente do conselho de ministros”, escreveu hoje o Togo Breaking News.

O líder do partido político que detiver a maioria dos deputados na Assembleia Nacional assumirá as funções de chefe do Governo – comandar o exército e representar o Togo no estrangeiro - por um período de seis anos, “renovável tantas vezes quantas as que o seu partido detiver a maioria no hemiciclo", explica-se ainda na publicação.

Gnassingbé só podia candidatar-se a mais um mandato presidencial em 2025. A alteração da Constituição e o triunfo eleitoral do seu partido nas eleições de 29 de Abril garantem-lhe, para já, os próximos seis anos no poder.

A nova Constituição aboliu ainda a eleição por sufrágio universal do chefe de Estado, que passa a ser eleito pelo parlamento, para um mandato único.

A oposição contesta fortemente as eleições – nomeadamente o "número abusivo de votos em vários centros", "atrasos no início da votação" e listas eleitorais "não afixadas" -, assim como a nova Magna Carta, que considera um “golpe de Estado constitucional”, e a forma de Gnassingbé se perpetuar à frente dos destinos do país, escreveu o Togo Breaking News.

Várias organizações internacionais, incluindo a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Africana e a Organização Internacional da Francofonia, saudaram a forma como decorreram as eleições, escrutinadas por apenas 70 observadores e às quais a Igreja Católica foi impedida de acompanhar no terreno.

Faure Essozimna Gnassingbé, que completa 58 anos em Junho, está à frente do Togo há 19 anos, ano em que sucedeu ao pai, Eyadema Gnassingbé, morto em fevereiro desse ano, que governou o país com “mão de ferro” durante quase 38 anos.

A sua primeira eleição, em 2005, foi marcada pela violência que, segundo a ONU, causou entre 400 e 500 mortos.

Quatro anos mais tarde, não hesitou em mandar um dos seus meios-irmãos, Kpatcha, para a prisão por 20 anos por "tentativa de golpe de Estado".

Nos últimos anos, Gnassingbé tem-se afirmado progressivamente como mediador nas várias crises políticas que abalaram a África Ocidental. No Níger, por exemplo, os militares que estão no poder desde julho pediram-lhe que intercedesse junto da CEDEAO, o que não impediu o regime golpista de se retirar da instituição regional.

A França, antiga potência colonial e tradicional aliada da dinastia Gnassingbé, é particularmente sensível à estabilidade do Togo nesta região volátil, da qual está a ser gradualmente expulsa, na sequência dos recentes golpes de Estado no Mali, Burkina Faso e Níger.

Gnassingbé está também a intensificar esforços para se aproximar do Ocidente anglófono, tendo assinado a adesão do país à Commonwealth em 2022.

O Togo, pequeno país com oito milhões de habitantes, onde 40% da população vive abaixo do limiar de pobreza, ocupa o 167.º lugar entre 189 países no Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas.

Inforpress/Lusa

Fim

07-05-2024 16:47

Daca, 07 Maio (Inforpress) – O número de refugiados no mundo atingiu 35,3 milhões de pessoas em 2022, valor que representa o maior aumento anual e que foi provocado sobretudo pela guerra na Ucrânia, anunciou hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

“No final de 2022, havia um total de 35,3 milhões de refugiados em todo o mundo, estando 29,4 milhões sob mandato do Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e 5,9 milhões registados pela Agência das Nações Unidas para Ajuda aos Refugiados da Palestina (UNRWA)”, refere a OIM no seu relatório anual, hoje apresentado.

Segundo o documento, o número total de refugiados é o mais elevado registado pelos relatórios estatísticos modernos e o crescimento do número de refugiados entre 2021 e 2022 é o maior em termos anuais, o que se deve, “em grande parte, às fugas da Ucrânia depois da invasão da Rússia”.

A agência das Nações Unidas contabilizou cerca de 5,4 milhões requerentes de asilo, ou seja, pessoas que procuram proteção internacional e aguardam a determinação do seu estatuto de refugiado.

