Nova Sintra, 07 Jul(Inforpress)- As lojas da ilha do Brava enfrentam, neste momento, ruptura de bens de primeira necessidade devido à falta de transportes de mercadorias para a ilha e a população apela por uma solução definitiva.
Numa ronda feita pela Inforpress nas principais lojas da ilha, constatou-se que a maioria tem, neste momento, ruptura de alimentos de primeira necessidade.
Faltam óleo, açúcar, leite, frutas, verduras e congelados em quase todas as prateleiras das lojas abordadas, uma situação que, segundo os comerciantes, tem-se revelado frequente desde a avaria do navio kriola.
Em declarações à Inforpress, o proprietário de um estabelecimento em Nova Sintra, José Baptista, salientou que a falta de produto neste momento é enorme, isso tendo em conta que a última vez que o barco Dona Tututa atracou no Porto da Furna foi no dia 29 de Junho e os estoques já estão esgotados.
“No meu estabelecimento está a faltar vários produtos, incluindo congelados, pois nunca a loja tinha sentido tanta falta de produtos como agora. O país comemorou 50 anos de independência, no entanto a nossa ilha, que também faz parte de Cabo Verde, está nesta situação, à mercê da própria sorte, vivendo apenas de promessas”, disse.
Baptista apelou à atenção do Governo para com a ilha Brava, tendo em conta que a situação é “bastante triste”, sendo que as pessoas estão obrigadas a ficar presas no município, “sem alimentos e sem transporte”.
Já o gerente do Minimercado Vindo, também situado em Nova Sintra, Benvindo Gomes, disse que a sua loja está a ficar sem estoque e que os clientes estão à procura de produtos, mas que no momento não estão disponíveis devido a falta de transporte.
“Açúcar, leite, frutas, verduras e congelados estão em falta na minha loja, por isso pedimos a intervenção do Governo o mais depressa possível, ou seja, que tragam uma solução para colmatar este problema o quanto antes”, apelou.
Por sua vez, a dona de casa Ruty de Pina mostrou a sua preocupação por não encontrar vários produtos nas lojas. considerando que a falta de transporte está a prejudicar “claramente” a Brava.
“O barco está previsto chegar amanhã, pois espero que a CV Interilhas não altere de maneira nenhuma, caso contrário não sei o que poderá acontecer”, concluiu.
DM/JMV
Inforpress/Fim
Partilhar