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Maio: Barreirense pretende vencer Palmeira em casa e conseguir passagem de fase

Andebol/Santiago Sul: Definidas as quatro equipas semifinalistas do campeonato sénior masculino

São Filipe: Presidente da câmara diz que complexo olímpico será socializado ainda neste mandato

Fogo: Dez atletas participam hoje na 5ª edição do campeonato regional de powerlifting da ilha

Fogo: Livro de estreia de António Cula “Enigmas da Alma” apresentado hoje na cidade de São Filipe

Deputados do PAICV “preocupados” com “desgoverno e dívidas elevadíssimas” do ICCA em São Vicente (c/áudio)

Mindelo, 18 Abr (Inforpress) - Os deputados PAICV eleitos pelo círculo de São Vicente manifestaram-se hoje “preocupados” com a administração do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) na ilha, que, apontaram, tem demonstrado “sinais claros de desgoverno” e “dívidas elevadíssimas”.

Esta preocupação foi manifestada hoje, em conferência de imprensa, pela deputada Josina Freitas, em reacção às declarações da secretária de Estado de Inclusão Social, Lídia Lima, que disse ter convidado os eleitos nacionais de São Vicente para constatar os projectos que o Governo tem para a delegação do ICCA na ilha.

Segundo a eleita do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) os deputados do seu partido não receberam qualquer convite formal da governante para visitar as instalações do ICCA em São Vicente.

Todavia, reforçou que as declarações que tinha feito no parlamento sobre o estado da instituição “são verdadeiras” porque “reflectem a realidade dos factos observados”.

“Sublinhamos a nossa preocupação com a administração do ICCA em São Vicente que tem demonstrado sinais claros de desgoverno. A alta rotatividade de delegados na instituição nos últimos anos é um indicativo preocupante da instabilidade e dos desafios enfrentados que exigem uma atenção imediata e medidas correctivas”, acusou a parlamentar.

Conforme Josina Freitas, é também preocupante a actual situação financeira do ICCA, que acumulou uma “dívida elevadíssima” com fornecedores de alimentos, prática que “não era comum anteriormente”.

“Primeiro foram dívidas que estavam a ser escondidas, ninguém estava a falar, nem a secretária de Estado, nem o próprio ministro, mas que quando confrontados, na última sessão parlamentar, lá o ministro acabou por assumir que existem e que estão a ser negociadas”, afirmou a mesma fonte, reforçando que os relatórios no ICCA, que são públicos, comprovam as dívidas.

Outra preocupação, acrescentou, é a decisão do Governo de incluir a reinserção social naquele espaço.

“Há muita discussão sobre isso, tendo em conta também que não recebem crianças. Nós ficamos muito preocupados com o instituto. O que queremos acreditar é que o Governo tenha pelo menos pedido um estudo de técnicos da área para saber o que isso pode causar ou não”, adiantou a deputada, para quem o ICCA em São Vicente “já foi modelo de infra-estrutura”, mas hoje apresenta “um quadro de abandono e negligência”.

“Havia uma sala de informática e multiusos completamente equipada com computadores, internet, projector, ar condicionado que servia para as crianças e a comunidade. E, hoje, gostaríamos de saber o que é feito dessa sala. Havia oficinas de electricidade e carpintaria totalmente equipadas e foram desmanteladas”, finalizou.

Na manhã de quarta-feira, 17, a secretária de Estado de Inclusão Social, Lísia Lima, visitou as instalações do ICCA em São Vicente, ocasião em que anunciou a aprovação de um orçamento de cerca de 12 mil contos, proveniente do Fundo Mais, para reabilitar instalações do instituto.

CD/AA

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TICV recebe nova aeronave para repor ligações inter ilhas

Cidade da Praia, 18 Abr (Inforpress) – A Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV) acabou de receber uma nova aeronave, a Bombardier Dash 8 Q300, mobilizada para suprir a ausência por motivos de manutenção, de dois aviões ATR 72-600, segundo informou hoje a companhia.

A Bombardier Dash 8 Q300, conforme a mesma fonte, tem capacidade para transportar 50 passageiros e ficará ao serviço da TICV até à entrada em linha dos aviões que se encontram em manutenção.

Prevê-se que o avião comece a operar ainda esta semana com o objectivo de repor o funcionamento da ligação interilhas no arquipélago e suprir as dificuldades verificadas nas últimas semanas.

