Assomada, 25 Out (Inforpress) – A Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI) reúne-se neste sábado, 26, no Liceu Amílcar Cabral para a revisão do plano educativo para seis alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE).
Em entrevista à Inforpress, a coordenadora da EMAEI do município de Santa Catarina de Santiago, explicou que vão se reunir com os professores de seis alunos desta escola, e entre esses, cinco estudam o 7º ano, sendo que quatro foram diagnosticados com surdez e um com baixa visão e a outra estuda o 9º ano e apresenta um quadro de baixa visão acoplada a paralisia cerebral.
A revisão, conforme explicou esta coordenadora, é parte de um esforço contínuo da equipa para garantir que cada estudante receba o suporte adequado, conforme as suas necessidades específicas.
“A revisão do plano educativo é crucial para adequar as estratégias pedagógicas, garantindo a inclusão efectiva desses alunos no ambiente escolar”, reforçou, acrescentando que além desses seis, serão agendados outros encontros para a revisão dos planos de outros alunos.
A equipa multidisciplinar também já planeou sessões de capacitação para professores, cobrindo áreas essenciais como o sistema de sinalização de alunos com NEE, sistema Braille, estratégias de ensino para alunos com deficiência intelectual, e língua gestual.
Igualmente, vai ser realizada uma avaliação especializada dos alunos com NEE seguido da elaboração do Relatório Técnico-Pedagógico (RTP), Programa Educativo Individual (PEI) e o Currículo Específico Individual (CEI) de cada um.
Essas formações, segundo Ana Eloisa Moreno, são “fundamentais” para equipar os docentes com as ferramentas e conhecimentos necessários para atender as demandas educativas de cada aluno.
Além da capacitação dos docentes que trabalham directamente com esses alunos, a responsável ressaltou que este trabalho vai além da sala de aula, por isso, ainda no ambiente escolar, estão previstas sessões de sensibilização e socialização junto aos agentes educativos sobre a importância de integrar e adaptar o ambiente escolar às necessidades dos alunos com deficiências.
E é neste sentido que também a equipa está a trabalhar na socialização do Decreto-lei nº9/2024 de 29 de Fevereiro que estabelece os princípios e as normas que garantem a inclusão das crianças e jovens com NEE nas escolas, tendo sido já feita em seis dos sete agrupamentos do município e numa escola não agrupada.
“A meta é promover uma educação verdadeiramente inclusiva, capacitando os educadores e proporcionando um ambiente de aprendizagem acessível e adaptado”, finalizou a coordenadora, reforçando que o objectivo final da EMAEI de Santa Catarina é garantir que a inclusão não seja apenas um conceito, mas uma realidade vivida diariamente nas escolas, ajudando os alunos com NEE a desenvolver as suas habilidades e alcançar o seu máximo potencial académico e social.
MC/ZS
Inforpress/Fim
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