Santo Antão: Cuidadoras de Idosos exigem pagamentos de salários atrasados há três meses

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Santo Antão: Cuidadoras de Idosos exigem pagamentos de salários atrasados há três meses
29/10/24 - 01:42 pm

Ribeira Grande, 29 Out (Inforpress) – As cuidadoras de idosos da Ribeira Grande, Santo Antão, exigiram hoje o pagamento de cerca de três meses de salários atrasados após a assinatura do contrato e alegam que a situação impacta diretamente nas suas vidas e famílias.

Em declarações à Inforpress, as profissionais preferiram não se identificar por alegado medo de represálias e afirmaram que, apesar de terem assinado um contrato, as promessas “não se concretizaram”.

“Não podemos mais aceitar essa falta de respeito. Precisamos que as autoridades ouçam o nosso clamor e tomem uma atitude imediata”, disse uma cuidadora.

As profissionais salientaram que a falta de pagamento tem gerado “sérias dificuldades financeiras”, comprometendo o sustento das suas famílias. 

Muitas delas são mães e chefes de família, com filhos na escola que dependem “exclusivamente” do salário que auferem.

“Muitas de nós são chefes de família e dependemos desse salário para sustentar os nossos lares. A espera está a tornar-se insuportável”, considerou uma cuidadora.

Neste sentido, apelaram à entidade patronal para regularizar a situação o quanto antes.

No início do mês de Outubro, a vereadora da área social da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Maria de Jesus Rodrigues, disse à Inforpress que tinha conhecimento do assunto e que já tinha falado com a directora dessa área sobre a questão.

Maria de Jesus Rodrigues afirmou que a directora garantiu que a Direção-geral de Planeamento, Orçamento e Gestão (DGPOG) já estava a tratar da situação.

“Não digo que será resolvido já esta semana, mas certamente o mais breve possível, até porque são todas mulheres chefes de família, este montante já faz falta”, afirmou.

Maria de Jesus Rodrigues disse ainda que as cuidadoras estão a trabalhar no âmbito de um projecto e que, após a assinatura do contrato, há que cumprir “todos os trâmites legais”.

“Assim que tudo estiver pronto, começarão a usufruir do salário em questão”, concluiu.

LFS/AA

Inforpress/Fim

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