São Vicente: Director do CNAD considera que doação de obras de Bela Duarte enriquece acervo da instituição

16/07/24 12:37

Mindelo, 16 Jul (Inforpress) - O director do Centro Nacional de Arte Artesanato e Design (CNAD) disse hoje que a doação e aquisição de obras da falecida artista plástica Bela Duarte contribuem para enriquecer a colecção e acervo do CNAD.

Artur Marçal fez estas considerações durante a assinatura do acordo de doação de três obras da artista Bela Duarte entre o CNAD e a enfermeira reformada sueca, com especialidade em pediatria e parteira, Harriet Birkhahn, que trabalhou em Cabo Verde em julho de 1977 na implementação do Programa Materno-Infantil e Planeamento Familiar (PMI/PF).

Segundo Artur Marçal, o acervo do CNAD está “mais rico” porque só esta semana conseguiram adquirir cinco obras de Bela Duarte, duas das quais compradas a cidadãos privados e três doadas por Harriet Birkhahn, sendo uma tapeçaria e dois quadros.

“Essas obras obviamente serão guardadas, conservadas, preservadas ao longo do tempo. Penso que é o melhor sítio onde podem estar tendo em conta aquilo que é a função e a missão do CNAD. Esta atitude da Harriet Birkhahn vem na sequência também daquilo que foi a sua vida em Cabo Verde”, destacou.

Conforme a mesma fonte, ter estas obras no seu acervo é mais uma responsabilidade para o CNAD mas, lembrou, preservar aquilo que é memória colectiva do povo cabo-verdiano faz parte do dia-a-dia do centro.

Por sua vez, Harriet Birkhahn manifestou a sua satisfação em poder entregar em vida estas obras ao CNAD, cuja doação já fazia parte do seu testamento.

“Conheci a Bela nos anos 80, mas foi só quando a minha casa ficou pronta, no início dos anos 90, que lhe perguntei se poderia fazer-me uma obra. Como adoro o mar, e gosto muito de mergulhar e explorar o fundo do mar, perguntei-a se ela poderia fazer uma tapeçaria que representasse o fundo do mar”, explicou a enfermeira, acrescentando que, a princípio, Bela Duarte ficou receosa com o pedido, mas depois foi à sua casa observar onde a iria fixar a tapeçaria e ficou inspirada.

O trabalho, adiantou, foi realizado por três aspirantes, Manuel Lima Fortes, Saturnino Coronel e Teodoro Monteiro, e demorou aproximadamente seis meses.

Harriet Birkhahn disse que teve “enorme prazer” em admirar a obra de Bela Duarte, mas agora dará a oportunidade aos cabo-verdianos de descobrir “as maravilhas” que a tapeçaria, feita por ela, representa.

“Apreciei o trabalho da Bela muito, mas este é o lugar certo para ficar e todas as outras pessoas vão gostar e admirá-las. Queria deixar aqui mesmo agora, antes da minha partida”, sintetizou.

CD/AA

Inforpress/Fim

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