“Só em 2022, foram registados quase 2,9 milhões de pedidos de asilo em 162 países, o maior número de pedidos de asilo individuais alguma vez registado”, sublinha a OIM.

Nesse ano, o número global de novos pedidos de asilo individuais apresentados em primeira pela primeira vez foi de 2,6 milhões, um aumento de 83% em relação a 2021, acrescenta a organização.

O principal destino continua a ser os Estados Unidos, com cerca de 730.400 pedidos, número três vezes superior ao do ano anterior, enquanto a Alemanha é o segundo local preferido, com 217.800 novos pedidos.

A OIM sublinha ainda que os menores de 18 anos constituíram cerca de 41% do total de refugiados, tendo sido registados 51.700 pedidos de asilo feitos por crianças não acompanhadas.

Quase nove em cada 10 refugiados sob mandato do ACNUR provinham de 10 principais países de origem – Síria, Ucrânia, Afeganistão, Sudão do Sul, Myanmar, República Democrática do Congo, Sudão, Somália, República Centro-Africana e Eritreia –, lista que, à exceção da Ucrânia, se mantém intacta há muitos anos, alerta o relatório

“Dinâmicas de conflito novas, não resolvidas ou renovadas em países chave contribuíram significativamente para os números e tendências atuais”, justifica a OIM no documento, lembrando que “a invasão da Ucrânia pela Federação Russa, em 2022, resultou numa das maiores crises de deslocamento de pessoas desde a II Guerra Mundial”.

No ano em que começou a guerra, cerca de 5,7 milhões de ucranianos foram forçados a fugir, tornando a Ucrânia “no segundo maior país de origem de refugiados no mundo”.

No entanto, “o conflito prolongado na República Árabe Síria fez com que o país continuasse a ser a maior origem de refugiados do mundo no final de 2022 (6,5 milhões), mesmo que o número tenha representado uma diminuição em relação aos 6,8 milhões de 2021”, sublinhou a agência da ONU.

Além disso, acrescentou, “a instabilidade e a violência que fez do Afeganistão uma importante fonte de refugiados durante mais de 30 anos continuou sendo o país o terceiro maior país de origem do mundo, com cerca de 5,7 milhões de refugiados em 2022, o que significa mais 2,7 milhões de pessoas do que em 2021”.

No total, os refugiados da Síria, Ucrânia, Afeganistão, Sudão do Sul, Myanmar e República Democrática do Congo representaram mais de metade da população refugiada mundial.

Tal como nos anos anteriores, mais de metade de todos os refugiados reside em 10 países.

“Em 2022, pelo sétimo ano consecutivo, a Turquia foi o maior país anfitrião do mundo, com quase 3,6 milhões de refugiados, sobretudo vindos da Síria”, adianta a análise da OIM.

O Paquistão e a República Islâmica do Irão também estiveram entre os 10 principais países de acolhimento, sendo os dois principais anfitriões de refugiados do Afeganistão, o segundo maior país de origem.

A restante lista foi ocupada pelo Uganda, Rússia, Alemanha, Sudão, Polónia, Bangladesh e Etiópia.

Inforpress/Lusa

Fim

07-05-2024 12:48

Genebra, Suíça, 07 Mai (Inforpress) – Israel negou o acesso das Nações Unidas ao ponto de passagem de Rafah, na Faixa de Gaza, anunciou hoje um porta-voz do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).

“Atualmente, não temos qualquer presença física no ponto de passagem de Rafah”, disse Jens Laerke numa conferência de imprensa em Genebra, Suíça, citado pela agência francesa AFP.

O porta-voz disse que o acesso da ONU a Rafah foi negado pelo Cogat, o organismo israelita responsável pela coordenação da política de Israel nos territórios palestinianos ocupados.

“Foi-nos dito que, por enquanto, não haveria passagem de pessoal ou de mercadorias em nenhuma das direções. (…) Durante quanto tempo? Não sei. Mas é essa a situação atual”, afirmou.

Laerke disse que a “situação tem um impacto considerável" na população, uma vez que a ajuda também não pode entrar pela passagem de Kerem Shalom, que tem sido alvo de disparos de foguetes.

