Cidade da Praia, 03 Set (Inforpress) – O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviço, que representa os associados do ICCA, apelou hoje na Praia ao Governo para desbloquear processos pendentes e avisou que avançará para outras formas de luta dentro de 15 dias.
No final da Assembleia-Geral, em declarações à imprensa, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviço (STCS), Benito de Paula Gomes, denunciou que várias reivindicações permanecem sem solução há meses, incluindo a homologação do subsídio de risco, que deveria ter entrado em vigor em janeiro de 2023.
“Já demos o nosso parecer, mas não recebemos nenhum feedback há dois ou três meses. Os trabalhadores estão desgastados e preparados para avançar para outras formas de luta, caso não haja resposta”, sublinhou.
Outra reivindicação passa pelo enquadramento dos trabalhadores no regime de proteção social da função pública, em vez do regime geral do INPS, uma vez que muitos têm vínculo histórico com a administração pública.
Apesar de pareceres favoráveis da DENAP e de ações do ICCA junto do INPS, a situação continua pendente, pelo que o sindicato insiste na intervenção directa da tutela.
O STCS apontou ainda a ausência de resposta do Conselho de Administração do ICCA a pedidos de reclassificação de trabalhadores que concluíram formações após a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) em 2023.
Segundo Benito de Paula Gomes, cerca de 10 a 15 trabalhadores continuam sem feedback, gerando frustração e sensação de desrespeito.
Além disso, foram denunciadas situações de assédio no Centro de Emergência Infantil de Achada Limpo, onde técnicos afirmam sentir-se pressionados pela entidade empregadora, que alegadamente utilizou adolescentes para intimidar os trabalhadores.
Os funcionários do referido centro também reclamam sobrecarga de trabalho, com apenas dois monitores a cuidar de cerca de 40 crianças.
O sindicato reforçou que, caso não haja avanços nos próximos 15 dias, os trabalhadores estão preparados para recorrer a outras formas de luta, alertando para a necessidade urgente de intervenção do Ministério da Família para resolver estas questões que colocam em causa a dignidade dos trabalhadores.
TC/JMV
Inforpress/Fim
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