Cidade da Praia, 06 Jul (Inforpress) – O Presidente da República, José Maria Neves, destacou hoje a contribuição da diáspora cabo-verdiana no processo de desenvolvimento nos 50 anos da independência exortando a mesma a distinguir-se pela diferença e liderar pelo exemplo.
José Maria Neves fez estas afirmações durante o encontro com a comunidade cabo-verdiana residente na diáspora, salientando o papel da mesma como um elemento crucial na construção e manutenção da unidade nacional.
O Chefe de Estado enalteceu o caminho percorrido e a contribuição dos cabo-verdianos residentes nos vários países do mundo, considerando que Cabo Verde se destaca por ser um país de diversidade, estabilidade e democracia.
“Essa é a nossa maior riqueza que temos de preservar. Mas a segunda riqueza de Cabo Verde, e isso não me canso de repetir, é o facto de termos as nove ilhas habitadas e ter cabo-verdianos espalhados por todo o mundo. Não somos um arquipélago de 10 ilhas, mas sim 10 ilhas e a nossa diáspora”, declarou.
“Por isso eu gostaria de agradecer pelo facto de terem vindo celebrar connosco os 50 anos da nossa independência. A vossa presença simboliza a ideia dessa nação global”, acrescentou.
Para José Maria Neves, Cabo Verde, apesar de não ter recursos naturais, é um país rico em capital humano, tendo apontando que a diáspora cabo-verdiana é a segunda riqueza de Cabo Verde.
Desafiou a comunidade cabo-verdiana a continuar a contribuir na mobilização de investimentos e parcerias com vista ao desenvolvimento do país.
“Somos o que somos hoje graças ao contributo de cada cabo-verdiano, mas precisamos pensar nos próximos 50 anos de Cabo Verde de uma maneira positiva, de uma forma ainda maior sobre o Cabo Verde do futuro”, realçou.
O Presidente da Republica alertou que, tendo em conta o actual cenário internacional, os prolemas enfrentados a nível da emigração, mobilidade de pessoas, discriminação contra imigrantes, há necessidade de os cabo-verdianos, que sempre foi um povo forte, se prepare para os “tempos difíceis” que se avizinham.
“Nós somos um povo resiliente e tenho a certeza de que, com a mesma força e resiliência, conseguiremos viver onde quer que seja. Mas temos de exercer a liderança diante das complexidades do mundo. Precisamos afirmar-nos nas nossas comunidades, participar na vida política dos países de acolhimento, distinguir-nos pela diferença e liderar pelo exemplo. Temos de ser referência no mundo”, desafiou.
Para José Maria Neves, apesar do contributo que os cabo-verdianos têm dados nos seus países de acolhimento, Cabo Verde precisa ser um porto seguro para os que residem nas ilhas e fora do país, considerando necessário haver união e engajamento de todos por forma a acelerar o processo de modernização e de transformação do país.
CM/HF
Inforpress/Fim
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