Quanto à passagem de Erez, recentemente reaberta por Israel, qualquer ajuda que possa passar deve ser controlada pelas autoridades israelitas, disse o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), James Elder.

Rafah, na fronteira com o Egito, é o principal ponto de passagem da ajuda humanitária para Gaza e onde se refugiaram mais de um milhão de deslocados palestinianos oriundos de outras zonas do território.

Israel lançou uma vasta operação militar contra o Hamas na Faixa de Gaza desde que o movimento islamita lançou um ataque contra o território israelita em 07 de outubro passado.

O exército israelita colocou hoje tanques em Rafah e assumiu o controlo da parte palestiniana do ponto de passagem com o Egito.

Os militares israelitas disseram também que estavam a realizar uma “operação antiterrorista” em “áreas específicas” a leste de Rafah.

A ONU disse estar preocupada porque não existem grandes reservas em Gaza, uma vez que toda a ajuda que entrou até agora foi imediatamente distribuída à população.

O porta-voz do OCHA explicou que “a reserva de combustível é muito, muito curta, cerca de um dia”.

Laerke disse que, uma vez que o combustível só chega através de Rafah, a reserva existente “é para toda” a operação humanitária em Gaza.

“Trata-se sobretudo de gasóleo, para fazer funcionar os camiões e os geradores”, explicou.

Se o combustível for bloqueado, “seria uma forma muito eficaz de enterrar a operação humanitária”, acrescentou o porta-voz.

Israel tem ameaçado realizar uma operação ofensiva em Rafah, onde diz que estão as últimas unidades ativas do grupo extremista palestiniano Hamas, que controla Gaza desde 2007.

Inforpress/Lusa

Fim

07-05-2024 8:02

Nova Iorque, Estados Unidos, 07 Mai (Inforpress) – O júri dos Prémios Pulitzer atribuiu hoje uma menção especial ao "trabalho corajoso" dos jornalistas palestinianos que cobriram a guerra na Faixa de Gaza desde 07 de outubro, bem como aos seus colegas mortos durante o conflito.

“Este ano, é reconhecido o trabalho corajoso dos jornalistas e profissionais de media que cobrem a guerra em Gaza. Em condições horríveis, um número extraordinário de jornalistas morreu no esforço para contar a história dos palestinianos e dos trabalhadores em Gaza", segundo a organização da 108.ª edição dos Pulitzer, durante a transmissão ‘online’ hoje realizada da revelação dos premiados.

Os Prémios Pulitzer, atribuídos pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque, a trabalhos de excelência de jornalismo, literatura, teatro e música, já tinham reconhecido o trabalho dos jornalistas em guerras como a da Ucrânia ou do Afeganistão, mas foi considerado que o conflito na Faixa de Gaza, entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, vai mais longe devido ao seu eco noutras áreas.

“Esta guerra também ceifou a vida de poetas e escritores (...) Com a atribuição dos Prémios Pulitzer às categorias de Jornalismo, Artes e Letras, assinalamos a perda de testemunhos inestimáveis ​​​​na linha da frente que ilustram a sofrimento humano", de acordo com a declaração do júri.

Entre todos os prémios nas categorias jornalísticas, a guerra na Faixa de Gaza também esteve presente noutras secções, como a que homenageia o melhor do jornalismo internacional.

Nesta categoria, o prémio foi atribuído à redação do The New York Times pela cobertura "extensa e reveladora" do "ataque letal" perpetrado por milícias do Hamas no sul de Israel, no dia 07 de outubro, bem como pelo seu trabalho sobre "as falhas dos serviços de informação israelitas e a resposta mortal do Exército de Israel em Gaza".

O The New York Times e o The Washington Post receberam três prémios cada um na segunda-feira por diversos trabalhos, desde a guerra no Médio Oriente à violência armada ou trabalho infantil, enquanto a agência Associated Press venceu uma das categorias de fotografia por uma série de imagens da cobertura da migração para os Estados Unidos.

