Nova Sintra, 21 Mar (Inforpress) – A psicóloga e coordenadora da Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI) na Brava, Edoneia Teixeira, apelou hoje para sociedade garantir que as pessoas que têm síndrome de Down, tenham também mais liberdade e oportunidade.
Edoneia Teixeira, que falava à imprensa à margem de uma actividade realizada na Escola Secundária Eugénio Tavares (ESET), com crianças do jardim Nho Taninho, situada na localidade de Lém, informou ainda que esta actividade se enquadra na celebração do Dia Mundial da Síndrome de Down.
“Neste jardim existe uma criança que tem síndrome de Down, e este ano é finalista, no entanto, o relacionamento, do mesmo é normal com outras crianças, pois ele brinca e interage normalmente com os outros meninos”, salientou.
Conforme explicou a mesma fonte, a sociedade tem que fazer com que essas crianças ou adultos, “que são especiais”, se sintam igual às outras, ou seja, “devemos tratar todos com igualdade”.
“Na ilha Brava, temos três crianças jovens com síndrome de Down, e estão fora do sistema educativo, isso por causas variadas”, precisou a mesma fonte.
Segundo Edoneia Teixeira, a relação da monitora com a criança no jardim Nho Taninho é de cumplicidade, tendo em conta que o menino chega a casa e relata à mãe todas as actividades que foram feitas no jardim.
“Sempre existe uma relação próxima entre a família e o jardim, por isso, considero ser uma relação boa”, concretizou.
Por isso, pediu a atenção da sociedade, lembrando que estas pessoas podem viver em condições de igualdade com outras em todos os aspectos, e que há
que ter “mais amor e empatia” com as pessoas que têm algum tipo de deficiência.
A monitora do jardim Nho Taninho Elsa Cândida, por seu lado, disse que trabalhar com estas crianças é um sentimento de carinho, tendo em conta que elas exigem “bastante atenção”, já que “são especiais”.
“Nós não fazemos distinção com outros meninos tidos por normais, pois trabalhamos com eles de uma forma igual, em termos de ensino e materiais. A criança interage normalmente com outras crianças”, afirmou.
Elsa Cândida apelou aos pais encarregados de educação destas crianças a participarem mais na vida dos mesmos, uma vez que a presença na vida dos meninos é “essencial” para um desenvolvimento “activo”.
O Dia Mundial da Síndrome de Down, celebrado hoje, é uma data de conscientização global para celebrar a vida das pessoas com a síndrome e para garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades que todas as pessoas.
É oficialmente reconhecida pelas Nações Unidas desde 2012 e a data escolhida representa a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo que causa a síndrome.
DM/AA
Inforpress/Fim
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