Porto Novo: PAICV acusa comissão concelhia do MpD de “amnésia política e pura ficção” sobre o polidesportivo coberto

Inicio | Política
Porto Novo: PAICV acusa comissão concelhia do MpD de “amnésia política e pura ficção” sobre o polidesportivo coberto
24/10/25 - 03:32 pm

Porto Novo, 24 Out (Inforpress) – O sector do PAICV no Porto Novo, em Santo Antão, acusou hoje a comissão concelhia do MpD nesta região de “amnésia política e de pura ficção” quanto ao processo que envolve o polidesportivo coberto deste município.

Através de um comunicado, o sector do Partido Africando da Independência de Cabo Verde no Porto Novo responde à comissão política concelhia do MpD, que tinha, na quinta-feira, responsabilizado a edilidade porto-novense pela demora no arranque do pavilhão desportivo coberto.

Para o PAICV, “em vésperas de nada” o MpD se lembrou de “apontar incoerentemente o dedo” à actual equipa camarária pelo atraso de uma obra que ele próprio (MpD) soterrou durante uma década”.

“Quem não se lembra do então ministro do Desporto, Fernando Elísio Freire, no longínquo ano de 2018, no final de uma copa futsal, prometer solenemente que a edição de 2019 se realizaria no novo pavilhão coberto”, perguntou o sector do PAICV, segundo o qual “a promessa se tornou no primeiro de uma longa série de adiamentos e falácias” sobre a obra.

O que aconteceu, no entender do PAICV, foi “uma sucessão de planos e orçamentos camarários de 2017 a 2024 em que o pavilhão desportivo foi sistematicamente inscrito como prioridade fantasma”. 

“A prova mais cabal desta farsa está registada na própria conta de gerência de 2022, onde foi plasmada uma despesa de 500 contos para as obras do pavilhão desportivo, um valor que, como toda a gente sabe, nunca se materializou, mas que serviu para alimentar uma narrativa de obra iminente, que nunca passou disso mesmo”, notou a mesma fonte.

O PAICV Porto Novo explicou que, ao contrário do que fez a gestão anterior, “que agiu de forma arbitrária e teimosa, ignorando os desportistas contra a demolição do recinto 5 de Julho”, a actual equipa da câmara municipal, “logo que assumiu funções, adoptou uma postura de diálogo e transparência”.

O sector do PAICV lembrou que a actual gestão convocou todos os desportistas para ouvir a sua opinião sobre a localização da infra-estrutura, tendo estes decidido “de forma categórica e unânime” pela preservação do recinto 5 de Julho.

Avançou que "foi consensual a sugestão" de que o polidesportivo coberto deveria ser construído nas imediações do Estádio Municipal do Porto Novo, “uma localização estratégica e consensual que o actual executivo está a estudar com a seriedade que o caso merece”, esclareceu ainda.

Por isso, no entender do PAICV, a demora de que fala o MpD “não é da autoria da equipa que, há menos de um ano, herdou uma teia de promessas vazias e um projecto mal concebido” e responsabilizou a anterior equipa por “um legado de uma década de inação, de promessas eleitoralistas e de uma teimosia cega”.

“Enquanto o MpD se entretém com acusações infundadas, a Câmara Municipal do Porto Novo está a trabalhar para refazer um processo que foi mal iniciado, assegurar um financiamento sólido e dar ao concelho não apenas um polidesportivo, mas uma infra-estrutura moderna e bem localizada”, concluiu. 

JM/ZS

Inforpress/Fim

Partilhar