
Mindelo, 05 Nov (Inforpress) - O secretário geral da Câmara de Comércio de Barlavento relatou hoje, após audiência com o Presidente da República (PR), os avultados prejuízos e sugestões de empresários nas ilhas a norte do país, com a passagem da tempestade Erin.
De acordo com Gil Costa, em declarações à imprensa no final da sua reunião com o Presidente da República, há situações de médias empresas que tiveram estragos superiores a grandes empresas.
"Há empresas que tiveram estragos de 50 mil contos, 20 mil contos, valores efectivamente significativos para a nossa realidade empresarial. Vamos imaginar uma empresa, ou uma grande empresa, e a categoria de grande empresa com um valor de negócios acima de 300 mil contos, com um prejuízo de 50 mil contos, é um peso significativo", exemplificou o secretário geral.
A audiência com o Presidente da República teve como propósito dar a perceber a situação actual das empresas. Sendo uma instituição de promoção empresarial, a Câmara de Comércio garante que fizeram um encontro para perceber, após a publicação da legislação que cria mecanismos para facilitar a cooperação das empresas, como é que estava o processo.
"A maior parte das empresas, naturalmente, já entregaram os documentos, muitas das médias e grandes empresas já avançaram para a assinatura do contrato e nós temos registos que algumas já receberam", adiantou Gil Costa.
Em termos da dimensão dos estragos, de acordo com a Câmara de Comércio do Barlavento, só é perceptível meses depois e os associados sugeriram medidas de concreto fiscal para aquisição e reparação de equipamentos.
"As empresas não querem ajudar, querem ferramentas, querem mecanismos para que possam retomar a sua actividade e, dentre eles, naturalmente, o acesso ao financiamento, a condições preferenciais ou mais competitivas, é a principal preocupação, ainda que já esteja preconizada", relatou Gil Costa.
Acrescentou que pela dimensão das empresas ser diferente, as necessidades e a capacidade de reembolso de uma micro é diferente de uma médio e grande empresa.
O encontro com os empresários foi, segundo este representante, para perceber se havia um entendimento da lei e para registar as propostas das empresas sugestões de melhoria numa lógica de "parceria, de inclusão e construção".
SN/ZS
Inforpress/Fim
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