Ribeira Grande, 08 Mar (Inforpress) - Os professores e alunos da Escola Secundária António Silva Pinto (ESASP), Ribeira das Patas, interior do concelho do Porto Novo, assinalaram hoje, o Dia Internacional da Mulher com palestra e marcha exigindo fim do feminicídio.
“Não queremos flores, queremos Respeito”, “Seu machismo mata. Violência não mais”, “Parem de nos matar”, “Mexeu com uma, mexeu com todas”, “Quem ama não humilha, não maltrata, não mata”, foram algumas mensagens que a comunidade educativa de Ribeira das Patas carregou durante uma marcha à casa dos pais de Andira Dias, morta na passada segunda-feira, 04, supostamente pelo seu ex-companheiro.
Após a marcha cumpriu-se um minuto de silêncio em homenagem à jovem que era natural da localidade de Ribeira das Patas.
Ainda também, decorreu no pátio daquele estabelecimento de ensino, uma palestra na qual a professora e psicóloga Rilda Leite abordou questões históricas em torno da data.
“Durante a palestra contextualizei uma série de reivindicações e conquistas de direitos da mulher. Abordei alguns assuntos actuais, nomeadamente as conquistas e a lutas pela igualdade de oportunidade para todos”, salientou.
Segundo Rilda Leite, essa iniciativa visou reforçar a luta por igualdade de género contra qualquer tipo de violência e discriminação e também alertar para as questões relacionadas com a Violência Baseada no Género (VBG) e o feminicídio.
É que, conforme a mesma fonte, o feminicídio é a forma mais extrema da VBG, por isso, segundo a palestrante é necessária uma educação para a prevenção, no qual os alunos são dotados de ferramentas de identificação de comportamentos e atitudes de risco e prevenção.
Neste Dia Internacional da Mulher, Rilda Leite apelou às pessoas para resgatarem os valores e respeito à vida humana.
O Dia Internacional da Mulher, celebrado anualmente, a 08 de Março, teve as suas sementes em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York, Estados Unidos da América, exigindo a redução das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto. Um ano depois, o Partido Socialista da América declarou o primeiro Dia Nacional das Mulheres.
A proposta de tornar a data internacional veio de Clara Zetkin, activista, comunista e defensora dos direitos das mulheres, que fez a proposta em 1910 durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague, Dinamarca, com a participação de 100 mulheres, de 17 países.
A data foi celebrada pela primeira vez em 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça, mas o Dia Internacional das Mulheres só foi oficializado em 1975, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) começou a comemorar a data.
LFS/CP
Inforpress/Fim
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