Cidade da Praia, 03 Jul (Inforpress) – O projecto “Promover o Empoderamento e a Autonomia Económica das Mulheres e Jovens” encerrou-se hoje, na Praia, após três anos de implementação, apresentando resultados promissores, impactos duradouros e a criação de estruturas que visam assegurar a continuidade dos progressos alcançados.
Em declarações à imprensa, a coordenadora do projeto, Dúnia Duarte, explicou que o projecto abrangeu cinco ilhas e nove municípios, capacitando mais de 500 mulheres e jovens e 35 homens.
O mesmo abrangeu cursos em áreas como corte e costura, pastelaria, confeitaria, gestão de negócios, atendimento ao cliente, competências digitais, estética e serviço de mesa e bar, entre outros.
A presidente do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), Marisa Carvalho, defendeu que já se pode falar em autonomia económica em alguns casos.
“Temos ateliês formados, temos pessoas capacitadas, muitas delas que já estão a empreender atividades geradoras de rendimento, pelo que relatam que este é um impacto duradouro e nós introduzimos uma mentoria e um seguimento destes formandos para que se possa fazer então o seguimento da aplicação”, disse.
A embaixadora do Reino de Espanha em Cabo Verde, Ana Paredes, sublinhou a importância do projecto como uma iniciativa "fundamental para promover a inclusão e o empoderamento económico".
“Este esforço coletivo não só transformou vidas, como também construiu uma sociedade mais equitativa e com mais oportunidades para todos”, sustentou a diplomata.
Maria Elisangela, uma das beneficiárias, do município de Santa Cruz, expressou a sua satisfação, descrevendo o projecto como “completo”, por ter gerado emprego, rendimento, estabilidade e uma “certa medida de segurança” para os participantes.
O projecto, financiado pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) no valor de 40 mil contos, foi executado pelo ICIEG, com o apoio de diversas instituições nacionais, entre elas o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
A cerimónia de encerramento, que decorreu no Palácio do Governo, foi também palco do lançamento de três instrumentos estratégicos: a Plataforma Digital do Trabalho Doméstico, o Guia do Trabalho Doméstico (em versão revista e ampliada) e a Proposta de Regulamentação da Profissão de Trabalhadora Doméstica, que será submetida à apreciação do Conselho de Ministros.
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Inforpress/Fim
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