Portugal: Prosseguem limpeza e reconstrução das habitações demolidas no bairro do Talude Militar em Loures

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Portugal: Prosseguem limpeza e reconstrução das habitações demolidas no bairro do Talude Militar em Loures
20/07/25 - 03:23 pm

Lisboa, 20 Jul (Inforpress) – Os moradores do bairro do Talude Militar, em Loures (Portugal), com o apoio de alguns voluntários, prosseguiram hoje os trabalhos de limpeza de entulhos e reconstrução das habitações demolidas no início da semana pela Câmara Municipal de Loures.

Ao contrário de sábado, quando dezenas de voluntários e técnicos da autarquia de Loures se juntaram à iniciativa, este domingo a presença no terreno foi mais reduzida. Poucos voluntários e moradores, maioritariamente de origem santomense, dedicavam-se à remoção dos detritos.

A campanha de limpeza, organizada pelo movimento Vida Justa, visou devolver alguma salubridade ao espaço e garantir que as dezenas de famílias ali residentes possam viver com mais dignidade.

Os moradores que permanecem no bairro, não quiseram gravar entrevista aos órgãos de comunicação presentes e limitaram-se a expressar o desejo de “um pouco de sossego” para que possam reconstruir as suas “barracas”, uma vez que muitos ainda se encontram ao relento.

Ou seja, ajuntaram que ainda há famílias a dormir em tendas, facto constatado pela Inforpress no local.

Para além da remoção de entulhos e da reconstrução das "barracas de lata", três voluntários dedicavam-se à construção de uma casa de banho com sanita seca, visando melhorar as condições sanitárias do local.

No sábado, realizou-se uma assembleia de moradores, onde foram definidos os próximos passos da sua luta por uma “vida justa”, segundo informações do movimento Vida Justa.

A Embaixada de Cabo Verde em Portugal indicou que neste bairro residiam oito cabo-verdianos, distribuídos por três agregados familiares.

A Câmara Municipal de Loures iniciou na segunda-feira, 14, uma operação de demolição de 64 habitações, ou “barracas de lata”, onde residiam 161 pessoas, incluindo idosos, mulheres, homens e crianças.

Em dois dias, foram demolidas 55 construções, antes da suspensão das operações por despacho do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, na sequência de uma providência cautelar interposta por 14 moradores.

FM/CP

Inforpress/Fim

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