O Pulitzer de jornalismo de serviço público foi por sua vez concedido à ProPublica pelas suas reportagens sobre ofertas de presentes e viagens de bilionários a juízes do Supremo Tribunal dos Estados Unidos.

Segundo o júri dos galardões, o prémio distinguiu o caráter inovador do trabalho da ProPublica, um projeto independente de jornalismo de investigação com sede em Nova Iorque, que “perfurou a espessa parede de sigilo” em torno do Supremo Tribunal, que foi forçado a adotar pela primeira vez um código de conduta.

Os Pulitzer galardoaram os melhores do jornalismo de 2023 em 15 categorias, além de oito nas artes, cabendo a cada vencedor um valor de 15 mil dólares (13,9 mil euros).

David E. Hoffman, do The Washington Post, venceu em redação editorial por uma série “atraente e bem pesquisada” sobre a forma como os regimes autoritários reprimem a dissidência na era digital e outro prémio foi para o colaborador Vladimir Kara-Murza, por textos escritos numa cela de uma prisão russa.

Os Pulitzer concederam ainda um prémio de reportagem nacional à equipa da agência Reuters por uma série que investigou os negócios automobilísticos e aeroespaciais do milionário Elon Musk.

A equipa fotográfica da Reuters ganhou o segundo Pulitzer do dia daquela agência pela sua cobertura do ataque do Hamas a Israel e da primeira semana da retaliação de Telavive na Faixa de Gaza.

Por outro lado, a menção especial aos jornalistas palestinianos foi acompanhada por um reconhecimento similar ao escritor e jornalista norte-americano Greg Tate (1957-2021), apontado como um ícone no ambiente mediático da cultura afro-americana.

"A sua linguagem, extraída da literatura, da academia, da cultura popular e do ‘hip hop’, foi tão influente como o conteúdo das suas ideias. As suas inovações estéticas e originalidade intelectual, especialmente na sua crítica pioneira de ‘hip hop’, continuaram a influenciar as gerações posteriores", explicou a organização.

Os prémios são administrados pela Universidade de Columbia, que tem sido notícia pelas manifestações estudantis contra a guerra na Faixa de Gaza e o conselho dos Pulitzer reuniu-se fora das instalações no fim de semana passado para deliberar os vencedores.

Na quinta-feira, o conselho emitiu um comunicado saudando os estudantes jornalistas de Columbia e de outras universidades em todo o país pelo seu trabalho na cobertura das manifestações que se têm replicado em vários estabelecimentos de ensino superior do país.

Inforpress/Lusa

Fim

06-05-2024 11:47

Paris, 06 Mai (Inforpress) – A França comprometeu-se hoje a manter uma relação equilibrada entre a China e a União Europeia (UE) num encontro dos presidentes dos dois países em Paris, em que participou a presidente da Comissão Europeia.

“A nossa vontade é ter uma relação equilibrada com a China”, afirmou o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, antes do início da reunião com Xi Jiping e Ursula von der Leyen no Palácio do Eliseu.

Macron exigiu “regras justas para todos” no comércio entre a Europa e a China, segundo a agência espanhola EFE.

“O futuro do nosso continente dependerá claramente da nossa capacidade de continuar a desenvolver as relações com a China de uma forma equilibrada”, disse Macron, também citado pela agência francesa AFP.

Nas breves declarações à imprensa antes da reunião à porta fechada com Xi e Von der Leyen, o líder francês aludiu às tensões económicas e comerciais entre a China e a UE.

A UE anunciou nos últimos meses medidas de protecção contra práticas que considera “injustas” por parte de Pequim, nomeadamente a subvenção de certos sectores cujos produtos inundam o mercado europeu.

Macron disse que existem outras preocupações que serão discutidas com o Presidente chinês, e falou das guerras na Ucrânia e no Médio Oriente.

“São duas grandes crises em que a coordenação entre nós é absolutamente crucial”, afirmou.

Xi apelou para que a China e a UE reforcem a “coordenação estratégica” e se mantenham parceiros, num contexto de numerosos litígios que vão do comércio aos direitos humanos.