“Continuamos empenhados em promover uma conectividade interilhas funcional, eficiente e confiável, cientes do importante papel que a TICV desempenha em Cabo Verde”, assegurou, em comunicado, Nuno Pereira, CEO da BestFly World Wide, accionista maioritário da TICV.

Reafirmou ainda que a empresa está inteiramente comprometida com a missão que assumiu para com Cabo Verde e os cabo-verdianos, prometendo continuar a mobilizar todos os esforços para prestar um serviço de qualidade.

ET/HF

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Metereologia

VÍDEOS

São Filipe: Presidente da câmara diz que complexo olímpico será socializado ainda neste mandato

São Filipe, 19 Abr (Inforpress) – O projecto do primeiro complexo olímpico de Cabo Verde, que será edificado no bairro de III Congresso, vai ser socializado ainda no decurso deste mandato para ser implementado no próximo, anunciou quinta-feira o edil de São Filipe.

Nuías Silva fez a revelação do anúncio da construção da infraestrutura desportiva durante a recepção à equipa da Académica, enquanto campeã regional, que aconteceu no final da tarde de quinta-feira.

“Estamos a preparar a nova vaga do pensamento de continuar São Filipe e na área do desporto queremos criar o primeiro complexo olímpico de Cabo Verde”, disse Nuías Silva, sublinhando que quando a câmara decidiu acordar com a FIFA a reabilitação do Estádio 5 de Julho da forma como está sendo feita e de construir a piscina noutro sítio foi para reservar o espaço do bairro III Congresso para o complexo olímpico.

Nuías Silva disse que a ideia é construir, no antigo espaço onde foi projectado o estádio municipal, um centro olímpico com um campo relvado com dimensões regulamentares, com pistas de atletismo, saltos em comprimento e altura, para hipismo à volta e com bancadas cobertas nos dois lados.

A parte inferior do espaço será aproveitada para construção de alojamento para além de salas de fisioterapia, ginásio e espaço para receber caravanas e para estágio das equipas locais envolvidas na competição.

“É um projecto que vamos apresentar, não para este mandato porque faltam sete meses e não dá para concluir, mas que queremos apresentar ainda neste mandato para iniciar no próximo mandato”, disse o edil, acrescentando que a câmara não abandonou o espaço do III Congresso, mas que pensou num projecto “um pouco mais grande”.

A apresentação poderá acontecer assim que o Estádio 5 de Julho ganhe o formato, o que acontecerá dentro de dois meses, referiu Nuías Silva, indicando que em relação ao Estádio 5 de Julho a parte mais difícil já está e agora está a avançar para o processo de cofragem e betonagem.

JR/AA

Inforpress/Fim

 

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Fogo: Livro de estreia de António Cula “Enigmas da Alma” apresentado hoje na cidade de São Filipe

São Filipe, 19 Abr (Inforpress) - O livro de estreia do jovem escritor António Cula, “Enigmas da Alma”, é apresentado hoje na cidade de São Filipe por Daniel Medina e pelo prefaciador da obra, Fausto do Rosário.

Em declarações à Inforpress o autor António Cula, originário da vila de Patim, zona sul de São Filipe, disse que o livro é uma obra poética que tenta “falar um pouco” do poder do próprio enigma, que é abstrato, e retrata histórias, vivências, comportamento e atitude de pessoas, mas também um pouco da experiência de vida do autor.

“’Enigmas da Alma’ é uma abordagem intimista à escrita”, disse António Cula, salientando que o gosto pela escrita criativa lhe surgiu cedo, embarcando o mesmo numa jornada literária hábil, provocando reflexões sobre as nuances da experiência pessoal e humana.

Nos cerca de 100 poemas é o resultado da experiência vivida, das pesquisas e audição de pessoas.

Segundo o mesmo, o gosto pela escrita começou ainda no secundário, quando frequentava o terceiro ciclo, mas ganhou maior dimensão quando foi para a universidade e, talvez, devido a um pouco de angústia por ter ficado sozinho por coincidir com o momento que desligou da família e começou a trabalhar o seu futuro.

