Presidente da República pede "muita atenção" às camadas desfavorecidas das zonas rurais

Cidade Velha, 20 Jul (Inforpress) - O Presidente da República, José Maria Neves, advogou hoje, na Cidade Velha, a necessidade de as autoridades prestarem "muita atenção" às camadas mais desfavorecidas das zonas rurais.

O chede de Estado fez estas considerações à imprensa, após uma visita de três dias ao município da Ribeira Grande de Santiago, tendo na agenda a valorização e preservação do património histórico, a promoção das potencialidades ligadas ao mar e o contacto directo com as populações.

Nos contactos com os moradores das diferentes localidades, José Maria Neves disse que se verificou um conjunto de preocupações, a nível do emprego, acesso a rendimento e o custo de vida.

"O custo de vida está muito elevado, os rendimentos são baixos e não há muitas oportunidades e é preciso prestar muita atenção, sobretudo às camadas mais desfavorecidas deste mundo rural", defendeu.

O alto magistrado da Nação apontou também a questão das acessibilidades como uma das preocupações levantadas em algumas localidades deste município que alberga o único património mundial da humanidade no país.

Por outro lado, José Maria Neves disse ter ficado satisfeito com o projecto do desenvolvimento integrado da bacia hidrográfica de São João Baptista, que está em curso.

Para além de diques de captação e de perfurações para a prospecção de água subterrânea, indicou que há estrada  de acesso a algumas comunidades, designadamente Santana, Belém e Pico Leão e disse esperar que em 2026 todas essas comunidades já tenham estrada.

José Maria Neves disse constatar que há uma " forte dinâmica" das autoridades locais, para auto- financiar alguns dos projectos de desenvolvimento local e comunitário.

No que tange a preservação do património cultural considerou que "há muito trabalho" a ser feito e que “é fundamental" que haja um diálogo entre as autoridades nacionais, locais, a sociedade civil e os cidadãos para haver entendimentos também que o próprio município seja compensado pelos custos da patrimonialidade.

"Há uma enorme riqueza aqui que é preciso potencializar para criar mais oportunidades, emprego e rendimentos para as famílias e garantir um crescimento inclusivo desta parcela importante do território nacional", sublinhou.

DG/CP

Inforpress/Fim