Presidente aponta consolidação do mercado internacional como maior desafio do CERMI

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Presidente aponta consolidação do mercado internacional como maior desafio do CERMI
03/09/25 - 06:32 pm

Cidade da Praia, 03 Set (Inforpress) – O presidente do conselho de administração do Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial (CERMI), Gilson Correia, apontou hoje a mobilização de parceiros como maior desafio para a materialização e consolidação do mercado internacional do referido centro.

Gilson Correia fez estas considerações à imprensa, à margem da cerimónia de imposição de fitas a 135 formandos, sendo 101 provenientes de várias ilhas de Cabo Verde e 34 da Guiné-Bissau e de São Tomé e Príncipe, promovida pelo CERMI.

“Esse projecto iniciou-se no ano passado com 14 cursos e hoje estamos a terminar ou a celebrar a imposição de oito cursos, uma vez que os outros já tinham sido feitos no mês de Julho, com a conclusão de mais três cursos. E vamos ter agora no mês de Outubro mais três cursos para fecharmos esse projecto de formação profissional”, explicou, considerando que o balanço é “positivo”.

O PCA do CERMI garantiu que os jovens formandos já possuem todas as competências técnicas para trabalhar não só por conta de outrem, mas também têm condições de criar as suas próprias empresas, salientou.

Informou que o CERMI prevê ainda neste mês de Setembro arrancar com cerca de 14 acções de formação, beneficiando cerca de 350 jovens, garantindo que esse projecto é financiado a 100% pelo Governo de Cabo Verde.

A mesma fonte adiantou ainda que o CERMI quer continuar a formar mais jovens na área de energias renováveis, reconhecendo que a formação contínua contribui no reforço da capacitação e de competências dos jovens, que, por sua vez, são desafiados a apoiar o país a ter uma transição energética bastante eficaz e de acordo com a necessidade nacional.

“Os jovens têm um papel bastante importante na economia de qualquer país, sobretudo quando falamos de jovens que estão a formar numa área de desenvolvimento do país que tem a ver com as energias renováveis e a manutenção industrial”, realçou.

Ao abordar os desafios do referido centro, Gilson Correia apontou a mobilização de parceiros como maior desafio do CERMI para a materialização e consolidação do mercado internacional.

“O maior desafio do centro é a sua consolidação no mercado internacional, sobretudo no mercado da CEDEAO e dos PALOP, porque reconhecimento já temos, já fomos galardoados três anos consecutivos como o melhor centro na área de energias renováveis na nossa sub-região, quer dizer que já há um trabalho feito, agora é encontrar parceiros certos para materializar essa nossa internacionalização”, referiu.

Reiterou, por outro lado, que a taxa de empregabilidade dos formandos do CERMI supera os 70%, com 60% a conseguirem contratos com empresas terceiras e 10% a seguirem pelo caminho do empreendedorismo.

Desde 2015, o CERMI passou de 11 acções de formação e 224 jovens formados para 23 acções e cerca de 500 formados em 2025.

Ao longo desses anos, já foram realizadas aproximadamente 280 acções de formação, beneficiando 3.500 técnicos, incluindo jovens da sub-região da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

O CERMI tem o objectivo de promover a difusão do conhecimento e o desenvolvimento de competências para o exercício de actividades profissionais de excelência no domínio das energias renováveis e manutenção industrial.

Foi criado para ser um centro de referência internacional, particularmente vocacionado para o mercado da CEDEAO e PALOP e que oferece condições formativas, de auditoria, de certificação, de fiscalização, de metrologia, de monitorização e de investigação e desenvolvimento.

O centro está dotado de condições capazes de responder aos desafios tecnológicos que Cabo Verde e os países da região enfrentam para o seu desenvolvimento sustentado, nas áreas da energia renovável e manutenção industrial.

CM/ZS

Inforpress/Fim

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