Praia: Alargamento do horário de funcionamento do Centro de Saúde de Ponta d'Água faz parte da política nacional - directora

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Praia: Alargamento do horário de funcionamento do Centro de Saúde de Ponta d'Água faz parte da política nacional - directora
25/10/24 - 02:48 pm

Cidade da Praia, 25 Out (Inforpress) – O alargamento do horário de funcionamento do Centro de Saúde de Ponta d’Água, na Praia, faz parte da política nacional de descentralização dos serviços aos utentes, tendo em vista também o reforço no acesso aos cuidados primários de saúde.

Conforme explicou à imprensa a directora nacional de saúde, Ângela Gomes, durante uma visita efectuada àquela estrutura de saúde, o horário de fecho alterado para 20:00 já tinha sido discutido pela direcção, contudo a decisão veio a ser acelerada devido à proliferação de casos de dengue, em particular nos bairros da cidade da Praia.

Segundo Ângela Gomes, o intuito é dar resposta a toda zona norte que cobre mais de 40 mil habitantes, agindo assim em conformidade com as demandas de utentes que procuram os serviços gerais no centro de saúde.

A responsável fez um balanço “extremamente positivo” como resultado das duas semanas de função dos profissionais patentes nos novos horários, destacando o “bom acolhimento” da população e dos técnicos de saúde que viram o quadro operacional reforçado através dos serviços centrais.

Ao nível da prestação de cuidados aos casos suspeitos de dengue, a directora nacional de Saúde explicou que o paciente é encaminhado e, no período da tarde, os serviços são também garantidos às outras patologias.

Ângela Gomes frisou que ao longo deste ano, foram feitas três encomendas de reforços de produtos de inseticidas utilizados pelos agentes na luta-antivectorial, todavia com a proliferação do vírus desde Novembro de 2023 e com as actividades no terreno houve uma ruptura de estoque nos grandes epicentros.

Com relação a existência de dois casos confirmados de paludismo na zona de Fonton, na Praia, a directora garantiu que já estão a ultimar o relatório a fim de classificar se são casos autóctones ou importados, sublinhando que desde 2017 não foram registados casos de origem em Cabo Verde.

“Por isso que devemos sempre fazer a investigação, ver a linhagem epidemiológica, fazer estudos retrospectivos dos contactos desses pacientes para fechar e classificar o caso. O trabalho no terreno já foi feito minuciosamente pela Delegacia de Saúde”, avançou, afirmando que os pacientes foram tratados e isolados consoante o protocolo nacional.

“Neste momento há uma investigação para ver se há uma correlação com as pessoas que viajaram de outros países que são endémicos, que são maioria dos casos registados, em torno de 40 a 50 anuais de paludismo importados não só na cidade da Praia, mas também em outros municípios”, acrescentou.

O país contabilizava até quinta-feira, 16.316 casos notificados, entre eles 10.429 confirmados e dois óbitos acumulados, ocorridos no dia 19 de Setembro, um no concelho da Praia e um nos Mosteiros, ilha do Fogo.

Cabo Verde foi em Janeiro deste ano certificado pela Organização Mundial da Saúde como país livre de paludismo, tornando-se o primeiro da África Subsariana.

O país cumpriu com o plano de prevenção, tendo desenvolvido actividades de vigilância epidemiológica e etimológica nos portos e aeroportos desde 2020, e acções de diagnóstico precoce do vírus e investigação de casos para evitar casos locais.

LT/CP

Inforpress/Fim

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