“O ‘Enigmas da Alma’ trata de uma jornada literária que explora os recantos mais profundos da experiência humana, desvendando os mistérios que habitam nossa alma. Cada capítulo é uma incursão corajosa nos territórios da introspecção, onde a autenticidade se entrelaça com a vulnerabilidade. Ao desvendar os enigmas da alma, somos confrontados com questões universais sobre amor, perda, esperança e autodescoberta”, referiu o autor.

Para o mesmo, a escrita é uma “ferramenta indispensável” para comunicar a profundidade da sua paixão pela exploração das complexidades da existência enigmática do ser humano, uma narrativa cativante que desvenda os mistérios e desafios que moldam os seus feitios, suas emoções e sua essência em todas as suas latitudes e peculiaridades.

Enigmas da Alma, explicou, é o seu livro de estreia, mas não é o último e neste momento já tem oito poemas que ficaram de fora do seu primeiro livro.

Está a preparar um segundo livro, possivelmente sair daqui a três anos, para permitir que o ‘Enigmas da Alma’ faça o seu percurso e tenha impacto na sociedade, porque, explicitou, é constituído por poemas motivadores para juventude, empreendedores, e relacionados com comportamento pode ajudar a desenhar o futuro.

António Cula não identifica um escritor em concreto que lhe influenciou, mas aponta que os poetas Eugénio Tavares e Pedro Cardoso e o escritor Teixeira de Sousa, cuja obras estão repletas de histórias, serviram de motivação, embora a motivação maior advém de experiência e de audição de muita música que acabou por interiorizar, nomeadamente de Cesária Évora e de Ildo Lobo.

O livro cujo prefácio é do professor e activista cultura, Fausto do Rosário, tem uma parte “importante”, segundo o autor, que é uma dedicatória à vila de Patim, espaço onde passou maior parte da vida, aprendeu e desenvolveu convivências com pessoas e acabaram para motivar esta escrita e durante a apresentação fará uma espécie de homenagem a Patim, de forma geral, e a um conjunto de pessoas que de uma forma ou de outra acabaram por marcar a fase de criança, adolescência até este momento.

A apresentação do Enigmas da Alma é feita por Daniel Medina, que desde início mostrou disponibilidade e abertura em apoiar na revisão, e Fausto do Rosário pelo facto de ter escrito o prefácio e é uma pessoa a apoiou o autor a nível de orientação e apoio para que o livro pudesse chegar hoje ao público.

JR/AA

Inforpress/Fim

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Maio: Barreirense pretende vencer Palmeira em casa e conseguir passagem de fase

Porto Inglês, 19 Abr (Inforpress) – A equipa do Barreirense defronta, este sábado, a turma da Palmeira do Sal, no primeiro jogo da taça de Cabo Verde, partida que almeja vencer para conseguir a passagem de fase.

Segundo o treinador Nando da Graça, a sua equipa está motivada para fazer uma boa prestação nesta prova, começando com um bom resultado em casa, este sábado, frente a sua adversária lembrando que no ano passado alcançaram a final da prova.

Embora reconheça a qualidade da equipa adversária, que é a actual campeã nacional de futebol, Nando da Graça realçou que jogar em casa frente ao seu público é mais um motivo para conseguirem atingir o primeiro objectivo, contando com o apoio dos seus adeptos.

Por seu lado, o treinador da equipa da Palmeira do Sal, Toca Leite, reconheceu a qualidade da equipa do Barreirense, que está com a motivação em alta, por ter vencido todas as provas a nível regional, pelo que estão a espera de muitas dificuldades durante a partida.

Porém, Toca Leite disse esperar ser mais uma vez feliz na ilha do Maio, onde venceu o título de campeão nacional, visto que esta é uma fase a eliminar.

De referir, que o jogo está agendado para as 16 horas, no estádio municipal Dau d'Segunda, e de acordo com agenda da FCF, equipa da Palmeira do Sal deverá viajar esta tarde para a ilha do Maio.

WN/HF

Inforpress/Fim

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Porto Novo: Autarquia sensibiliza jovens para necessidade da protecção do património natural de Santo Antão

Porto Novo, 18 Abr (Inforpress) – A Câmara Municipal do Porto Novo pretende sensibilizar os jovens deste município sobre a necessidade da protecção do património natural da ilha de Santo Antão, informou hoje a autarquia através de uma nota.

A edilidade porto-novense, segundo a mesma fonte, tem aproveitado as efemérides ligadas ao ambiente para promover eventos que visam a sensibilização dos munícipes, designadamente dos jovens, para a protecção do património natural e da biodiversidade ambiental no município do Porto Novo e em Santo Antão.

