Porto Novo: PAICV diz ter garantias de que instrumentos de gestão da autarquia para 2025 vão ser aprovados em Março

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Porto Novo: PAICV diz ter garantias de que instrumentos de gestão da autarquia para 2025 vão ser aprovados em Março
14/02/25 - 04:03 pm

Porto Novo, 14 Fev (Inforpress) – O primeiro secretário do PAICV no sector do Porto Novo, Jairson Tavares, disse hoje ter garantias de que o plano de actividades e orçamento municipais para 2025 vão ser aprovados na sessão da assembleia municipal de Março.

Jairson Tavares reagia assim ao recente comunicado da Comissão Política Concelhia do Movimento para a Democracia (MpD), que havia exortado a actual equipa camarária a apresentar os instrumentos de gestão para 2025, acusando a presidente da edilidade de estar “mais preocupada” com o processo de eleições internas no PAICV, ao invés de preparar a proposta do orçamento.

Para o líder local do PAICV (partido que sustenta a câmara municipal), a presidente da Comissão Concelhia do MpD no Porto Novo mostrou-se “desatenta ou talvez tenha sido deixada para trás”, já que foi acordado, em Janeiro, pela conferência de representantes que a sessão da assembleia municipal de Março seria para aprovar os instrumentos de gestão.

“Relembramos à presidente da Comissão Concelhia do MpD, que também é deputada municipal, que era responsabilidade da equipa camarária cessante apresentar à anterior assembleia municipal a proposta de plano de actividades e orçamento, conforme estipula a lei”, avançou este responsável.

Para Jairson Tavares, exigir ao actual executivo o plano de actividades e o orçamento “com tanta pressa” parece “uma tentativa de fugir às responsabilidades” que era da anterior equipa camarária.

Assegurou que a actual equipa vai “cumprir escrupulosamente” o que esta estipulado na lei e apresentar um plano de actividade e orçamento para 2025, “que vão ao encontro dos anseios dos porto-novenses”.

Em relação à contratação de pessoas de confiança pela presidente da autarquia para trabalhar na câmara municipal, o líder do PAICV entende que Elisa Pinheiro “tem todo o direito de constituir a sua equipa”, com pessoas que lhe transmitam confiança e competência.

“Estamos a falar de uma câmara municipal em que 99 por cento (%) dos colaboradores são afectas ao MpD. Temos provas de que essas pessoas não são de confiança”, notou Jairson Tavares, pedindo à presidente da Comissão Concelhia do MpD a se preparar para explicar aos porto-novenses sobre “o calabouço” em que este partido deixou o município.

O primeiro secretário do PAICV disse que o MpD vai ter de explicar aos munícipes sobre os mais de 650 mil contos de dívidas do município, sobre os contratos por ajuste directo, que ultrapassam o valor exigido pela lei, e sobre as obras do Estádio Municipal do Porto Novo, em que foram investidos, por ajuste directo, 34 mil contos “apenas para a troca da relva”.

A mesma fonte referiu-se ainda às “obras iniciadas sem financiamentos e sem projectos” e à “contratação e promoção de forma ilegal” de um grupo de colaboradores bem identificado, em detrimento de funcionários com mais de 25 anos de trabalho.

“Em suma, a presidente da Câmara Municipal do Porto Novo e a sua equipa estão comprometidas com o trabalho árduo e dedicado para honrar a confiança depositada pelos munícipes. Continuaremos a arregaçar as mangas e a trabalhar com determinação para transformar Porto Novo num lugar melhor para todos, com transparência”, notou.

Jairson Tavares assegurou que o PAICV tem “capacidade de organização” e que estará preparado para vencer o MpD em 2026, ano em que se realizam as eleições legislativas em Cabo Verde.

JM/ZS

Inforpress/Fim

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