“Como duas grandes potências mundiais, a China e a UE devem permanecer parceiros, prosseguir o diálogo e a cooperação, aprofundar a comunicação estratégica, reforçar a confiança mútua estratégica, consolidar o consenso estratégico e empenhar-se na coordenação estratégica”, disse Xi.

Segundo o líder chinês, “o objectivo é promover o desenvolvimento estável e saudável das relações entre a China e a UE, e dar constantemente novos contributos para a paz e o desenvolvimento no mundo”.

A UE considera oficialmente a China como um parceiro, mas também como um concorrente e um rival sistémico.

As relações entre Pequim e Bruxelas tornaram-se significativamente tensas sobretudo desde que a UE lançou uma investigação sobre os subsídios do gigante asiático aos carros eléctricos em 2023.

A China foi também criticada pelo Ocidente, nomeadamente pelos europeus, relativamente à questão da Ucrânia.

Embora apele ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia, a China nunca condenou publicamente a Rússia.

Pequim também reforçou as relações diplomáticas e económicas com Moscovo desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em Fevereiro de 2022.

Apesar das diferenças, Pequim considera Bruxelas um parceiro mais estável e previsível do que os Estados Unidos, que nos últimos anos intensificaram as restrições comerciais e as declarações políticas hostis em relação à China.

“Esperamos que as relações sino-francesas e sino-europeias se reforcem mutuamente e se desenvolvam em conjunto”, disse Xi a Macron e a Von der Leyen.

Xi Jiping iniciou hoje em França a primeira visita à Europa desde a pandemia de covid-19, que inclui também Hungria e Sérvia, dois países considerados próximas da China e da Rússia.

Inforpress/Lusa

Fim

06-05-2024 8:05

Paris, 06 Mai (Inforpress) – O Presidente chinês, Xi Jinping, inicia hoje em França a primeira visita à Europa desde a pandemia de covid-19, incluindo deslocações também à Hungria e Sérvia, com uma agenda que deve incluir Ucrânia, comércio e investimento.

Neste primeiro dia, decorrerá uma receção em Paris nos Les Invalides, onde estão os restos mortais do Imperador Napoleão e onde são prestadas homenagens de Estado, segundo a presidência francesa.

Além das conversações bilaterais no Palácio do Eliseu e do encontro que juntará os presidentes e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, estão previstos encontros económicos sino-franceses no Teatro Marigny (Paris).

Os dois líderes e as respetivas primeiras damas vão, um dia depois, visitar o emblemático Tourmalet, nos Pirenéus, numa altura em que se assinalam 60 anos de relações diplomáticas entre os dois países, acrescentou o gabinete de Emmanuel Macron.

A viagem de dois dias acontece um ano após a visita de Macron a Pequim e Cantão em 2023, num contexto de ligeira aproximação entre a China e a União Europeia, embora ainda existam tensões nos domínios do comércio, da economia e do respeito pelos direitos humanos.

As agências noticiosas internacionais preveem que Xi expresse descontentamento quanto às investigações europeias sobre as práticas comerciais chinesas e mantenha a posição quanto à Rússia. A China reivindica neutralidade no conflito na Ucrânia, mas Xi e Putin declararam que os seus governos tinham uma "amizade sem limites" antes do ataque de Moscovo em fevereiro de 2022.

Para Paris, a questão principal deve ser a guerra na Ucrânia, e sendo que "a China é um dos principais parceiros da Rússia", Emmanuel Macron pretende "encorajá-la a utilizar as influências que tem sobre Moscovo para mudar os cálculos da Rússia e contribuir para a resolução deste conflito", segundo o Palácio do Eliseu.

No ano passado, na China, Macron apelou ao seu homólogo para "chamar a Rússia à razão" e pouco depois o Presidente chinês telefonou ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, pela primeira vez desde o início do conflito, em fevereiro de 2022.

Porém, os progressos diplomáticos esperados por Paris não se verificaram.

Depois da França, Xi visitará a Hungria e a Sérvia, países europeus dos mais próximos da China e também do Presidente russo, Vladimir Putin.

Inforpress/Lusa

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