Neste quadro, a Câmara Municipal do Porto Novo, enquadrada nas actividades do Dia Internacional do Planeta Terra, realiza, neste sábado, 20, uma caminhada ecológica no trajecto Pico da Cruz - Penedo de Janela, no Paul, com o objectivo de dotar os jovens de “conhecimento sobre o património natural de Santo Antão e demonstrar a necessidade da sua protecção”.

Além da caminha ecológica, o programa, a que a Inforpress teve acesso, contempla a realização de uma palestra sobre a protecção ambiental.

O edil do Porto Novo reclamou, esta semana, durante o encontro nacional das associações de fazem parte da rede de protecção ambiental TAOLA+, que decorreu em Santo Antão, a criação de um parque marinho no seu município, onde existe “uma extensão zona costeira”, sugerindo a zona do Tarrafal de Monte Trigo para receber essa área protegida.

JM/HF

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Cimeira sino-lusófona em Macau regressa para relançar cooperação após pandemia

Macau, China, 19 Abr (Inforpress) – A China e os países lusófonos voltam a reunir-se em Macau na segunda-feira, 22, após um interregno de oito anos e o fim da pandemia da covid-19, para relançar o comércio e investimento.

A sexta conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa vai decorrer até terça-feira e inclui a assinatura do novo plano de ação do organismo, mais conhecido como Fórum de Macau, até 2027.

O documento vai abranger novas áreas, como economia digital, comércio eletrónico, desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas, entre outras, afirmou, no mês passado, o secretário-geral do Fórum de Macau, Ji Xianzheng.

O volume total do investimento direto chinês nos mercados lusófonos aumentou 122 vezes desde 2003, atingindo 6,9 mil milhões de dólares (6,48 mil milhões de euros) em 2022, indicou o Fórum de Macau, em comunicado.

As exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para a China atingiram 147,5 mil milhões de dólares (136,1 mil milhões de euros) no ano passado, o valor mais elevado desde que o Fórum de Macau começou a apresentar estes dados.

As exportações aumentaram 6,2 % em comparação com 2022, sobretudo devido ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas subiram 11,9 %, para 122,4 mil milhões de dólares (112,9 mil milhões de euros), um novo máximo histórico.

Pelo contrário, as exportações de Angola caíram 18,7 % para 18,9 mil milhões de dólares (17,4 mil milhões de euros), e as vendas de mercadorias de Portugal para a China decresceram 4,1 % para 2,91 mil milhões de dólares (2,69 mil milhões de euros).

A maioria dos países de língua portuguesa exportou menos para o mercado chinês, incluindo Guiné Equatorial (-9,4 %), Timor-Leste (-48,7 %), São Tomé e Príncipe (-53,8 %) e Guiné-Bissau (-40,2 %).

Na terça-feira decorre um Encontro de Empresários da China e dos Países de Língua Portuguesa, para o qual o número de representantes de organizações de promoção do comércio e de empresas lusófonas aumentou mais de 40 % comparativamente com a última edição, em 2016, disse o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM).

No final de março, Ji Xianzheng disse que o encontro devia reunir mais de 600 empresários.

O ministro da Economia, Pedro Reis, que participa na conferência, disse à Lusa que o evento é uma oportunidade para "o reforço da internacionalização da economia portuguesa”, com a China a oferecer "um grande potencial de crescimento" para os exportadores portugueses, nomeadamente em setores como "o agroalimentar, o das infraestruturas e transportes, o do turismo e o da economia azul".

Também o presidente da Câmara de Comércio de Sota-vento de Cabo Verde, Marcos Rodrigues, disse à Lusa pretender “que haja investimento da China em grande escala no país" em outras áreas além do comércio e da construção civil.

Para o delegado de Timor-Leste no Fórum de Macau, António Ramos da Silva, “atrair mais fluxos de capitais da Grande Baía (…) é a principal missão” da delegação timorense, liderada pelo vice-primeiro-ministro, Francisco Kalbuadi Lay, indicou numa nota enviada à Lusa.

A Grande Baía é um projeto chinês que visa criar uma metrópole composta por Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong, com mais de 60 milhões de habitantes.

A China criou o Fórum de Macau em 2003.

