
Mindelo, 13 Nov (Inforpress) – O ministro Adjunto para a Juventude e Desporto garantiu hoje, no Mindelo, que o Governo pretende fazer uma “aposta forte” em voleibol de praia, que além de promover o desporto, também vai alavancar a oferta turística.
Carlos Monteiro fez o anúncio durante o acto de apresentação da etapa do circuito mundial de voleibol de praia, que decorrerá na praia da Laginha de 11 a 14 de Dezembro, promovida pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) e pela Federação Cabo-verdiana de Voleibol (FCV).
Segundo o governante, o acolhimento em Cabo Verde de circuitos mundiais de diversas modalidades é uma decisão que consta do programa do Governo desde 2016 e apontou como exemplo os circuitos de kitesurf e wing foil já realizados.
Estes, acrescentou, para além de terem efeitos na parte desportiva, contribuem para a diversificação da oferta turística.
Por isso, conforme a mesma, o executivo pretende fazer “uma aposta forte” no vólei de praia, que “mais do que dinheiro, é uma opção de política”, sublinhou Carlos Monteiro.
O ministro aproveitou para pedir o apoio do sector privado, considerado essencial para se atingir esses objectivos.
Também esteve presente na conferência de imprensa, o impulsionador do evento, Amílcar Graça, também conhecido por Micau de Laginha, que disse que a etapa teve um nível de inscrição top, com 32 duplas, femininas e masculinas, de diversas partes do mundo.
Um interesse que, a seu ver, se deve às condições oferecidas por Cabo Verde, entre as quais, clima, ambiente, segurança e outras.
Micau de Laginha acredita que a etapa do circuito mundial vai movimentar a ilha em termos de desporto, mas também na economia.
Descrevendo a estrutura, avançou que vão ser montados três campos centrais, zona de restauração e animação somente com música cabo-verdiana.
Na próxima semana, continuou Micau, vão arrancar com a construção da estrutura e colocação da areia apropriada que devem estar prontas uma semana antes, a 04 de Dezembro.
Também na semana que antecede vai ser realizado um evento, o Laginha Games, para testar voluntários e toda a equipa organizadora, explicou a mesma fonte.
“Para limpar algumas arestas e saber como a equipa vai interagir, já que estamos a falar de um circuito mundial”, elucidou, mas referindo que Cabo Verde não é primário e já organizou outros eventos internacionais, que favoreceram para a confiança depositada pela FIVB.
Aliás, vai ser a FIVB a cuidar de toda a organização e ainda trazer também os árbitros, uma vez que a nível nacional existe problema de árbitros internacionais.
Um constrangimento confirmado pelo presidente da Federação Cabo-verdiana de Voleibol, mas que assegurou que de 01 a 09 de Dezembro vai ser realizada uma formação a jovens mindelenses, para darem apoio na questão da arbitragem.
“Mas, a Federação Internacional de Voleibol já nos nomeou árbitros, serão seis árbitros portugueses, que vão suportar”, sublinhou a mesma fonte.
António Rodrigues confirmou ainda que a organização deste tipo de evento acarreta grandes custos, sendo esta orçada entre 17 e 20 mil contos, que vão ser suportados pelo Governo e parceiros.
LN/JMV
Inforpress/Fim
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