Cinco conferências ministeriais foram realizadas no território em 2003, 2006, 2010, 2013 e 2016, durante as quais foram aprovados Planos de Ação para a Cooperação Económica e Comercial.

O Secretariado Permanente do Fórum integra três secretários-gerais adjuntos: o timorense Danilo Afonso Henriques (indicado pelos países lusófonos), Xie Ying (nomeada pela China) e Casimiro de Jesus Pinto (nomeado por Macau).

O Secretariado Permanente inclui ainda nove delegados dos países de língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Inforpress/Lusa

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Menor colheita de cereais este ano na Ucrânia terá repercussões globais

Kiev, 19 Abr (Inforpress) – A colheita de cereais na Ucrânia vai diminuir 10 % este ano, de acordo com previsões do Governo, situação que terá efeitos globais, incluindo em Portugal, apesar da recuperação da capacidade de exportação dos portos ucranianos do mar Negro.

Os agricultores ucranianos vão colher um total de 74 milhões de toneladas de grãos e oleaginosas em 2024, segundo estimativas do Ministério da Agricultura, em comparação com 82 milhões de toneladas no ano passado.

“A previsão é preliminar e será ajustada ao longo do ano em função das circunstâncias”, alertou o ministério, citado pela agência Efe.

A tendência negativa é consequência direta dos desafios que a invasão russa causou, realçou à Efe Pavlo Koval, presidente da Confederação Agrária da Ucrânia.

“Embora a frente [de combate] permaneça relativamente estável, em algumas áreas o aumento dos bombardeamentos leva a menos terras agrícolas que podem ser cultivadas”, explicou.

Na sua terceira semeada de primavera na guerra, os agricultores ucranianos também enfrentam complicações logísticas internas e externas e preços baixos para os seus produtos, bem como possibilidades de financiamento reduzidas, a contaminação de grandes áreas com explosivos e a mobilização dos seus trabalhadores.

O cultivo do trigo não está a dar frutos neste momento, segundo Koval, e a colheita deverá cair 13,5 %, para 19,2 milhões de toneladas.

Em contrapartida, os agricultores ucranianos estão no bom caminho para colher 5,2 milhões de toneladas de soja este ano, um aumento de 10 %, segundo analistas.

O impacto financeiro da invasão russa é ilustrado pelo custo estimado do desmatamento de todas as terras agrícolas, entre 12 mil milhões de euros e 25 mil milhões de euros, de acordo com cálculos de Oleg Nivievski e Roman Neyter da Escola de Economia de Kiev.

Segundo Koval, a nível nacional, entre cinco e oito milhões de hectares devem ser verificados quanto à presença de explosivos.

Com a maior parte da desminagem a demorar mais de uma década para ser concluída, os agricultores arriscam muitas vezes as suas vidas e maquinaria para plantar culturas, uma vez que ocorrem regularmente explosões na linha da frente e em regiões anteriormente ocupadas.

Perante tantas dificuldades financeiras, operacionais e de segurança, é cada vez mais difícil para muitos permanecer no setor, sublinhou Koval.

As exportações poderão cair para 43,7 milhões de toneladas em 2024-2025, em comparação com 53,1 milhões estimados na temporada de comercialização anterior, de acordo com a Associação Ucraniana de Cereais.

A Ucrânia está a perder alguns dos seus mercados estrangeiros devido a problemas logísticos e de exportação, segundo Koval, e em alguns casos está a ser substituída pela Rússia, que também vende cereais ‘roubados’ da Ucrânia.

No entanto, o país invadido continua a ser um ator importante à escala global, realçou.

Alguns países do sul da Europa, como Espanha, Portugal e Grécia, assim como o norte de África, o Golfo e alguns países asiáticos sentirão o impacto da redução das exportações de trigo da Ucrânia, alertou Koval.

Mesmo que a Ucrânia seja substituída por outros fornecedores, os preços subirão, garantiu.

Muito depende também do funcionamento contínuo das rotas de exportação através do mar Negro e do Danúbio, que ainda são ameaçadas pela Rússia, alertam os analistas.

A Ucrânia conseguiu exportar até 5,8 milhões de toneladas de produtos agrícolas por mês depois dos ataques de ‘drones’ e mísseis terem expulsado a frota russa do noroeste do Mar Negro.

Inforpress/Lusa

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